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Nº 1784 - Ano 38
6.8.2012

Alessandra Rodrigues (Química, 4°ano),
Arthur Moraes Faasen (Eletrônica, 3°ano),
Gabriel Gonçalves Santos (Análises Clínicas, 3°ano),
Keila Eduarda Martins de Vasconcelos (Análises Clínicas, 2°ano),
Láyza Silva Jardim (Análises Clínicas, 2°ano),
Luisa Guimarães Carlos Silva (Automação, 3°ano),
Luisa Vilaça Gomes da Silva (Análises Clínicas, 3°ano),
Rafaela Jéssica Calmon Chaves (Química, 4°ano),
Thaís ­Rodrigues de Oliveira (Química, 2°ano) e
Vinícius Leonardo de Oliveira (Eletrônica, 3°ano)

Incubadora de tecnologia

Iniciativa inovadora oferece suporte para facilitar a transformação de conhecimento em produto

Ana Rita Araújo

Grupos de pesquisa da UFMG que atuam em rede e revelam elevado potencial de geração de propriedade intelectual, tecnologia, negócios e produtos passam a contar com apoio institucional que tem por objetivo impulsionar a criação ou consolidação de Centros de Tecnologia (CTs). O suporte inclui área física e infraestrutura para instalação do setor administrativo dos grupos, além de palestras, cursos, workshops, consultorias especializadas e planejamento de negócios.

“É uma espécie de incubadora de centros de pesquisa e desenvolvimento, como já ocorre com empresas”, resume o professor Ado Jorio de Vasconcelos, diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT). Ele destaca que o processo de incubação é fundamental para promover “a transição do conhecimento científico para o produto, que não é óbvia para o pesquisador”.

Com a iniciativa, inédita, a Universidade espera oferecer condições para o surgimento de empresas de base tecnológica. O novo modelo vai incubar redes de pesquisa de âmbito local, nacional e até internacional que podem gerar negócios e produtos. Lançado em fevereiro, o primeiro edital selecionou projetos que serão assistidos por 24 meses.

Empreendedorismo

Outra ação institucional que fortalece a proposta de estabelecimento dos centros de tecnologia é o programa de bolsas de iniciação ao empreendedorismo e inovação, coordenado pela CTIT, em parceria com a Inova – Incubadora da UFMG, e copatrocinado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A intenção é oferecer a alunos de graduação a oportunidade para participar de atividades de empreendedorismo e inovação em empresas de base tecnológica (start-ups), preferencialmente nos CTs, e em empresas incubadas na Inova-UFMG ou instaladas no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC).

Os alunos selecionados também podem atuar em projetos de transferência de tecnologia de propriedade intelectual registrada da UFMG. Em todos os casos, serão orientados por docente da Universidade. Ado Jorio explica que a parceria ganha corpo com a presença do Sebrae, instituição que possui larga experiência em educação para o empreendedorismo. Para o pagamento das bolsas serão utilizados recursos obtidos pela UFMG nas negociações de tecnologias – royalties e outras remunerações advindas de licenciamentos.

Para atuar como orientador, o docente deve ter título de doutor, além de experiência em atividades de pesquisa de base tecnológica, empreendedorismo e inovação, produção de conhecimento e formação de recursos humanos. O primeiro edital abriu 20 vagas para alunos de graduação, que receberão bolsa mensal no valor de R$ 500, para jornada de 20 horas semanais de atividades, de 1º de maio deste ano a 30 de abril de 2013. O aluno indicado para bolsista “deve ter perfil e desempenho acadêmico compatíveis com as atividades previstas no plano de trabalho”, define o documento.

Segundo o diretor da CTIT, os dois programas se complementam, com o objetivo de “construir sólida base para a desejada transição do conhecimento e da tecnologia desenvolvidos na Universidade para negócios e produtos do mundo empresarial”. Ele acrescenta que a proposta de iniciação ao empreendedorismo cumpre o papel de estimular pesquisadores e alunos a se engajarem em atividades na área, o que potencializa a capacidade de orientação e oferece oportunidades de estímulo a empreendimentos inovadores. “Nosso corpo docente possui pesquisadores brilhantes que geram conhecimento científico com grande potencial tecnológico”, comenta Jorio.

Com relação aos alunos, ele explica que o edital tem o propósito de despertar vocação empreendedora e inovadora, incentivar talentos potenciais, além de introduzir estudantes de graduação no processo criativo, tornando-os capazes de identificar oportunidades e buscar recursos para transformá-las em negócio lucrativo. É também objetivo do programa proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos referentes ao processo de empreendedorismo e inovação, de modo a estimular o desenvolvimento da criatividade e o aprendizado dos procedimentos necessários para avaliação de demanda, planejamento de negócios e dos respectivos riscos. Para Jorio, a iniciativa deve despertar no bolsista uma nova mentalidade em relação ao processo de empreendedorismo e inovação.