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Nº 1879 - Ano 41
06.10.2014

Direitos transversais

Seminário discutirá ações da UFMG centradas no desenvolvimento humano

Zirlene Lemos*

O debate sobre os direitos para o desenvolvimento humano também terá espaço na programação da 23ª Semana do Conhecimento UFMG. Num momento em que a Universidade se manifesta fortemente contrária a qualquer tipo de comportamento discriminatório, a discussão será a tônica do seminário de extensão UFMG em diálogo: transversalidade dos direitos para o desenvolvimento humano.

Organizado pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) em parceria com a comissão designada pelo reitor Jaime Ramírez para elaborar proposta de resolução contra atos discriminatórios e violação de diretos humanos na UFMG, o evento, aberto ao público e que dispensa inscrição prévia, ocorrerá no dia 15, a partir das 14h, no auditório do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas (CAD 2), campus Pampulha.

Na programação, destaque para a palestra a ser ministrada pelo sociólogo Rogério Diniz Junqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e coordenador do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. Também participam do evento o professor Rodrigo Ednilson de Jesus, da Faculdade de Educação, e a pró-reitora adjunta de Extensão, Claudia Mayorga.

Dados coletados de janeiro a setembro de 2014 no Sistema de Informação da Extensão (Siex) revelam que a UFMG tem 93 ações na área temática Direitos Humanos e Justiça, 50 delas desenvolvidas na Faculdade de Direito. A unidade acadêmica com o segundo maior número de iniciativas na área é a Fafich, com 22. “A UFMG tem um conjunto de ações de extensão que, em diálogo com a sociedade, produz conhecimentos e posições críticas e propositivas para a concretização dos direitos e da cidadania nas diversas áreas”, salienta Mayorga, lembrando a necessidade de aprofundamento desse debate, pois o tema é amplo. “Sem esse aprofundamento, corremos o risco de esvaziar um debate do qual a Universidade não pode se isentar”, ressalta, acrescentando que o seminário também tem o objetivo de “ampliar a discussão para as áreas que historicamente mantêm aproximação mais tímida com a temática”.

Sustentabilidade

Outra novidade na programação da extensão é a 1ª Mostra de Sustentabilidade da Estação Ecológica, que vai reunir, de 13 a 17, das 8h às 17h, as comunidades interna e externa para discutir valores sustentáveis. De acordo com o diretor da Estação, Celso D’amato Baeta Neves, a mostra surgiu de experiências que já vêm ocorrendo no local, como cursos de cultura agroecológica, oficinas de conservação de energia, água e solo, além de trabalhos de ensino, pesquisa e extensão que embasam a discussão sobre as possibilidades de um estilo de vida mais sustentável.

Organizada em circuito, a primeira edição vai receber os visitantes com uma feira de alimentação saudável, com foco no aproveitamento, reaproveitamento e uso correto dos alimentos. Também haverá mostra de trabalhos e exposições sobre temáticas socioambientais. “A expectativa é reunir iniciativas desenvolvidas na Universidade que promovam a sustentabilidade em diferentes vias, oferecendo oportunidades de interação a pessoas envolvidas em ações de ensino, pesquisa e extensão da UFMG”, antecipa Baeta. Informações e programação completa no site www.ufmg.br/estacaoecologica/.

*Jornalista da Pró-reitoria de Extensão

Um fórum para a cultura

A cultura como direito social básico é o princípio que orienta o Fórum UFMG de Cultura, promovido pela Diretoria de Ação Cultural (DAC), que será instalado durante a Semana do Conhecimento. “De natureza consultiva, o Fórum tem como objetivo ouvir e debater com as comunidades interna e externa o que se espera da UFMG em termos da formulação de políticas institucionais na área de cultura”, explica a professora Leda Maria Martins, diretora de Ação Cultural.

A partir da instalação do Fórum, serão realizadas reuniões em todos os campi, para discutir como a UFMG deve se posicionar em questões como promoção da diversidade cultural e da responsabilidade socioambiental; democratização da produção e do acesso à cultura; preservação e difusão dos seus patrimônios material e imaterial; promoção da interlocução de múltiplos territórios e cartografias culturais; políticas de fomento. “Estamos em processo de construção do Fórum, e o aporte de sugestões será muito bem-vindo”, comenta Leda Martins.

A professora prevê que o calendário de trabalho do Fórum em 2014 se estenda até meados de dezembro. Até lá, o Comitê Executivo promoverá reuniões em unidades acadêmicas e órgãos da UFMG com objetivo de ampliar ao máximo a participação de docentes, discentes e servidores técnico-administrativos. Até abril de 2015, serão realizadas reuniões plenárias para apresentação dos resultados parciais dos debates e dos aportes de sugestões. “Pretendemos fechar esse primeiro momento do Fórum até abril”, anuncia. A diretora espera que a Universidade se mobilize para participar das discussões propostas, que, em sua opinião, “são essenciais na vida da Instituição”.

O Fórum será instalado no dia 15, às 14h, no auditório da Escola de Música, com a presença do reitor Jaime Ramirez e da vice-reitora Sandra Goulart Almeida. Após concerto com a soprano Mônica Pedrosa, com a mezzo-soprano Luciana Monteiro de Castro e com a pianista Guida Borghoff, o professor Jacyntho Lins Brandão fará a conferência Cultura e diversidade.