Período da Residência: 01/03/2013 a 28/02/2014

Professor Luis Alberto Brandão é pesquisador do CNPq e professor titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde atua, desde 1996, na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Possui os títulos de Doutor em Literatura Comparada (1996) e Mestre em Literatura Brasileira (1992) pela UFMG. Realizou pós-doutorado na Universidade de São Paulo (2004-2005) e na Universidade Federal de Santa Catarina (2010-2011). É líder do grupo de pesquisa Espaços Literários e Transdisciplinares. Ensaísta e ficcionista, publicou, entre outros, os livros Grafias da identidade: literatura contemporânea e imaginário nacional (Finalista do Prêmio Jabuti na categoria teoria/crítica literária), Um olho de vidro: a narrativa de Sérgio Sant’Anna (Prêmio Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte, categoria ensaio), Chuva de letras (Prêmio Nacional de Literatura João-de-Barro, Finalista do Prêmio Jabuti, Livro selecionado para o PNBE 2011, Programa Nacional Biblioteca da Escola, do MEC), Manhã do Brasil (Finalista do Prêmio Portugal Telecom e Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura), Saber de pedra: o livro das estátuas (Bolsa Vitae de Artes: literatura) e Tablados: livro de livros.


ESPAÇO COMO CATEGORIA TRANSDISCIPLINAR

O projeto “Espaço como categoria transdisciplinar” tem por objetivo investigar, de uma perspectiva metateórica e comparativa, questões fundamentais vinculadas aos modos como a categoria espaço é utilizada em algumas áreas de conhecimento. A partir da diversidade de funções e significados atribuídos à categoria no âmbito da Teoria da Literatura, busca-se apurar, criticamente, como essa diversidade se manifesta nas seguintes áreas: Filosofia, Física, Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Semiótica, Linguística, Teoria da Arte (outras áreas podem vir a ser incorporadas à investigação, a partir do contato com os respectivos pesquisadores). Pretende-se em especial: a) avaliar os parâmetros que, em cada área, validam o termo como conceito, bem como as variações históricas de tais parâmetros; b) inquirir a existência de linhas de força conceituais que, na conformação da categoria espaço, são comuns a mais de uma área; c) avaliar em que medida essas linhas de força se inserem em tradições teóricas mais amplas, que por ventura representem paradigmas de conhecimento comparáveis, d) vincular, analiticamente, os modos de abordagem do espaço em cada área aos pressupostos epistemológicos − definição de objetos de estudo, circunscrição do campo conceitual, estabelecimento de metodologias de investigação − que a regem; e) averiguar a existência de possibilidades incipientes ou pouco difundidas de tratamento teórico do espaço em cada área, interrogando em que medida constituem expansões das possibilidades já consolidadas.