Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 1 - nº. 3 - Agosto de 2003 - Edição Vestibular


Editorial

Entrevista
UFMG, espaço de formação crítica e cidadã

Assistência ao Estudante
Conforto de lar

Bibliotecas
Multiplicador do conhecimento

Iniciação Científica
As primeiras interrogações ninguém esquece

Diplomação
Campus aberto

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Sua nova cidade

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Ciências Biológicas

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Espaços da UFMG

Sua nova cidade

Não é apenas a porta do conhecimento que se abre quando o aluno vence a etapa do Vestibular na UFMG. Além do ensino, da pesquisa e da extensão, a Instituição mantém espaços onde cultura e lazer se misturam com harmonia e oferecem alternativas para a comunidade universitária e para a população em geral. Conheça alguns desses lugares

Foca Lisboa
Antigo prédio da Escola de Engenharia, Centro é referência de atividades culturais

Centro Cultural

Instalado num antigo prédio da Escola de Engenharia, próximo à Praça da Estação, o Centro Cultural tornou-se não só uma importante referência para as exposições e atividades de artes plásticas, visuais e cênicas, mas também um local de práticas inovadoras no campo da educação e da integração social. Sob o manto de um projeto maior, intitulado Cidadania Cultural, são realizadas ações prolongadas, para diferentes públicos, como o curso de formação de Agentes Culturais Juvenis.

Nesse curso, jovens que residem na periferia recebem uma bolsa especial e capacitam-se para desenvolver atividades culturais dedicadas às comunidades mais carentes. Durante um ano, eles tiveram aulas bem diferentes das que estavam acostumados – como de expressão corporal, inglês, fotografia e elaboração de projetos – e agora trabalham na realização das ações idealizadas por eles.

Foca Lisboa
Instalação no saguão do Centro Cultural

Na mesma linha, realiza-se no Centro Cultural o projeto Guernica, uma parceria entre a UFMG e a Prefeitura de Belo Horizonte, idealizada como uma nova abordagem para um dos maiores problemas dos centros urbanos: a ação depredatória de pichadores e grafiteiros. Alvo do Guernica, pichadores e grafiteiros constroem uma relação diferente entre o próprio fazer e a cidade, ao tomarem contato com a história da arte e com manifestações artísticas contemporâneas ou ao estudarem questões relacionadas a urbanismo, arquitetura e patrimônio histórico.

Museu de História Natural e Jardim Botânico

Na terceira maior área verde de Belo Horizonte, com 600 mil metros quadrados, no bairro do Horto, funciona esse espaço de ciência, que atende a públicos variados com suas diferentes atividades de educação, pesquisa, cultura e lazer. Espécies da fauna e da flora brasileiras formam uma moldura ecológica para exposições permanentes de Mineralogia e Gemologia, de Arqueologia, de Paleontologia. O Museu possui, ainda, exposições de Física e de Química, nas quais essas ciências são apresentadas de forma lúdica, e desenvolve projetos de educação ambiental.

Eber Faioli
Exposição de Palenteologia em exemplares das eras paleozóica, mesozóica e cenozóica

O mais famoso presépio brasileiro, o Pipiripau, construído durante décadas, a partir de 1906, por Raimundo Machado Azeredo, artista popular, é uma das principais atrações desse espaço.

O Museu de História Natural e Jardim Botânico mistura lazer e saber em exposições com especial preocupação didática. No galpão que abriga a exposição de Paleontologia, por exemplo, as eras paleozóica, mesozóica e cenozóica estão retratadas em um acervo rico, explicativo, que inclui réplicas de dinossauro, de preguiça gigante e de cavalo americano. As exposições de Gemologia e Mineralogia mostram ao visitante a aplicação, no cotidiano, dos minerais encontrados na natureza. É uma exposição que surpreende logo na entrada, onde foi construída uma caverna em gesso e concreto, representativa de uma gruta calcária, na qual não foram esquecidas nem mesmo pinturas rupestres.

Todas as exposições contam com o auxílio de monitores, estudantes universitários que se preparam para o contato direto com o público.

Museu de Ciências Morfológicas

Eber Faioli
Museu de Ciências Morfológicas atrai 20 mil visitantes por ano

Único na América Latina, ele revela o corpo humano na sua integralidade e oferece aos visitantes um contato pouco comum com a “máquina” que lhes dá vida. De forma criativa, instigante e também didática, o acervo completo sobre o corpo humano e seu funcionamento é uma atração permanente. A exposição não se limita à exibição de esqueletos, de órgãos ou de detalhes microscópicos de células e tecidos. Vai além ao comparar e relacionar os seres, ao mostrar, em profundidade, os mecanismos que possibilitam a vida e ao despertar a consciência para a complexidade, e ao mesmo tempo, para a fragilidade do corpo, num estímulo ao bem cuidar.

Em média, o Museu de Ciências Morfológicas, instalado no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), recebe cerca de 20 mil visitantes por ano, “A vida é o nosso maior patrimônio. Cabe a cada um de nós conhecê-la para preservá-la com qualidade”, diz a Coordenadora Maria das Graças Ribeiro, resumindo a filosofia do Museu.

Foca Lisboa
Agenda do Observatório oferece atividades de lazer, educação e pesquisa

Observatório Astronômico

Na Serra da Piedade, a 50 quilômetros de Belo Horizonte, o homem fica mais próximo do Universo que habita ao apreciar o céu, que se desvenda a partir das lentes de poderosos telescópios profissionais e amadores e com o auxílio de monitores, que ensinam os visitantes a reconhecer planetas, estrelas, constelações e outros elementos da imensidão.

O Observatório Astronômico completou, no ano passado, 30 anos. A importância desse espaço permanece tanto para a ciência e para a pesquisa quanto para a educação e para o lazer. Em média, 20 mil visitantes por ano aproveitam do conhecimento presente em todos os cantos desse lugar. O Observatório faz-se presente além da Universidade ao manter uma agenda bastante atrativa, com eventos especiais durante acontecimentos de fenômenos astronômicos ou como espaço aberto às escolas. Segundo o Coordenador, professor Renato Las Casas, o ensino astronômico oferecido pela UFMG é uma referência mundial e o Observatório Astronômico é um reflexo disso.

Centro de Memória da Medicina

Eber Faioli
Objetos raros constituem acervo do Centro de Memória da Medicina

Todos os dias, o professor João Amílcar Salgado, aposentado, vai à Faculdade de Medicina, onde ele lecionou durante anos. A sala de aula não é mais o que o atrai. Sua atenção está completamente voltada para um espaço que ele próprio ajudou a criar: o Centro de Memória da Medicina, um conjunto de biblioteca, museu e arquivo que registra a história não só da ciência, mas da própria Unidade na UFMG, guardando um acervo rico e variado.

O Centro de Memória da Medicina nasceu no final da década de 70. Atualmente, o projeto Memória e Cultura da Medicina em Minas Gerais revitaliza o espaço, dando-lhe uma nova perspectiva. O Centro possui livros antigos e raros, arquivos de documentos e de fotos históricas

Estão, ali também, abrigados coleções e objetos de médicos que participaram ativamente da história social, política e cultural do País. De uma lista farta, fazem parte o primeiro ginecologista de Belo Horizonte, Hugo Werneck, os escritores Pedro Nava e João Guimarães Rosa, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek e seu vice, Clóvis Salgado. ex-diretor da Faculdade de Medicina.

Foca Lisboa
Diversidade da fauna e flora pode ser contemplada durante caminhada pela Estação Ecológica

Estação Ecológica

Essa é uma área de preservação ambiental rara mantida por uma Universidade no País. No Campus Pampulha, a Estação Ecológica abriga, em cerca de 114 hectares, grande diversidade de flora – recente pesquisa feita no local identificou 555 espécies, entre elas, quatro listadas como ameaçadas de extinção –, com a presença de dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves.

A Estação Ecológica está situada na antiga Fazenda Dalva e, durante muito tempo, abrigou o Lar dos Meninos Dom Orione. Transformada em local de pesquisa e ensino, também se tornou área de lazer. A partir de agendamentos, são realizadas as Caminhadas Ecológicas, um programa desenvolvido com a participação de estudantes do Ensino Fundamental, Médio e, também, Superior.

As Caminhadas Ecológicas são momentos de contemplação junto à natureza e de aprendizado sobre a importância da preservação do meio ambiente. Durante o passeio por uma trilha, os participantes aprendem e discutem problemas ambientais, numa perspectiva de integração saudável do homem com a natureza. O passeio leva, também, às áreas de pesquisas e aos viveiros de mudas e de animais.

Centro Esportivo Universitário

Wander Queiroz

Comunidade universitária tem à disposição a sólida infra-estrutura do CEU

O Ceu é o clube para momentos de lazer, de recreação e de práticas esportivas da comunidade universitária, mas é onde acontecem, também, atividades didáticas, especialmente as demandadas pela Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Inaugurado em 1971, o Ceu está instalado numa área de cerca de 170 mil metros quadrados, próxima ao Campus Pampulha, e possui uma sólida infra-estrutura para atender aos sócios – estudantes, professores e funcionários, com seus familiares.

O Ceu possui o que muitos clubes em Belo Horizonte não oferecem: piscinas olímpica, semiolímpica e infantis; quadras poliesportivas; quadras de vôlei, peteca e basquete; campos de futebol soçaite e gramado, em tamanho oficial; quadras de saibro de tênis; quadras de vôlei de areia; pista de atletismo; sauna; salão de jogos; playground. Para aproximar mais o público interno, o Ceu promove happy hours, cursos de natação e hidroginástica, atividades de recreação para as crianças, apresentação de peças de teatro. O Coordenador Antônio de Paula lembra que a prática de esportes significa vida e lazer, contribuindo para a auto-estima. “O Ceu serve de ponto de encontro para uma melhor interação entre os membros da comunidade universitária”, assinala.

Foca Lisboa
Conservatório: além de oferecer boa música, é um importante espaço cultural de Belo Horizonte

Conservatório

Emoldurada pela beleza de um prédio construído na década de 20, a música clássica tem lugar garantido num dos mais importantes espaços culturais da UFMG. O Conservatório de Música, no centro de Belo Horizonte, foi totalmente restaurado e reinaugurado há três anos. Com a ampliação de seu interior, ele se transformou num ambiente multiuso, que abriga dois auditórios com capacidade para 64 e 220 pessoas, salas de aula, salão para eventos, uma livraria e sala de exposições.

Entre as atividades do Consevatório de Música, inclui-se a apresentação de artistas nacionais e estrangeiros. Além dos concertos tradicionais pelo menos uma vez por semana, o Conservatório realiza o Concerto Didático, que acontece uma vez por mês e reúne um público interessado em conhecer toda a magia que envolve a música e os instrumentos musicais usados nas orquestras sinfônicas ou em grupos musicais menores.

Foca Lisboa
Livraria integra área interna do Conservatório de Música

Em duas salas, estão as exposições permanentes da Coleção Brasiliana e do acervo de Arte Contemporânea da UFMG. A primeira reúne documentos raros, esculturas e pinturas luso-brasileiras dos séculos XVI a XIX. A segunda exibe pinturas, esculturas, litogravuras e tapeçarias de artistas mineiros, produzidas na década de 60. No pátio central e numa área coberta, acontecem outras exposições e, também pequenos eventos, como lançamentos de livros. “No Conservatório, o público encontra uma forma diferente de lazer, com música clássica e erudita, e a preços populares”.