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Feira no gramado da Reitoria oferece 'de tudo um pouco'

quarta-feira, 23 de julho de 2014, às 18h11

Montada no gramado da Reitoria ao longo desta semana, a Feira de Tudo faz jus ao nome: no local, estão à venda artigos decorativos, acessórios para vestuário e bijuterias, roupas e produtos homeopáticos, entre outros artigos de artesanato.

As expositoras Rúbia de Carvalho e Adriana Souza fazem parte do movimento Economia Solidária, que, conforme explicam, “trabalha com preço justo e materiais recicláveis”. Na Feira de Tudo, elas vendem camisetas feitas com retalhos, tecidos, rendas e fitas recicladas, adornadas com paetês, além de estandartes católicos. “São produtos diferenciados”, define Rúbia.

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A comerciante peruana Marinela Herrera exibe, em seu estande, artigos oriundos de seu país, como o chullo (foto acima), tipo de gorro usado pelos habitantes da Cordilheira dos Andes.

“Sua vantagem é proteger as orelhas do frio da cordilheira”, justifica Marinela. Segundo a comerciante, o chullo é fabricado artesanalmente por índios das cidades peruanas de Cuzco e Ayacucho com a lã extraída de lhama e alpaca, dois animais da fauna da região. “A alpaca fornece tecido mais fino, que não pinica”, explica. Marinela acrescenta que todos os produtos são tingidos com tinturas derivadas de plantas. Ela também vende charutos cubanos.

Patchwork
A tradução literal de patchwork é "trabalho com retalho". Trata-se de uma técnica de montagem de tecidos em formatos variados. A artesã Antônia Lúcia, que lida com o ofício desde 1998, trouxe à Feira de Tudo as almofadinhas com frases personalizadas. “Faço tudo manualmente. Em algumas almofadas, escrevo até as mensagens a mão para que fique totalmente artesanal”, conta. Em seu estande, também são encontrados lixinhos de carro e chaveiros. “Tudo feito com 100% de algodão e fibra de silicone antialérgica”, completa a vendedora.

Outra adepta do patchwork é a artesã Maria da Conceição Assis. Em sua barraca, estão expostos porta-óculos, porta-tesoura, bolsas, almofadas e o que ela chama de “descanso para o pensamento”, apoios acolchoados que se encaixam ao pescoço. “O acabamento é de excelência", garante a artesã, que vende seus produtos semanalmente nas feiras da avenida Bernardo Monteiro e da Pampulha.

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Também assídua nas feiras populares de Belo Horizonte, a expositora Laurete Oliveira (foto) tem sua atividade restrita à venda de roupas femininas e souplasts (suportes para pratos, também usados para decoração). Laurete, que trabalha como artesã desde os 13 anos, pinta à mão os souplasts enquanto recebe os fregueses na barraca. Ela também desenha as estampas das vestimentas que comercializa.

Vaidade e bem-estar feminino
As amigas Lorena Santos e Gabi Santos dividem o mesmo estande na Feira de Tudo, onde expõem roupas e bijuterias, respectivamente. “Desenho e corto o tecido, depois mando para a costureira finalizar”, descreve Lorena.

_DSC3549.JPGDestoando da maioria dos expositores da Feira, uma das integrantes do coletivo Pacha Mama, Rúbia Gomes (foto), oferece os produtos que, segundo ela, atendem às demandas que compõem o “sagrado feminino”. “É a filosofia do respeito às fases da vida da mulher, seus ciclos, incluindo a gestação”, diz Míriam.

Entre os produtos incluem-se pomada para cólica, extrato que regula tensão pré-menstrual, sais de banho para equilíbrio hormonal na fase da menopausa, sabonete terapêutico, óleo corporal, sabonete íntimo e absorvente de pano.

Míriam, que também é psicóloga, considera que a rotina movimentada vivida pela maioria das mulheres faz com que elas se desconectem com seu interior. “Por isso é tão grande a prevalência de doenças como ovário policístico e endometriose, além de desequilíbrios emocionais”, detalha a expositora, que também participa de atividades de orientação às mulheres.

Fonte: Agência de Notícias UFMG