Transversal – redes de cidadania e direito à cultura
O 15° Festival de Verão coloca a questão do Direito à Cultura no centro de sua programação, buscando o reconhecimento dos sujeitos desses direitos, através das redes de cidadania.
O Direito à Cultura é uma garantia constitucional que se desdobra em políticas culturais nacionais e locais, presentes também nas políticas culturais e nos planos de cultura das Instituições Públicas de Ensino Superior brasileiras.
O Festival busca destacar a perspectiva de transversalidade dos direitos em todas as esferas: nos diversos campos sociais e culturais, nas instâncias do poder público e nos diversos campos de conhecimento nas universidades. Busca também afirmar a concepção de transversalidade, que é constitutiva das propostas de política cultural da UFMG e que sempre foi central no Festival de Verão.
No momento em que celebra a consolidação de sua gestão cultural, com uma política integrada para seus espaços e projetos culturais, a UFMG avança na criação de uma política cultural da Universidade, lançando, neste Festival, uma convocatória para um Mapeamento Cultural da UFMG e para uma série de Fóruns de Cultura da UFMG que, de forma democrática e participativa, aperfeiçoe suas instâncias e processos de gestão cultural. (Conheça um pouco mais da Diretoria de Ação Cultural da UFMG)
Um marco ampliado para essa discussão envolve a realização de um seminário internacional sobre o Direito à Cultura em parceria com as universidades latino-americanas da Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), fórum que tem importante atuação na promoção, elaboração e difusão de políticas culturais estruturantes nas universidades públicas latino-americanas. A memória dessa parceria da UFMG com as universidades da AUGM estará presente na exposição Produção Artística e Cultural AUGM: memórias e desdobramentos – 20 anos.
Exemplo de uma ação em parceria para a construção de políticas culturais, o projeto “Políticas de Cultura para a Juventude e Coletivos da Zona Cultural da Praça da Estação”, envolve a Diretoria de ação Cultural da UFMG, por meio de seu Festival de Verão; a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do Centro de Referência da Juventude; a Escola Livre de Arte; o Circuito Cultural da SMC e diversos projetos e coletivos culturais da Zona Cultural da Praça da Estação. Tendo sido inaugurado no Festival de Verão 2020, o projeto ganhou novos parceiros e novos desdobramentos ao longo do ano que irão integrar a programação do Festival de Verão de 2021. Esse Projeto é constituído por atividades realizadas por pesquisadores da UFMG, instituições públicas parceiras, coletivos de jovens, movimentos sociais e artistas que promovem e realizam seus trabalhos no âmbito da Praça da Estação. Esses coletivos são formados por jovens que vivem nas regiões periféricas de Belo Horizonte e Região Metropolitana e atuam em programas, projetos e movimentos realizados nessa região central da cidade. Outros coletivos também atuam na região, como o Coletivo Teatral Mulheres de Luta, e são contemplados pelo projeto.
Outro destaque é a Mostra PRAE/DAC: criação em tempos de pandemia. A iniciativa conjunta entre a Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC) e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) marcou o lançamento do Programa de Fomento Cultural da Universidade. Direcionado a todos os estudantes da UFMG, Graduação ou Pós-Graduação, as propostas, além de inéditas e autorais, deveriam estar relacionadas à experiência que compartilhamos em escala global decorrente da pandemia ocasionada pela COVID-19, refletindo ou questionando, a partir desse contexto, as formas de viver contemporâneas. Os trabalhos foram realizados em 2020 e os resultados das produções são apresentados nessa Mostra no Festival de Verão 2021.
A transversalidade da Cultura se expressa também na integração da programação do Festival de Verão na Mostra Sua UFMG, da Pró-Reitoria de Graduação da UFMG, e no Congresso Brasileiro de Extensão, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão em parceria com a UNIFAL.