Moradores de ocupações compartilham suas realidades em GT que explora a fotografia

Durante esta semana, o Grupo de Trabalho (GT) Retratos de ocupações reuniu moradores das comunidades Eliana Silva, Guarani-Kaiowá, Rosa Leão e Vitória, todas da região metropolitana de Belo Horizonte, e fotógrafos e estudantes da UFMG, em vivência que se propõe a compartilhar as realidades dos participantes por meio da edição e montagem de fotografias. O GT é sediado na Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG.

O coordenador da atividade, o professor de fotografia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Alexandre Sequeira, explica que o desafio é usar a fotografia como vetor de aproximação e conversa entre os grupos. “Cada um traz informações sobre os universos em que vivem e assim promovemos diversas formas de diálogo”, disse. As produções de fotos, colagens, montagens e edição com softwares digitais começaram na última segunda-feira.

Contato com a tecnologia
Muitos dos participantes do GT tiveram no Festival o primeiro contato com instrumentos digitais de tratamento fotográfico. É o caso de Vanda Inácio, moradora da comunidade Rosa Leão. “Não imaginei que na minha idade, quase 50 anos, eu teria oportunidade de trabalhar com programas de edição de imagens”, comentou. A pequena Gabriela, de 12 anos de idade, aproveitou as oficinas para aperfeiçoar suas habilidades. “Já tive aula de fotografia na escola, mas aprendi outras técnicas aqui no Festival."

Os participantes fotografaram as ocupações urbanas e a universidade com equipamentos diversos. “Eles puderam levar câmeras emprestadas da UFMG, mas também utilizaram celulares próprios e máquinas mais simples”, conta Alexandre Sequeira. Entre os softwares utilizados, o professor listou o Photoshop e o Picasa.

Os trabalhos finais serão apresentados na cerimônia de encerramento do Festival, no fim da tarde de amanhã (sábado). As fusões fotográficas elaboradas digitalmente serão exibidas por meio de um projetor.

Fonte: Agência de Notícias UFMG