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Nº 1879 - Ano 41
06.10.2014

Reforço para a pesquisa ambiental

Laboratório de Modelagem Ambiental reforça estrutura do IGC aplicada a estudos em áreas como conservação e mudanças climáticas

Hugo Rafael

Foi inaugurado na última quarta-feira, 1º de outubro, no Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, o Laboratório de Modelagem Ambiental. Associado ao programa de pós-graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais, o laboratório, instalado no Centro de Sensoriamento Remoto (CSR), vai atender às demandas de estudantes de mestrado e doutorado e de pesquisadores interessados na área ambiental.

O professor Britaldo Silveira Soares Filho, coordenador do CSR e da pós-graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais da UFMG, explica que o laboratório, cujo acesso pode ser feito de forma remota pela internet, vai ampliar o alcance dos trabalhos de modelagem ambiental. “Essa é uma área nova e de destaque. Suas pesquisas têm aplicação em temas prioritários, como a criação de políticas públicas de conservação ambiental e de diminuição do impacto das mudanças climáticas”, ressalta.

Servidor de mapas

Além da inauguração do laboratório, foi lançada plataforma virtual de mapas, construída, por meio de software livre, pela equipe de computação do CSR. Essa plataforma pode ser acessada por qualquer usuário pelo link http://www.csr.ufmg.br/maps.

“Os estudos recentes sobre a terra processam uma quantidade enorme de dados. Dessa forma, é importante tratá-los de maneira organizada para transformá-los em informação e conhecimento. Nosso objetivo é oferecer para a comunidade uma ampla base geográfica sobre Minas Gerais e sobre outros estados do Brasil”, afirma Britaldo.

Segundo o professor, a iniciativa é inédita no estado, e a intenção é que a base de dados seja alimentada regularmente com informações disponíveis no IGC. “Temos um grande acervo cartográfico e precisamos torná-lo disponível. Há uma procura enorme pelos trabalhos feitos no IGC e dispomos de muito material para ofertar: mapas cartográficos sobre o Brasil, áreas protegidas, infraestrutura, produção agrícola, entre outros”, conta.

Um dos destaques dos serviços de computação de alto desempenho do Laboratório de Modelagem Ambiental é a acessibilidade. De acordo com Britaldo, a interface foi idealizada para favorecer todos os pesquisadores, já que não é necessário entender de programação, apenas de modelagem ambiental. “O usuário terá a possibilidade de desenhar seus modelos por meio de uma interface gráfica mais amigável. Esse recurso é necessário para atender à demanda de usuários que não sabem programar”, explica. O Centro de Sensoriamento Remoto foi instalado em 1997, no IGC, com o objetivo de desenvolver pesquisas e aplicações de Sensoriamento Remoto para levantamento de recursos naturais e estudos de problemas ambientais diversos. O órgão também atua nas áreas de geoprocessamento e cartografia digital e modelagem ambiental.