02 de abril de 2020
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Ao longo de sua trajetória no planeta, a humanidade encontrou formas diferentes de comunicação. As sociedades se expressaram por meio da oralidade, de símbolos e de desenhos, até que a escrita surgiu.
Uma das primeiras maneiras de trocar mensagens e registrar experiências foi a pintura rupestre. Estudiosos já encontraram, em paredes de cavernas pelo mundo, gravações que datam de 40 mil anos atrás.
Uma escrita sistematizada aparece somente por volta de 3500 a.C., quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme na Mesopotâmia. Os registros cotidianos, econômicos e políticos da época eram feitos na argila, com símbolos formados por cones. Nesse mesmo momento, surgem os hieróglifos no Egito. Essa escrita era dominada apenas por pessoas poderosas da sociedade, como escribas e sacerdotes.
As primeiras civilizações usaram uma série de suportes para a escrita que são impensáveis no mundo de hoje: barro, cascas de árvore, rochas, couro de animais, ossos… Acompanhe alguns meios curiosos que possibilitaram que a escrita se tornasse central para a humanidade.
Tabuletas de argila
Os primeiros pictogramas foram gravados nessa espécie de tábua de madeira coberta de argila. Com um instrumento feito de algum tronco vegetal, a argila era empurrada e os símbolos eram gravados. As tabuletas eram levadas ao forno para que o registro se tornasse permanente. Quando eram revestidas de cera, podiam ter os escritos apagados. Assim, as tábuas eram reaproveitadas.
Óstraco
Nesse fragmento de cerâmica, na maioria das vezes quebrado, eram registrados avisos, rascunhos e mensagens curtas. A escrita era feita com objetos pontiagudos. Bem mais acessível do que o papiro ou o pergaminho, o óstraco foi muito presente na vida das classes mais baixas. O termo “ostracismo”, que se refere a uma punição existente na Grécia Antiga, foi cunhado porque os habitantes de Atenas usavam um óstraco para votar sobre o exílio do réu.
Papiro
O percursor do papel foi desenvolvido por volta de 2500 a.C., pelos egípcios, a partir da planta papiro, que tinha o miolo cortado em finas lâminas. Depois de secas, elas eram mergulhadas em água, na qual permaneciam por seis dias. Outra vez secas, as lâminas eram ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras, para formar uma longa fita que era depois enrolada.
Pergaminho
O pergaminho surgiu na Ásia, na cidade de Pérgamo, por volta do século 2 a.C. Era produzido com pele de animal, geralmente carneiro, bezerro e cabra. As peles passavam por um banho de cal e eram colocadas para secar em uma moldura de madeira. O pergaminho era um material nobre, usado para documentos muito importantes. Nos mosteiros católicos, os monges reproduziam textos religiosos nesse suporte.
Máquina de escrever
A máquina de escrever foi o primeiro uso da mecânica na escrita. O primeiro protótipo funcional surgiu em 1867, pelas mãos do tipógrafo americano Christopher Sholes. A máquina era feita de madeira, e as teclas eram presas com hastes de arame, escrevendo só em letras maiúsculas. Os aperfeiçoamentos foram tornando a escrita mais precisa e veloz, saltando para peças eletrônicas que faziam o papel se movimentar sozinho.
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