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Nº 1449 - Ano 30 - 12.8.2004

Presidente da Andifes elogia proposta
de orçamento para as Ifes em 2005

Maurício Guilherme Silva Jr.

hega a R$ 802 milhões a proposta de Orçamento de Custeio e Capital (OCC) que o Ministério da Educação encaminhará ao Congresso Nacional para financiar as atividades das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) em 2005. O valor é 30% superior aos R$ 597 milhões relativos ao orçamento de 2004. A reitora Ana Lúcia Gazzola, presidente da Andifes, elogiou a proposta orçamentária, assim como a permanente disposição para o diálogo com as universidades. "É importante ressaltar a mudança de patamar do MEC, que, finalmente, disse a que veio no campo da educação superior pública federal. O Ministério tem dialogado permanentemente com a Andifes e sinaliza, através do orçamento, a sua decisão de recuperar todo o sistema", afirma.

A reitora também considera importante a decisão do governo de concentrar na matriz orçamentária todo o recurso para custeio, ao contrário de outros anos, em que parte do OCC dependia dos esforços da Andifes. "Essa é uma forma de respeitar a nossa autonomia. Como o dinheiro virá da matriz, podemos planejar nossas iniciativas", analisa a reitora. Para 2005, além dos 802 milhões provenientes da matriz orçamentária, estão previstos R$ 86 milhões da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, destinados a projetos especiais. Além disso, serão negociados 20 milhões via Emenda Andifes e outros R$ 100 milhões da Sesu para investimentos diversos.

Dívidas

No mês passado, o Congresso Na-cional aprovou o repasse de R$ 76 milhões para as universidades, que devem ser empregados no pagamento de dívidas das Ifes, tanto de 2003 quanto de 2004. Se for liberado, o MEC discutirá com a Andifes a distribuição do recurso. Ainda não há como saber o valor destinado à UFMG. Tudo dependerá da forma como será feito o repasse por parte do governo. "Houve uma distribuição preliminar, que não é a definitiva, pois ainda não foram conferidos os da dos acadêmicos fornecidos pelas universidades, relativos a 2003", explica a reitora. Trata-se de informações como número de alunos diplomados e matriculados. "São dados muito importantes para a distribuição do dinheiro", diz Ana Lúcia Gazzola, ao lembrar que o governo acolheu proposta da Andifes que prevê o recálculo da matriz orçamentária a partir dos dados conferidos em 2003.

Outros recursos

Apesar das boas novas, a reitora ressalta que ainda é grande a necessidade de recursos para recuperar a infra-estrutura das universidades, que inclui itens como a modernização das frotas de automóveis e recuperação de prédios e laboratórios. "Precisamos de investimento e percebemos que o Governo não deseja reduzir o custo com as instituições. Isso sinaliza para um projeto de melhorias contínuas, que cria boas condições para a discussão da reforma universitária", completa.

UFMG visita parceiros para reforçar
apoio ao projeto do Parque Tecnológico

as últimas semanas, a reitora Ana Lúcia Gazzola e o vice-reitor Marcos Borato visitaram os parceiros da UFMG envolvidos no projeto do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH Tec), além de candidatos à prefeitura da cidade.

No dia 4 de agosto, a reitora e o vice-reitor, acompanhados do coordenador geral do projeto, professor Mauro Borges Lemos, e do presidente da Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário, Ricardo Cury, reuniram-se com o candidato Roberto Brant (PFL). No dia anterior, eles estiveram com Fernando Pimentel (PT) e João Leite (PSB).

A reitora Ana Lúcia Gazzola ressalta que as visitas buscam reforçar a adesão ao projeto do Parque Tecnológico. "Trata-se de iniciativa muito importante para Belo Horizonte. Todos os candidatos têm manifestado apoio incondicional ao BH Tec", afirma. Na visita de cortesia aos parceiros da UFMG no projeto _ como Fiemg, Sebrae e Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia _ a Reitora entregou documento com a íntegra do projeto.

A participação da UFMG no projeto foi oficialmente aprovada pelo Conselho Universitário no dia 13 de julho. A iniciativa é desenvolvida em parceria entre a Universidade e a Prefeitura da Capital e conta com o apoio do governo de Minas Gerais, da Fiemg e do Sebrae.

UFMG, governo de Minas Gerais e Prefeitura de Belo Horizonte reunirão 60% dos representantes do conselho responsável pela gestão do Parque Tecnológico . A iniciativa representa uma grande oportunidade para que a Universidade empregue o conhecimento produzido em suas unidades acadêmicas. Atualmente, a Instituição é responsável por 54% das pesquisas realizadas em Minas Gerais. Além disso, figura como uma das instituições de ensino superior brasileiras que mais detêm patentes nacionais e internacionais.

O BH Tec será construído em área de 600 mil metros quadrados, pertencente à UFMG, na região conhecida como Triângulo das Bermudas , entre as avenidas Carlos Luz, professor José Vieira de Mendonça (antiga Engenho Nogueira) e a BR-262, próxima ao Anel Rodoviário. No momento, estão sendo realizados estudos de viabilidade para a construção do Parque.