Divulgando a Ciência – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Divulgando a Ciência

Olá professores e educadores! Este é o terceiro texto do projeto “Espaço aberto a Educadores”, nosso canal de comunicação aqui no Blog do Espaço! Se ainda não leu, convidamos você a ler também os outros textos, disponíveis aqui!

 

O que o canal do Youtube do Atila Iamarino, o Nerdologia, o Espaço do Conhecimento UFMG, com o seu Blog do Espaço, e o evento Pint of Science têm em comum? Todos realizam ações que possuem como objetivo a divulgação da ciência. Eles buscam dialogar com a sociedade sobre a produção do conhecimento e discutir quais os impactos dos avanços da ciência e tecnologia no nosso cotidiano.

 

A divulgação da ciência não é algo novo, estando presente desde o surgimento da ciência moderna. Ao longo do tempo, essas ações de  passaram por transformações na relação com o público e em seus objetivos, bem como nas plataformas utilizadas. Atualmente, existem diversos formatos de divulgação da ciência, como exposições, peças de teatro, textos de blogs, livros, matérias em jornais e revistas, publicações especializadas, programas de televisão, podcasts, canais no Youtube, palestras, feiras, etc. 

 

O grande desafio é construir uma divulgação crítica da ciência na qual o público não seja um mero espectador e a comunicação não seja apenas uma propagação de informações. É importante que a divulgação da ciência tenha um aspecto formador, visando estimular as pessoas a participar do debate, a se apropriar dos conceitos e conhecimentos e aplicá-los em seu dia a dia, bem como desenvolver uma visão crítica sobre os processos de construção da ciência. Vale lembrar que informações científicas e técnicas são cruciais como fundamentação de debates éticos, econômicos, ambientais, sanitários e políticos, além de possuírem valor em si mesmas, como parte da cultura científica da qual todos têm direito a fazer parte.  

 

É comum que ações de divulgação científica aconteçam em ambientes de educação não-formal como museus, feiras, parques e projetos de extensão universitária, como é o caso do Espaço do Conhecimento UFMG. Estes deixam, cada vez mais, de ser espaços de contemplação passiva e se abrem para o protagonismo dos visitantes, que definem temas e formulam noções próprias a partir das quais se dá a interação com os objetos e trocas com seus interlocutores. Um exemplo de como esse protagonismo pode ser preconizado se dá através de exposições que apresentam controvérsias científicas. Essas controvérsias estavam presentes, por exemplo, no labirinto da exposição “Processaber”, que esteve em cartaz no Espaço em 2016, no qual os visitantes eram convidados a experimentar os tortuosos caminhos da produção do conhecimento. Nesta e em outras exposições, as instituições escolares são parceiras importantes para a formação de público e participação de crianças e jovens em ações de divulgação científico-cultural.

 

Labirinto da exposição Processaber

 

Mas, quem são os divulgadores científicos? São muitos os atores envolvidos nessa missão como, por exemplo, pesquisadores, jornalistas, educadores de museus, artistas e professores. A maioria desses agentes não possui uma formação específica na área de divulgação da ciência, mas falam da sua área de atuação, como um biólogo que tem um canal no Youtube ou um professor universitário que realiza ações para tornar pública a sua pesquisa. No Espaço do Conhecimento UFMG, os mediadores – aqueles que estão em contato direto com o público – são universitários em formação, de diferentes cursos, interessados em se aprofundar na ação de divulgação da ciência. Além de buscarem se fundamentar nos estudos sobre o tema, também aprendem na relação cotidiana e no diálogo com os mais diferentes públicos.

 

Cada vez mais, a divulgação da ciência vem se consolidando como um campo de estudos e pesquisas e assumindo um espaço importante no trabalho de cientistas, universidades e centro de pesquisas, que precisam dar um retorno sobre o seu trabalho para a sociedade. Para tanto, existem ações para a formação de divulgadores e comunicadores da ciência como, por exemplo, o curso ofertado online pela Fundação Oswaldo Cruz com o tema  “Introdução à divulgação científica” e  cursos de pós-graduação como a Especialização em Comunicação Pública da Ciência, ofertada pela Amerek-UFMG. Também na UFMG, alunos de graduação de qualquer área podem realizar uma Formação Transversal em Divulgação Científica, que é um “mini currículo” com disciplinas específicas sobre o tema. A formação é  aberta também para pessoas externas à comunidade acadêmica, que podem se matricular em disciplinas isoladas. Caso queira conhecer mais sobre os cursos, consulte a Coleção de Links abaixo. 

 

Saiba mais sobre o curso de Especialização em Comunicação Pública da Ciência: https://www.facebook.com/amerek.ufmg

 

A divulgação científica é um tema vasto e o assunto não se encerra aqui. Existem diversos projetos e formas de divulgação da ciência. Você conhece algum projeto legal? Acompanha algum canal no Youtube ou podcast que fala sobre ciência? Já utilizou algum material de divulgação científica para abordar algum tema em sala de aula? Se sim, compartilhe com a gente como foi a experiência pelo e-mail espacoabertoaeducadores@gmail.com.

 

Coleção de links: 

Pint of Science

Canal do Atila Iamarino

Canal Nerdologia

Edição especial da revista Com Ciência – Dossiê 197 Divulgação Científica, de abril de 2018

Texto de Yurij Castelfranchi para a revista Com Ciência 45 – Cultura Científica: “Imaginando uma paleontologia da cultura científica”

Texto de Carlos Vogt para a revista Com Ciência 45 – Cultura Científica: “A Espiral da cultura científica”

Catálogo de disciplinas da Formação Transversal UFMG

Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Fundação Oswaldo Cruz

Amerek – UFMG: FacebookInstagram 

 

Para ampliar:

CASTELFRANCHI, Yurij. Por que comunicar temas de ciência e tecnologia ao público? (Muitas respostas óbvias… mais uma necessária). In: MASSARANI, Luisa. (Coord.). Jornalismo e ciência: uma perspectiva ibero-americana, p.13-21. Rio de Janeiro: Fiocruz /COC/Museu da Vida, 2010.

CASTELFRANCHI, Yurij. O museu como catalisador de cidadania científica. In: MASSARANI, L.; NEVES, R.; AMORIM, L. (Org.) Divulgação científica e museus de ciências: o olhar do visitante – Memórias do evento. Rio de Janeiro: Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz/RedPop, 2016.  

FERREIRA, José Ribamar. Popularização da ciência e as políticas públicas no Brasil (2003-2012). 2014. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Rio de Janeiro, 2014. 

SILVA, Henrique César da. O que é divulgação científica? Ciência e Ensino, v. 1, n. 1, p. 53-59, 2006.

 

Fique ligado no Espaço Aberto a Educadores! Todo mês traremos um texto novo para dialogarmos por aqui.