Período da Residência: 1º de agosto de 2018 a 31 de julho de 2019

Residente do IEAT, professora Santuza Maria Ribeiro Teixeira é doutora em Bioquímica pela Universite de Lausanne, na Suiça (1990). Possui graduação em Ciências Biológicas (1982) e mestrado em Ciências Biológicas (Biologia Molecular, 1985) pela Universidade de Brasília. Realizou estágio de pós-doutorado na Universidade de Iowa (1991-1996) e licença sabática na Universidade de Maryland (2008), nos Estados Unidos. É Professora Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais e membro do INCT Vacinas. Foi pesquisadora do Howard Hughes Medical Institute (International Research Scholar), Chefe do Departamento de Bioquimica e Imunologia da UFMG e Presidente da Sociedade Brasileira de Protozoologia. Atualmente é a Coordenadora do Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas), no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). Tem experiência em pesquisa na área de Biologia Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: Parasitologia molecular e Genômica de parasitos, com ênfase em estudos sobre regulação da expressão gênica, interações parasito-hospedeiro, descoberta de antígenos, variabilidade genética e reparo de DNA em protozoários dos gêneros Trypanosoma e Leishmania. Orientou 26 alunos de mestrado e 26 alunos doutorado (incluindo co-orientações) nos programas de pós-graduação em Bioquímica e Imunologia e de Bioinformática da UFMG (ambos com conceito 7 da Capes). Bolsista de produtividade nível 1B do CNPq.


PROJETO: EDIÇÃO DE GENOMAS E O CONTROLE DE DOENÇAS NO HOMEM: CONTRIBUIÇÕES AO DEBATE SOBRE ASPECTOS ÉTICOS E OS LIMITES DAS NOVAS TECNOLOGIAS

O projeto busca desenvolver estratégias de edição de genomas visando a obtenção de cepas atenuadas do protozoário parasito Leishmania braziliensis para serem utilizadas em testes de vacinas contra a leishmaniose. Será empregada a tecnologia de CRISPR/Cas9 como método capaz de produzir modificações específicas nos genomas desse parasito com alta eficácia e segurança. Em face do grande potencial que essa tecnologia oferece para ser empregada em pesquisas na área de saúde, com objetivos diversos, incluindo aqueles envolvendo modificações genéticas em células e embriões humanos, o uso de CRISPR/Cas9 será também objeto de discussões com pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. As discussões aqui propostas sobre CRISPR/Cas9 serão de grande utilidade não somente para a disseminação, entre a comunidade da UFMG, do conhecimento sobre essa nova e promissora tecnologia com o intuito de mostrar os benefícios que ela pode trazer para a sociedade, mas também para fomentar discussões que possam contribuir para o debate sobre questões éticas e legais que estão associados à sua utilização.