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Nº 1680 - Ano 36
14.12.2009

acontece

Ciência e Tecnologia para o SUS

O professor Armando da Silva Cunha Júnior, da Faculdade de Farmácia, e a aluna Thabata Coaglio Lucas, da Escola de Enfermagem, receberam menção honrosa na edição 2009 do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A premiação aconteceu no último dia 3, em Brasília.

O professor Armando da Silva Júnior é autor do trabalho Poly-&-Caprolactone Intravitreous Devices: An In Vivo Study, desenvolvido em parceria com as pesquisadoras Sílvia Ligório Fialho (UFMG), Marie-Christine Naud e Francine Behar-Cohen (Universidade de Paris). Eles desenvolveram estudo para avaliar, em longo prazo, as reações de um implante intravítreo de um medicamento chamado PCL, usado em intervenções médicas na retina.

Thabata Coaglio foi premiada pela dissertação de mestrado “Validação do reprocessamento de cateteres cardíacos angiográficos: uma avaliação de funcionabilidade e integridade”, orientada pelos professores Marcos Pinotti Barbosa (Escola de Engenharia) e Adriana Cristina de Oliveira (Escola de Enfermagem). O trabalho analisou características de funcionalidade e integridade do reprocessamento de cateteres cardíacos, tubos inseridos em cavidades corpóreas (uma artéria, por exemplo) que possibilitam a injeção e drenagem de fluidos, além de agirem como facilitadores de processos cirúrgicos.

Homenagem

A professora Aidê Ferreira Ferraz, do Departamento de Enfermagem Básica da Escola de Enfermagem da UFMG, foi agraciada com a medalha Ordem do Mérito Legislativo, conferida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A cerimônia foi realizada no Expominas, no dia 3 de dezembro. A homenagem reconhece o trabalho realizado há 14 anos no projeto de extensão “Ações Educativas de cuidado à saúde das pessoas que vivem com HIV/aids e de seus familiares”.

Patente nos EUA

A UFMG obteve, no início deste mês, concessão nos Estados Unidos de patente de anti-hipertensivo formulado a partir do peptídeo angiotensina (1-7), com sistema de liberação controlada. A metodologia diminui a velocidade de absorção do medicamento no organismo e aumenta a sua eficácia.

A patente da mesma formulação já havia sido concedida à Universidade pela China, em maio deste ano. “A concessão da patente internacional abre possibilidade de que uma indústria nacional leve tecnologia da UFMG para um grande mercado mundial”, comenta o professor Rubén Dario Sinisterra, um dos autores do estudo e diretor de Transferência de Tecnologia da UFMG.

Rubén Dario explica que, a partir de um peptídeo produzido pelo organismo, foi criada formulação oral que pode ser utilizada por pacientes hipertensos ou com disfunção erétil. Na maioria dos países, 15% a 25% da população adulta sofrem de pressão arterial elevada. Responsável por doenças coronarianas, cerebrais e vasculares renais, a hipertensão é a principal causa de morte e incapacidade entre adultos.

A UFMG agora conta com 23 concessões de patentes internacionais, sete das quais nos Estados Unidos. A Instituição é a primeira no Brasil em número de patentes em fármacos, medicamentos e biotecnologia.

A tecnologia foi desenvolvida pelos professores da UFMG Rubén Dario Sinisterra, do Departamento de Química do ICEx, Frédéric Jean Georges Frezard e Robson Augusto Souza dos Santos, ambos do ICB, e por Ana Paula Nadu, doutora pela UFMG.

Fundador do curso de Comunicação ganha biografia

Um dos fundadores do curso de Jornalismo da UFMG, o professor e jornalista José Mendonça acaba de ganhar uma biografia. Escrito por dois de seus ex-alunos, os jornalistas Manoel Marcos Guimarães e Flávio Friche, e pela historiadora Maria Auxiliadora de Faria, o livro José Mendonça: a vida revelada traça um perfil de um dos mais respeitados formadores de jornalistas em Minas Gerais.

Segundo os autores, o professor Mendonça manteve “absoluta dedicação a todos os empreendimentos de que participou, sempre de maneira discreta, porém firme, sem qualquer sinal de vaidade ou de procurar atrair holofotes”. Aos 91 anos, 72 dos quais vividos em Belo Horizonte, o professor José Mendonça é tido como “um arquivo vivo” da capital mineira, em especial dos seus veículos de comunicação. Começou sua carreira no jornal O Diário (conhecido como “Diário Católico”) em 1938, foi correspondente da Folha de S. Paulo, diretor da sucursal mineira O Globo e ajudou a fundar o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, do qual foi o segundo presidente. No início da década de 1960, integrou com os colegas Anis José Leão e Adival Coelho a comissão responsável pela criação do curso de Jornalismo da UFMG.

A obra, publicada pela Editora UFMG, com apoio do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e Departamento de Comunicação Social da Fafich, será lançada nesta quinta-feira, dia 17, às 19h30, na Biblioteca Pública de Minas Gerais (anexo Francisco Iglésias – rua da Bahia, 1889, 2o andar), dentro do Projeto Sempre Um Papo. Lakshmi Ananda de Mendonça Resende, bacharel em Turismo e neta de José Mendonça, também participou da publicação com a coleta de depoimentos.