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GT 'O lixo não existe' constrói rede com pneus usados

quinta-feira, 24 de julho de 2014, às 17h24

Desde o início da semana, integrantes do Grupo de Trabalho (GT) O lixo não existe trabalham na montagem de uma rede, com cordas, toras de madeira e pneus usados. A atividade, que será concluída nesta sexta-feira, ocorre no gramado em frente à Escola de Música da UFMG.

“Trata-se de um brinquedo no qual as pessoas poderão subir e se deitar”, explica o instrutor conhecido como Mister, integrante do coletivo Basurama, que coordena o GT. “O objetivo é construir uma estrutura resistente e durável”, completa.

Formado em Arquitetura, Mister explica que os equipamentos no GT podem ser criados com base em projetos estabelecidos anteriormente ou idealizados durante o encontro: “É importante oferecer liberdade aos participantes, que podem sugerir esquemas novos”. Entre outros materiais utilizados nas experimentações do Basurama, ele cita bobinas de madeira e garrafas pet. “Na verdade, todo o lixo doméstico que jogamos fora pode ser reaproveitado de alguma maneira”, argumenta.

Graduando em Economia, Evandro Luís é um dos inscritos no GT. Ele explica que o material utilizado é encontrado, gratuitamente, e em abundância, em depósitos da cidade. “O lixo gera inúmeras oportunidades de transformação do espaço”, diz.

Transformação criativa de resíduos
O coletivo Basurama teve origem em 2001 e, a princípio, era um festival universitário de transformação criativa de resíduos, realizado em Madrid, na Espanha. “O nome Basurama surgiu da junção das palavras basura (lixo, em espanhol) e amor”, conta Mister.

Ele relata que, a partir do terceiro ano de existência do coletivo, os integrantes passaram a ser convidados para promover oficinas em outras cidades. “Começou assim a aventura de levar o Basurama para todos os lugares do mundo”.

Entre os projetos atuais do Basurama, destacam-se Resíduos Sólidos Urbanos (RUS), realizado com a Agência Espanhola para a Cooperação e o Desenvolvimento (Aecid) e a curadoria da Noche en Blanco de Madrid. O Basurama, que mantém escritório em São Paulo, atua em cerca de 20 países e 50 cidades do mundo.

Fonte: Agência de Notícias UFMG