Universidade transforma-se

em destino de estrangeiros

Boa avaliação oficial e trabalho da Assessoria de Cooperação Internacional acentuam internacionalização da UFMG

Letícia Orlandi

inco novos convênios, 17 visitas de representantes de universidaes estrangeiras, cinco missões de representantes da UFMG a instituições do exterior, recepção de 26 alunos de diversas nacionalidades, envio de 24 alunos para a Universidade do Texas. Os números são uma mostra do bom desempenho alcançado pela Assessoria de Cooperação Internacional (ACI) em 2000. Mas ainda há mais. A UFMG passou a integrar pela primeira vez um consórcio virtual com várias universidades do mundo e a ACI fortaleceu o desenvolvimento de projetos próprios, como seminários e eventos culturais.

Segundo a assessora Maria Sueli de Oliveira Pires, o crescimento das ações da Cooperação Internacional é um reflexo da projeção que a UFMG alcançou nos últimos anos, tanto junto a países do continente americano quanto da Europa. "Com o resultado obtido nas avaliações oficiais realizadas nos últimos três anos, a Universidade passou a receber mais solicitações de convênio e demandas de alunos estrangeiros, transformando-se em ponto importante para o estabelecimento de projetos de cooperação internacional", explica Maria Sueli.

Entre os projetos da ACI, estão o Programa de Internacionalização da Graduação, que divulga as unidades e cursos da UFMG no exterior, as consultorias para elaboração de projetos internacionais e os eventos acadêmicos. Este ano, a asssessoria organizou, pela primeira vez, seminários com professores estrangeiros para alunos de graduação e pós-graduação. Um dos cursos, patrocinado pela English Speaking Union do Brasil, trouxe docentes ingleses que ensinaram técnicas para apresentação de uma idéia diante de uma banca examinadora de mestrado ou doutorado, por exemplo. "Os cursos são iniciativas inovadoras de internacionalização, que não poderiam ser realizados através das vias tradicionais das unidades acadêmicas. Esses programas de interesse da comunidade, mas não vinculados a um projeto acadêmico específico, acabam sendo um canal de arejamento da instituição", afirma a assessora. Além disso, o Consórcio Virtual Nuevo León, que reúde a Unesco e diversas universidades, vai aumentar a troca de informações, a divulgação de oportunidades de bolsas no exterior e o desenvolvimento de projetos conjuntos.

Futuro

Para 2001, a ACI pretende finalizar os 12 processos de estabelecimento de convênios que estão em tramitação, estabelecer uma linha direta com centros de estudos brasileiros e latino-americanos sediados em universidades estrangeiras e aperfeiçoar os trabalhos desenvolvidos pelos comitês formados por membros das unidades acadêmicas visando ao planejamento de projetos internacionais.

No próximo ano, a UFMG vai receber 16 estudantes da Universidade de San Antonio, Estados Unidos, que vão participar do Curso Intensivo de Português para Estrangeiros, organizado pela Faculdade de Letras (Fale) especialmente para esse grupo de alunos; além de estágios em suas áreas específicas de estudo.

O estudante alemão Ingo Gulde, que está cursando quatro disciplinas na Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental e participou do curso de português para estrangeiros oferecido regularmente pela Fale, diz que o nível dos professores tanto do curso de idioma quanto da Escola de Engenharia é excelente e que está satisfeito com a experiência. "Fiquei sabendo da possibilidade de estudar no Brasil através da Internet, e o processo foi facilitado porque minha universidade na Alemanha tem convênio com a UFMG", conta Ingo Gulde.

Outra perspectiva para o próximo ano é que, com a ampliação da equipe ocorrida em 2000, vai ser possível montar um setor de divulgação e implantar cadastro das pessoas da comunidade acadêmica, inclusive os ex-alunos, interessadas em informações sobre oportunidades no exterior. "A assessoria recebe um volume de dados muito grande, mas nem sempre eles chegam até os interessados. Com esse cadastro, que já conta com mais de 300 nomes, vamos implantar uma comunicação direta", afirma Maria Sueli Pires.

 





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Nº 1304 - Ano 27 - 20.12.2000