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Nº 1674 - Ano 36
2.11.2009

Ciência na vitrine

Semana do Conhecimento volta a projetar trabalhos de alunos de graduação e amplia diálogo da academia com o público externo

Tatiana Palhares

Danilo Borges
Professor Alfredo Matheus, do Coltec, mostra experimento científico em atividade do Esse trem chamado ciência

A Semana do Conhecimento e Cultura UFMG 2009, realizada de 19 a 23 de outubro, voltou a movimentar a comunidade acadêmica. Mais de 2,2 mil projetos de alunos da UFMG participaram de exposições nos campi Pampulha, Saúde e de Montes Claros. A programação também incluiu apresentações artísticas e culturais, palestras e debates.

A Semana do Conhecimento e Cultura, cujo objetivo é tornar públicos e avaliar trabalhos acadêmicos produzidos na Universidade, integrou a VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Governo Federal. Na UFMG, o evento foi desdobrado em três semanas acadêmicas: XVIII Semana de Iniciação Científica, XIII Semana de Graduação e XII Encontro de Extensão. O evento também contou com a participação do Programa de Iniciação Científica Júnior da UFMG (Provoc) e do projeto Esse Trem chamado Ciência.

O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Carlos Alberto Tavares, destaca que, a cada ano, aumenta o número de estudantes que participam da Semana do Conhecimento e Cultura. Um dos motivos é o crescimento da oferta de bolsas. “Também temos notado que a maioria dos professores que entram na Universidade se envolve em pesquisa, oferecendo mais oportunidades aos alunos de participar de projetos de iniciação científica, graduação e extensão”, afirma.

Na avaliação do pró-reitor, o entusiasmo do corpo discente também é determinante para o sucesso do evento, consolidado no calendário acadêmico. “É uma atividade da qual os alunos participam com prazer. Para muitos, é a primeira oportunidade de apresentar o trabalho realizado”, observa.

Dos 2.244 projetos inscritos na Semana do Conhecimento e Cultura, 1.641 eram de iniciação científica, 192 de graduação e 411 de extensão. A apresentação deles ocorreu na segunda, terça e quarta-feiras – os de iniciação científica também foram mostrados na quinta-feira. Cerca de 8% dos projetos de cada categoria acabaram selecionados para exposição no prédio da Reitoria para mais uma avaliação. Os melhores trabalhos foram premiados na sexta-feira, dia 23, em cerimônia no auditório da Reitoria.
Segundo o pró-reitor de Pesquisa, a qualidade dos trabalhos inscritos também melhora a cada ano. “A maior parte dos professores que entram para a UFMG vem de pós-doutorado. Além disso, a Universidade está se equipando melhor, os aparelhos são mais sofisticados, o que também reflete positivamente nos trabalhos”, analisa Carlos Alberto Tavares.

No metrô

Debates sobre a popularização da ciência e a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programação cultural com apresentação de grupos tradicionais da UFMG, como a Geraes Big Band e o Sarandeiros, e uma inédita atividade de divulgação científica em estações do metrô de Belo Horizonte mostraram a face da Semana do Conhecimento voltada para o grande público.

Os vagões e as estações do Vilarinho, Santa Inês, Gameleira e São Gabriel foram palco do projeto Esse trem chamado ciência, abrigando exposições interativas, oficinas e intervenções, no período de 20 a 24 de outubro.
De acordo com a professora Tânia Costa, diretora do Centro de Difusão da Ciência (CDC), responsável pela organização da atividade, o projeto conseguiu atingir seu objetivo. “O balanço final foi muito positivo.

Recebemos cerca de 10 mil visitantes, entre alunos de escolas agendadas e comunidade em geral. Conseguimos reunir temas muito próximos ao cotidiano das pessoas, despertando o interesse do público para a ciência”, diz.

Para Tânia Costa, a articulação de centros de pesquisa e unidades acadêmicas foi fundamental para o sucesso do projeto. “Aliar as unidades acadêmicas da UFMG e instituições como a Fiocruz e a PUC Minas em torno de uma mesma ideia mostra que a divulgação do conhecimento científico para além de nossos muros é uma iniciativa fundamental”, assinala.

Diogo Domingues
Exposição de trabalhos movimentou a Praça de Serviços, na Pampulha