Diagnóstico Arquivístico – 2024

Dez anos depois do segundo diagnóstico, o panorama dos arquivos na UFMG mudou consideravelmente. A DIARQ, munida de dados sobre a massa documental acumulada, orientou suas ações no sentido de estabelecer e coordenar o Sistema de Arquivos, procedendo à eliminação de documentos dentro dos procedimentos fixados pela lei. Além disso, investiu em treinamentos para os servidores, na publicação de obras de referência – como o Manual de Gestão de Documentos Arquivísticos – e na conscientização da comunidade universitária a respeito da aplicação dos instrumentos de gestão de documentos, como o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos Relativos às Atividades-fim das IFES. O quadro de arquivistas da UFMG também cresceu, possibilitando a lotação de profissionais especializados nos arquivos setoriais e na própria DIARQ.

Como ocorre em qualquer instituição, as atividades da UFMG se viabilizam pela intensa produção e circulação de documentos, hoje em grande parte criados e tramitados em meio digital, por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), implantando em 2019 e cujo uso se disseminou no ambiente institucional a partir do ano de 2020. A transição para o meio digital tem alterado significativamente a feição do arquivo institucional, embora não tenha determinado o fim da produção de documentos em papel, nem eliminado os problemas relativos à gestão e à preservação de documentos em suportes tradicionais. Neste sentido, estudos recentes têm evidenciado a persistência de situações de “entulhamento” e armazenamento inadequado de documentos em espaços da universidade (VOLPIN JUNIOR, 2022).

Assim, os problemas relativos à gestão dos documentos ainda existem e são reportados cotidianamente pelos diversos setores de trabalho, que, atualmente, enfrentam o duplo desafio de gerenciar os documentos em papel e aqueles gerados em meio digital, especialmente os processos criados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Diante do uso crescente do SEI como principal ferramenta de produção de documentos na UFMG, faz-se necessário avaliar e planejar ações estratégicas para lidar com a massa de documentos em suporte papel, de modo a liberar espaço físico nas unidades acadêmicas e administrativas e a preparar os setores para iniciar a gestão dos documentos nato-digitais.

Deste modo, é preciso atualizar os dados do diagnóstico realizado entre 2013 e 2014, como meio de obter  um retrato atual da situação dos arquivos da universidade e  de planejar as ações futuras relacionadas à preservação dos documentos que espelham o funcionamento da instituição para fins de prova e cumprimento de dispositivos legais e testemunham seus quase cem anos de atuação no cenário da instrução pública de nível superior no Brasil.

OBJETIVO GERAL

Atualizar o diagnóstico dos arquivos da UFMG, identificando a composição, extensão, estado de conservação e a dispersão dos conjuntos documentais acumulados nas unidades administrativas e acadêmicas, de modo a subsidiar a elaboração de programas de gestão e preservação no âmbito da política arquivística da UFMG.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Mapear a universidade em todos os seus campi e unidades acadêmicas, administrativas e especiais;
  • Coletar dados sobre os conjuntos documentais armazenados em cada unidade;
  • Tabular os dados coletados e produzir relatório consubstanciado, de modo a informar o planejamento de ações subsequentes.

Perguntas frequentes

Um diagnóstico arquivístico de uma instituição é o instrumento que direciona as ações a serem tomadas no planejamento dos recursos humanos, físicos, materiais e tecnológicos empregados no gerenciamento da informação e na gestão de documentos. É um processo de análise e avaliação sistemática dos sistemas de gestão de documentos e arquivos de uma organização.

Para atualizar o conhecimento sobre a dinâmica de produção e acumulação de documentos nas unidades, de modo a planejar ações de gestão e preservação dos arquivos compatíveis com a realidade observada.

Atualizar o diagnóstico dos arquivos da UFMG, feito entre 2013 e 2015, identificando a composição, extensão, estado de conservação e a dispersão dos conjuntos documentais acumulados nas unidades administrativas e acadêmicas, de modo a subsidiar a elaboração de programas de gestão e preservação no âmbito da política arquivística da UFMG.

O diagnóstico será realizado por servidores da DIARQ, que visitarão as unidades para fazer o levantamento e o registro dos dados.

A equipe da DIARQ entrará em contato com cada unidade para agendar as visitas. Quando deste contato, o dirigente da unidade deverá indicar um servidor para atuar como “ponto focal”. Este servidor terá as seguintes atribuições:

  1. alinhar a agenda junto à assessoria administrativa da DIARQ;
  2. receber a equipe da DIARQ na unidade;
  3. apresentar a equipe da DIARQ nos setores que compõem a unidade.

A coleta dos dados será feita por meio de aplicação de formulário padronizado, em trabalho de campo presencial nas unidades mapeadas, contemplando todo o seu espaço físico. A equipe da DIARQ entrevistará os servidores de cada setor, identificará os documentos produzidos e acumulados (em papel e em meio digital), fará a mensuração da documentação acumulada e, se necessário, fará também registros fotográficos da realidade observada.

A aplicação do formulário leva em média de 10 a 15 minutos por setor. É necessário apenas um servidor de cada setor, que conheça as atividades e documentos para responder.

A Diretoria de Arquivos prevê dois anos de trabalho para cobrir toda a universidade.

Espera-se, além de obter uma visão global da situação dos arquivos, angariar os recursos necessários para fomentar os programas de gestão de documentos e preservação baseados no levantamento.

Ao término do trabalho, a DIARQ encaminhará ao dirigente um relatório-síntese, apontando os principais elementos observados em relação à produção e acumulação de documentos na unidade. Com isso, espera-se apoiar as unidades na busca de soluções para tornar a gestão de seus arquivos mais eficiente.

Não. O diagnóstico não tem por objetivo responsabilizar ou penalizar dirigentes e/ou servidores. Sabemos, de antemão, que nem todas as unidades dispõem de recursos humanos, financeiros e infraestruturais para promover a preservação de seus arquivos dentro das condições ideais. O diagnóstico tem por objetivo identificar as várias realidades da gestão e preservação de documentos, de modo a subsidiar o planejamento de ações e a orientações de práticas comuns para toda a universidade, compatíveis com as possibilidades e os recursos da UFMG.

Dados levantados até 5 de abril de 2024

Unidades avaliadas

02

Setores avaliados

25

Suporte em papel (metros lineares)

85 m

Suporte eletrônico (GB)

3733,6 GB

Setores que produzem em suporte papel

68%