Conheça Vera Rubin, a astrônoma e rainha das galáxias – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Conheça Vera Rubin, a astrônoma e rainha das galáxias!

 

As mulheres sempre enfrentaram dificuldades em fazer carreira no campo das exatas. Por isso, as cientistas pioneiras são motivo de inspiração. Uma delas é Vera Cooper Rubin, que rompeu barreiras: foi a astrônoma responsável pela comprovação da existência da matéria escura no universo!

 

Vera Rubin nasceu em 1928, na Filadélfia, no EUA, e deixou seu legado de luta pela importância das mulheres na pesquisa. Em uma entrevista dada em 1989, ela defendeu a liberdade e a igualdade na educação: “Em vez de ensinar física às meninas, deveríamos ensiná-las, desde cedo, que elas podem aprender tudo aquilo que quiserem”.

 

 

Reprovada pela Universidade 

Ainda criança, Vera Rubin passava noites em claro observando as estrelas. Com a ajuda do pai, um engenheiro elétrico, construiu seu próprio telescópio. Formou-se astrônoma na Vassar College, onde foi a única estudante mulher de astronomia na sua turma. Em seguida, candidatou-se para o mestrado na Universidade de Princeton. 

     

Porém, a universidade nunca enviou resposta, pois não admitia mulheres. Vera acabou fazendo o mestrado na Universidade de Cornell e o doutorado na Universidade de Georgetown. Nesse período, apresentou importantes estudos sobre o movimento das galáxias que só foram levados a sério décadas depois. 

 

 

Sem banheiro feminino 

O Observatório Palomar, na Califórnia, era o principal para a observação do céu na região. O local não permitia a entrada de cientistas mulheres com a justificativa de que não havia banheiro feminino no local. Com persistência, Rubin conseguiu autorização para usar os telescópios de lá e ainda protagonizou uma cena épica: cortou uma saia de papel e colou no símbolo de masculino da porta do banheiro!

 

Composição do Universo 

Já doutora, Vera Rubin estudou a galáxia Andrômeda, vizinha da Via Láctea, com a ajuda de seu colega Kent Ford. Eles conseguiram observar que as estrelas mais externas da galáxia giravam com a mesma velocidade das centrais, indo contra as leis de Newton. Comprovaram, então, a existência da matéria escura que, apesar de ser invisível, influenciava no movimento das estrelas com sua força gravitacional. 

 

 

Sem Nobel

As contribuições de Vera para a ciência foram revolucionárias. Apesar disso, ela nunca foi ganhadora do Nobel da Física, o reconhecimento mais importante da área. Até 2018, somente três mulheres receberam o prêmio, mesmo com mais de 200 ganhadores desde 1901. 

 

Ainda com todas as dificuldades, ela continuou firme na pesquisa até os 88 anos, quando faleceu, em 2016. “E não se preocupe com prêmios e fama. O prêmio de verdade é encontrar algo novo lá fora”, declarou nossa rainha das galáxias.

 

 

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