A professora Mildred S. Dresselhaus, também conhecida como Millie, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, será a primeira mulher a receber o título Doutor Honoris Causa pela UFMG. A cerimônia será realizada nesta segunda, 10, às 17h, no auditório da Reitoria. Assista aqui. Antes, às 10h, ela fará a palestra 40 anos de aventura com a ciência brasileira e, a partir das 14h, acompanhará o workshop NanoUFMG, com minissimpósios dos professores Marcos Pimenta, Rubén Dario Sinisterra, Ricardo Gazzinelli e Omar Paranaiba. Essas atividades, também no auditório da Reitoria, são abertas ao público e dispensam inscrições. Enquanto Rubén Dario e Marcos Pimenta vão falar sobre os laços acadêmicos e humanos entre a UFMG e a professora homenageada, Gazzinelli e Paranaíba pretendem oferecer panorama em duas áreas fundamentais do conhecimento – vacinas para doenças negligenciadas e nanocomputação – que se beneficiam da nanociência e da nanotecnologia, campo principal de atuação da professora Dresselhaus (Leia mais no Boletim UFMG). Trajetória A professora Dresselhaus exerceu os cargos de secretária-assistente do Ministério de Energia (DOE) dos EUA, presidente da Sociedade Americana de Física (APS), presidente do Conselho Diretivo do Instituto Americano de Física (AIP), tesoureira da Academia Americana de Ciências (NAS) e presidente da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). Foi contemplada com o título Doutor Honoris Causa, ou equivalente, em 28 universidades em diversos países, incluindo Princeton University (1992); Harvard University (1995); Université Pierre et Marie Curie, Sorbonne (1999) e Weizmann Institute (2003) (Leia mais aqui e aqui). Millie e a UFMG Em abril de 2009, ela ministrou conferência dentro do programa Sentimentos do Mundo e concedeu entrevista ao Boletim UFMG. Título
Conhecida como “a mãe do carbono”, Millie construiu sua trajetória acadêmica atuando em pesquisas de nanociência e nanotecnologia, com foco em nanoestruturas de carbono. É autora de mais de mil artigos científicos com mais de 40 mil citações, mais de 600 trabalhos apresentados em conferências, seis livros publicados e 77 orientações de doutorado concluídas.
A homenageada já esteve diversas vezes em Belo Horizonte, em temporadas de colaboração científica com a UFMG, e escreveu cerca de 100 artigos em coautoria com professores da instituição. Exerceu papel de destaque na internacionalização da ciência desenvolvida na Universidade, ressaltando a importância da pesquisa feita no Brasil.
Em seus 85 anos de história, a UFMG concedeu seu maior título honorífico – Doutor Honoris Causa – a apenas 17 personalidades, já incluindo a professora Mildred Dresselhaus. O título é concedido por iniciativa do Conselho Universitário ou por sugestão de uma das congregações da UFMG. Em seu capítulo 4, o Regimento da Universidade define que ele se destina a brasileiros ou estrangeiros cujo trabalho seja de especial relevância para a cultura, a educação ou a ciência (Leia mais no Boletim UFMG).