Estação Ecológica realiza a quarta edição do Domingo no campus, no dia 8 de novembro.

[Fonte: https://www.ufmg.br/boletim/bol1918/5.shtml]

Domingo na mata

UFMG volta a abrir suas portas para a comunidade externa no próximo fim de semana

Ewerton Martins Ribeiro*

No próximo dia 8, ocorre a quarta edição do Domingo no campus, evento que cada vez mais se consagra como símbolo e prática de uma política da Universidade: a abertura de suas portas para a comunidade externa. “O objetivo de tornar o campus um local de convivência da população de Belo Horizonte vem sendo alcançado e, em razão da boa receptividade das comunidades acadêmica e externa, o Domingo no campus entra, em 2016, no calendário de atividades da Universidade”, anuncia a pró-reitora de Extensão, Benigna Oliveira. Segundo ela, a proposta é realizar pelo menos quatro edições por ano, entre abril e novembro.

Esta edição, que ocorrerá das 8h30 às 13h, contará com grande variedade de ­atividades, todas na Estação Ecológica, ­unidade de conservação ambiental com 114 hectares – mais de um milhão de metros quadrados – de mata, situada no campus Pampulha. A Estação Ecológica conta com trilhas e grande diversidade de flora, com várias espécies nativas e exóticas. A área também é habitat de mamíferos, anfíbios, répteis e aves, o que faz dela um importante centro de estudos e pesquisas.

A comunidade externa está, mais uma vez, convidada a participar. A organização do evento sugere que as pessoas tragam os seus artigos de recreação, de esportes e lanches, para fazer um piquenique coletivo no horário do almoço.
Baeta Neves, integrante da comissão executiva que administra a Estação Ecológica, destaca a variedade de atividades programadas. “Haverá oficinas para adultos e crianças – de modelagem e pintura, entre outras – e de conhecimento sobre animais e plantas. Também serão realizadas brincadeiras e instrução de slackline, além de apresentações artísticas e culturais”, diz.

No entendimento de Baeta, a realização do Domingo no campus na reserva ambiental tem importância especial para a Universidade. “Será uma oportunidade para as pessoas conhecerem a Estação Ecológica, espaço que abriga diversas atividades de pesquisa, ensino e extensão e proporciona oportunidade de lazer contemplativo. A Estação está aberta diariamente à visitação agendada. Em razão de sua rotina, muitas pessoas – até mesmo da comunidade acadêmica – não têm a chance de frequentá-lo”, comenta.

Durante o Domingo no campus, serão oferecidas três opções de caminhadas de contemplação, uma para cada grupo de participantes: crianças, idosos e também caminhantes experientes, capazes de enfrentar trechos de subidas e descidas, além da travessia de uma ponte de cordas de 74 metros de comprimento e três metros de altura.
Aprendendo a pedalar

Uma novidade desta edição será a participação da rede de ciclistas voluntários Bike Anjo, que ajuda pessoas a usarem esse veículo como meio de transporte e lazer. Lançada em São Paulo no final de 2010, a rede logo chegou a outros estados brasileiros e hoje conta com representantes na Austrália, no Equador, nos Estados Unidos, na França e em Portugal. Desde 2011, a iniciativa dispõe de plataforma capaz de conectar automaticamente ciclistas iniciantes e tutores.

Durante o evento, os bike anjos vão auxiliar as pessoas que desejam aprender a andar de bicicleta. No evento, os ciclistas terão, inclusive, a oportunidade de percorrer circuitos orientados dentro da própria Estação Ecológica.
Cinema na olaria

A partir das 10h, haverá exibição de filmes no Cineclube Olaria, cuja sala de projeções está sediada em um antigo forno de tijolos. O Cineclube foi criado em 2012 com o objetivo de promover a consciência socioambiental por meio da exibição de produções relacionadas ao tema.

Para domingo, estão previstas duas sessões. Na primeira, serão projetados quatro curtas-metragens nacionais. Duas das produções abordam a questão dos animais: Bandeira, de Antônio Fialho, professor da Escola de Belas-Artes, e Libertas, de Jackson Abacatu, animador também formado pela EBA. Os outros curtas são Recife frio, ficção sobre o clima, de Kleber Mendonça Filho [diretor do premiado O som ao redor], e Rio de mulheres, documentário de Joana Oliveira, que retrata a situação das moradoras de um quilombo em Minas Gerais.

Na segunda sessão, será exibido o longa Fronteira, ficção dirigida por Rafael Conde, professor da Escola de Belas-Artes. O filme, baseado na obra homônima de Cornélio Penna, narra a história de uma moça com fama de milagreira, mas que caminha para perder a sua “santidade” com um forasteiro.

As atualizações do Domingo no campus podem ser acompanhadas na página do evento no Facebook.

Durante todo o ano, interessados em conhecer a Estação Ecológica da UFMG podem agendar visitas monitoradas pelos telefones (31) 3409-2295 e 3409-2296. De janeiro a setembro deste ano, a reserva já recebeu mais de 16 mil visitantes.

* Colaborou Zirlene Lemos, jornalista da Pró-Reitoria de Extensão

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