As diversas formas de mobilidade espacial da população, que incluem a migração e a mobilidade pendular, têm sido recorrentemente utilizadas como indicadores de influência regional e interação entre e as cidades, o que permite identificar e analisar o nível de concentração/dispersão da população e a conformação de novas centralidades no espaço metropolitano. Além de ser resultado do processo de produção/apropriação social do espaço, esses fluxos populacionais também podem ser indutores de alterações na dinâmica demográfica local e regional.
Nas últimas décadas, Belo Horizonte e Região Metropolitana, assim como boa parte do país, dado o avanço do processo de transição demográfica, tem experimentado um expressivo crescimento da população idosa, o que impõe uma série de desafios e oportunidades ao planejamento e gestão territorial, incluindo o desafio de garantir a mobilidade e o acesso aos sistemas de transporte para esse grupo etário. Nesse sentido, esse grupo tem como principal objetivo a análise do nível e das condições de acesso ao sistema de transporte público e da mobilidade espacial da população idosa em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, bem como a busca por estratégias mais inclusivas e democráticas a esse direito de acesso e de mobilidade no espaço urbano.