Exposições

Para dar visibilidade e conferir significado artístico ao rico acervo de obras pertencente à Universidade Federal de Minas Gerais, diferentes exposições serão organizadas durante as comemorações dos 90 anos da Instituição. Essas atividades culturais propõem uma revisita ao passado, para resgatar a memória da aquisição artística da UFMG e, assim, criar bases para que a Universidade continue a exercer o seu papel de polo de produção e difusão do conhecimento.

28/6

Desconstrução do esquecimento: golpe, anistia e justiça de transição

Foto: Cyro Almeida/ Divulgação
Foto: Cyro Almeida/ Divulgação

Data: 28/6 a 31/8
Local: Centro Cultural UFMG – Avenida Santos Dumont, 174 – Centro, Belo Horizonte – MG
Visitação: segunda a sexta, de 10h as 19h, e sábados, de 10h as 13h (entrada franca)
Coordenação e supervisão geral: Leda Martins e Silvana Cóser
Curadoria: Fabrício Fernandino
Realização: Diretoria de Ação Cultural da UFMG

“É precisamente por recusar o esquecimento e a cegueira, aos quais os fatos históricos e cotidianos estão sujeitos, e por optar por seguir os rastros da história e da memória que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) traz a público, com muito orgulho, compromisso institucional e dever cívico, esta exposição que se propõe a relembrar e reviver um dos momentos mais marcantes e traumáticos da história nacional: o golpe de 1964, o estado de exceção vivido pelo povo brasileiro, a anistia que se seguiu e a longa construção do processo de reparação e justiça.”

Assim Jaime Arturo Ramírez e Sandra Goulart Almeida, reitor e vice-reitora da UFMG, introduzem a exposição Desconstrução do esquecimento. A exposição foi planejada para ser um espaço de preservação da memória e da história do Brasil, resgatando três eixos – golpe, anistia e justiça de transição – para compor um panorama sobre o estado de exceção vivido pelo povo brasileiro e os desdobramentos do golpe de 1964.

O projeto foi montado em cinco salas da galeria Aretuza Moura, do Centro Cultural da UFMG, e reúne obras inéditas de oito artistas.

“Como instituição pública de ensino, cabe à Universidade buscar a preservação da memória e da história e zelar pelo esforço de milhares que lutaram e acreditaram na democracia, na liberdade e na possibilidade de construir uma nação justa”, afirma Fabrício Fernandino, curador da exposição, em entrevista à Agência de Notícias da UFMG.

3/5

Olhar Revisitado: Reencontros e Novas Afetividades

Foto: Lucas Braga/ UFMG
Foto: Lucas Braga/ UFMG

Data: 3/5 a 16/8
Local: Espaço Expositivo da Reitoria UFMG – Prédio da Reitoria – Campus Pampulha
Visitação: segunda a sexta, de 8h as 18h (entrada franca)
Curadoria: Rodrigo Vivas e Fabrício Fernandino
Realização: Diretoria de Ação Cultural da UFMG

Em nove décadas de história, a UFMG reuniu importante e diverso acervo de obras de arte: criações que datam do século XVI ao século XXI, hoje espalhadas pelas unidades acadêmicas ou sob a guarda direta da Diretoria de Ação Cultural (DAC). Para conferir significado artístico a esse acervo e possibilitar à comunidade acadêmica e aos próprios artistas/autores uma revisita às obras que o compõem foi organizada a exposição Olhar Revisitado: Reencontros e Novas Afetividades, como uma das atividades de comemoração dos 90 anos da UFMG.

As 32 peças que compõem a exposição – pinturas, esculturas, fotografias e desenhos – foram selecionadas por duas vias: na primeira,  denominada Reencontros, artistas que já possuem obras no acervo da Universidade trouxeram suas novas produções, estabelecendo encontros, diálogos e problematizações entre o antigo e o novo. Na segunda, chamada Novas Afetividades, procurou-se criar relações entre obras de artistas contemporâneos com peças do acervo de autores que já morreram.

“Esta é uma exposição que prima pelo diálogo, pela troca de experiências, por potencializar o olhar do espectador em relação às temporalidades que atravessam e que são atravessadas pela mostra”, salienta a professora Leda Maria Martins, diretora de Ação Cultural da UFMG, em entrevista ao Boletim UFMG.

8/9

D. Quixote – Portinari e Drummond: releituras de Cervantes

Dom Quixote arremetendo contra o Moinho de Vento. Ilustração para o livro "Dom Quixote", de Cervantes; edição não realizada, 1956.
Dom Quixote arremetendo contra o Moinho de Vento. Ilustração para o livro "Dom Quixote", de Cervantes; edição não realizada, 1956.

Data: 8/9/2016 a 30/11/2016
Local: Espaço Expositivo da Reitoria UFMG – Prédio da Reitoria – Campus Pampulha
Visitação: segunda a sexta, de 8h as 18h (entrada franca)
Curadoria: Fabrício Fernandino
Realização: Diretoria de Ação Cultural da UFMG

A exposição D. Quixote – Portinari e Drummond: releituras de Cervantes inaugurou as comemorações dos 90 anos da UFMG, homenageando a  obra-prima de Miguel de Cervantes, 400 anos após a morte do autor. A mostra reúne 21 desenhos de Cândido Portinari e 21 glosas poéticas de Carlos Drummond de Andrade, que foi aluno notável da Universidade.

“A arquitetura dessa mostra desperta um olhar reflexivo e comparativo de como o artista e o poeta se inspiram e fazem uma releitura da grande obra de Cervantes”, afirma Fabrício Fernandino, professor do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas-Artes e curador da exposição, em entrevista ao Boletim UFMG

A exposição foi inspirada no livro D. Quixote: Cervantes, Portinari, Drummond, doado à UFMG por José Carlos Sebe Bom Meihy, professor aposentado da USP. Como informa o Projeto Portinari, os desenhos a lápis feitos pelo artista em 1956 acompanhariam uma provável edição brasileira de D. Quixote, a pedido da Editora José Olympio. Como o projeto foi abandonado, coube a Drummond escrever os poemas que acompanhariam as ilustrações de Portinari; criação colaborativa que resultou no livro doado à UFMG e na exposição inspirada por ele.