
Autoria
– Luana Margarida Sabino Lobo
Resumo
As trilhas, originalmente para deslocamento, transformaram-se em importantes espaços de educação ambiental, lazer e contato com a natureza. A institucionalização dessas trilhas marcou um avanço significativo em sua padronização. Contudo, a metodologia de sua criação para fins educativos e a avaliação de sua efetividade como ferramenta para a educação ambiental ainda carecem de estudos. Neste contexto, o estudo foi realizado na Estação Ecológica da UFMG (EEco-UFMG), que enfrenta desafios tanto no acesso público quanto na visibilidade de sua produção científica. O primeiro capítulo trata do desenvolvimento e aplicação de um método inovador para a criação de trilhas interpretativas autoguiadas. Proposto como um complemento ao “Método Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos” (IAPI) tradicional, o qual prioriza a integração de pesquisas científicas locais no conteúdo das placas interpretativas. O processo envolveu a identificação de estudos, entrevistas com pesquisadores e a seleção estratégica de temas, culminando na implementação de sete trilhas focadas na sensibilização ambiental. Complementarmente, o segundo capítulo avaliou a efetividade dessas trilhas autoguiadas para a educação ambiental. Para isso, foram aplicados questionários aos visitantes antes e depois da experiência nas trilhas, utilizando uma adaptação da Escala Likert. Os resultados indicaram mudanças nas respostas antes e depois do percurso pela trilha, evidenciando o papel das placas interpretativas na sensibilização ambiental dos visitantes. Em suma, este estudo demonstra o potencial das trilhas interpretativas autoguiadas como ferramentas de gestão para a educação ambiental e a comunicação científica. Ele ressalta a relevância de integrar a ciência à prática educativa em áreas protegidas, fortalecendo a conexão entre pesquisa, público e conservação.
Palavras-chave: Sensibilização ambiental; Uso público; EEco-UFMG.
Abstract
Trails, originally designed for transportation, have evolved into important spaces for environmental education, recreation, and contact with nature. The institutionalization of these trails marked a significant step toward their standardization. However, methodologies for their creation with educational purposes and evaluations of their effectiveness as tools for environmental education still require further research. In this context, this dissertation addresses these gaps in protected areas. The study was conducted at the Ecological Station of the Federal University of Minas Gerais (EEco-UFMG), which faces challenges in both public access and the visibility of its scientific output. The first chapter developed and applied an innovative method for creating self-guided interpretive trails. Proposed as a complement to the traditional Method of Indicators of Attractiveness of Interpretive Points (IAPI), this approach prioritized the integration of local scientific research into the content of interpretive signs. The process involved identifying studies, conducting interviews with researchers, and strategically selecting topics, culminating in the implementation of seven trails focused on environmental awareness. Complementarily, the second chapter evaluated the effectiveness of these self-guided trails for environmental education. Questionnaires were applied to visitors before and after their trail experience, using an adapted Likert scale. The results indicated changes in responses between the pre- and post-visit stages, highlighting the role of interpretive signs in fostering environmental awareness among visitors. Overall, this study demonstrates the potential of self-guided interpretive trails as management tools for environmental education and scientific communication. It emphasizes the importance of integrating science into educational practice within protected areas, strengthening the connection between research, the public, and conservation.
Keywords: Environmental awareness; Public use; EEco-UFMG.
Referência
Fonte: Instituto De Ciências Biológicas – Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre – acervo UFMG
Ano: 2025.




