James Webb e a Foto Mais Profunda do Universo – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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James Webb e a Foto Mais Profunda do Universo

12 de julho de 2022

 

Estamos vivendo dias históricos! Em 11 de julho de 2022, a Agência Espacial Americana – NASA – revelou a primeira imagem feita pelo maior e mais poderoso telescópio espacial, o  James Webb! Nesta terça-feira (12), novos registros lindos foram compartilhados com o mundo!

 

Na primeira imagem – a mais profunda do universo já feita – que apresenta um aglomerado de galáxias nomeado SMACS 0723, observamos centenas de galáxias distantes, jamais vistas com tanta clareza. O registro nos mostra como o aglomerado era há cerca de 4,6 bilhões de anos,  além de outras galáxias ainda mais antigas. Sim, estamos vendo o passado!



Um fato curioso é: Webb foi capaz de capturar a imagem em 12,5 horas, enquanto outras semelhantes do telescópio Hubble levam semanas até serem obtidas. 

 

Aglomerado de galáxias SMACS 0723 (Créditos: NASA, ESA, CSA, and STScI⁣⁣)

 

Observando os detalhes da imagem, uma dúvida pode surgir. Por que algumas das galáxias parecem estar dobradas, esticadas e possuem a luz distorcida? O forte campo gravitacional deste aglomerado de galáxias age como uma lente, como previsto por Einstein, curvando os raios de luz de galáxias mais distantes atrás dele, ampliando e distorcendo as imagens que vemos desses objetos.

 

(Créditos: NASA, ESA, CSA, and STScI⁣⁣)

 

A segunda imagem, que se assemelha a uma espécie de cadeia de montanhas, nos apresenta a borda de uma região jovem e próxima de formação de estrelas, chamada NGC 3324. Algumas estrelas bebês foram descobertas por trás dessa cortina de gás e poeira, graças a potência do telescópio.

 

Na sequência, somos apresentados ao Quinteto de Stephan, com cinco galáxias das quais quatro interagem gravitacionalmente. Uma dança cósmica? Digamos que sim! A imagem original deste registro contém mais de 150 milhões de pixels e foi construída a partir de cerca de 1.000 arquivos de imagem. 

 

Por fim, Webb nos mostra a nebulosa planetária do Anel Sul, NGC 3132, e seu par de estrelas. Uma delas está morrendo, expelindo gás e poeira visto em detalhes, sem precedentes, pelo super telescópio. Em milhares de anos, essas camadas delicadas de gás se dissiparão no espaço ao redor.

 

Se você está impressionado com esses lindos registros, eles são apenas os primeiros de muitos! O telescópio espacial James Webb ainda promete responder perguntas e revelar muitos mistérios sobre o nosso universo.

 

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[Texto de autoria de Fernando Silva, assistente de comunicação no Núcleo de Comunicação e Design]