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Olá professores e educadores! Este é o segundo texto do projeto “Espaço aberto a Educadores”, nosso canal de comunicação aqui no Blog do Espaço! Se ainda não leu, convidamos você a ler também o primeiro texto: “Você sabe o que é mediação no museu?”
A visita de um grupo escolar começa muito antes da chegada dos estudantes e professores ao museu e também não se encerra após as poucas horas que eles passam fora da escola. Podemos pensar que levar os alunos até o museu envolve três tempos muitos importantes e que podem enriquecer a experiência do grupo. Há o que chamaremos de pré-visita, a visita propriamente dita e o momento pós visita. É sobre cada uma destas etapas que vamos conversar um pouco neste texto.
Pré-visita
Começamos a pré-visita com o levantamento de informações sobre o museu, sendo importante verificar como é o processo de agendamento. No nosso caso, tentamos facilitar ao máximo esse processo, por meio de formulários on-line, e deixá-lo o mais transparente possível através do sorteio público das vagas, transmitido em nossa página do Facebook.
Também nesta etapa, é importante pesquisar mais sobre os assuntos abordados nas exposições e em outras atividades que acontecem durante a visita. No caso do Espaço do Conhecimento UFMG, é interessante, por exemplo, explorar a programação de sessões do Planetário e saber quais exposições temporárias estarão em cartaz no dia da sua visita.
Este é também o momento de lançar questões e atiçar o interesse dos alunos. Uma proposta seria convidá-los a acessar o site do museu ou pesquisar suas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter, Spotify, Youtube) e já começar a interagir. Finalmente, é hora também de planejar a logística: onde os alunos poderão lanchar, onde o ônibus pode estacionar, checar se é possível deixar as mochilas no ônibus (pois facilita muito a entrada no prédio), sugerir aos alunos o uso de agasalho (o ar condicionado pode ser um desconforto), etc.
Temos algumas dicas para que você não precise planejar tudo sozinha(o)! Você pode participar de encontros organizados pelo setor educativo do museu, especialmente para professores e educadores. Nestes encontros, é possível conhecer em detalhes a proposta de trabalho da instituição e as atividades realizadas, o que ajuda muito na reflexão sobre esse momento da pré-visita. Outra dica importante é tentar se articular, dentro da escola, com professores de diferentes áreas na construção de um projeto transdisciplinar envolvendo a ida ao museu.
Visita
Tudo organizado, é hora da visita. Ela tem um tempo relativamente curto de duração – no Espaço, dura em torno de duas horas – então é preciso aproveitá-lo ao máximo. Vale lembrar que este momento, muito além do reforço de conteúdos disciplinares, é uma vivência que passa pelo encantamento, reconhecimento, estranhamento, construção e desconstrução de significados. Uma experiência para ser compartilhada entre educadores do museu, professores e alunos. Lembre-se que o professor também é um visitante e pode se permitir relaxar um pouco e viver a experiência junto com os alunos, expondo comentários, expressando admiração ou dúvida, sem se preocupar em excesso com a gestão do tempo e a disciplina. Os educadores do museu estarão prontos para ajudar.
Pós-visita
Fim da visita, hora de voltar para a escola, mas a experiência não precisa se encerrar quando todos entram no ônibus. O que foi visto, ouvido, experimentado e debatido pode reverberar por muito tempo. Uma boa visita é aquela da qual a turma sai com mais perguntas que respostas. Por isso é importante incluir a etapa pós visita, onde haja oportunidade de compartilhar relatos, retomar questões e ampliar conceitos. Feito tudo isso, não deixe de dar um retorno das ações desenvolvidas nesta etapa para o museu. Esses resultados são fundamentais para avaliarmos o impacto da visita e como podemos melhorar.
Essas três etapas ajudam a organizar o processo de visita, mas existem muitas outras dimensões que escapam a elas. Também fazem parte as interações que acontecem dentro do ônibus no trajeto pela cidade, como sentar ao lado do colega, cantar músicas, compartilhar o lanche. Fazem parte as fotos na exposição compartilhadas com amigos e famílias pelas redes sociais, as interações com os colegas de outras turmas, conhecer pessoas novas que trabalham no museu e muito mais!
Sabemos também que cada turma e cada museu tem suas especificidades, o que faz de cada experiência única. E você, já visitou muitos museus com sua turma? Tem ideias interessantes sobre os três momentos que tratamos aqui? Queremos saber sua opinião! Nos escreva pelo e-mail espacoabertoaeducadores@gmail.com.
Coleção de Links:
Nossos canais nas plataformas virtuais estão recheados de conteúdos que podem ser explorados nos momentos pré e pós visita. No Youtube, você pode acessar, por exemplo, a série de contações de histórias sobre as Cosmogonias, uma série de atividades de astronomia do nosso Calendário Astronômico, que podem ser reproduzidas na escola, e o making of da exposição Mundos Indígenas, para atiçar a curiosidade!
Contação de Histórias – Cosmogonias
Calendário Astronômico: Solstício a Solstício
MAKING OF | MOSTRA MUNDOS INDÍGENAS
Além disso, aqui mesmo no Blog do Espaço! e no Podcast “Pílulas do Conhecimento” também tem outros conteúdos sobre artes e ciências que vale a pena explorar.!
Blog do Espaço! – Espaço do Conhecimento
Pílulas do Conhecimento | Podcast
Não deixe de conferir também nosso outro Podcast, chamado “Pelos Mundos Indígenas”.
Pelos Mundos Indígenas | Podcast
Para saber mais:
Fique ligado no Espaço Aberto a Educadores! Todo mês traremos um texto novo para dialogarmos também por aqui.
07 fatos que vão alterar sua percepção sobre o tempo!
Destinos turísticos para se conectar com a natureza na RMBH
