Autoria
– Anna Luísa Michetti Alves
Resumo
Com o aumento da população humana, tem-se ampliado o processo de urbanização. Desta forma, ambientes naturais são modificados, o que pode levar a redução de habitats, perda de espécies nativas e extinções locais. Um grupo bastante afetado por essas mudanças são as aves. Neste contexto, áreas verdes em ambientes urbanos possuem um importante papel na manutenção e conservação da avifauna. Este estudo caracterizou a avifauna da Estação Ecológica da Universidade Federal de Minas Gerais, uma área verde protegida na cidade de Belo Horizonte, e buscou entender a influência da estrutura vegetal na assembleia de aves e seus traços funcionais. Foram coletados dados de riqueza de aves em 10 pontos de escuta espalhados pela Estação Ecológica e registradas 81 espécies pertencentes a 35 famílias e 18 ordens com diferentes guildas tróficas e estratos de forrageamento. Os insetívoros de sub-bosque foram os mais numerosos, podendo ser explicado pela estrutura mais arbórea da Estação Ecológica e grande número de tiranídeos e traupídeos. Ao comparar a riqueza entre os pontos pelo índice de similaridade de Jaccard, foi observado que locais com vegetação mais aberta e arbustiva eram os mais diferentes de todos os outros e possuíam menor riqueza, enquanto pontos com vegetação mais complexa e arbórea eram mais similares e possuíam maior riqueza. Tais resultados são importantes para gerar conhecimento acerca da comunidade de aves da Estação Ecológica para fins didáticas e podem auxiliar em decisões de manejo de áreas verdes em ambientes urbanos, já que foi demonstrado que o incremento da vegetação está relacionado a uma maior riqueza e diversidade de avifauna.
Palavras-chave: avifauna; áreas verdes urbanas; guilda trófica; estrato de forrageamento; estrutura vegetal.
Abstract
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Fonte: Instituto de Ciências Biológicas da UFMG – acervo UFMG
Ano: 2023.
