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Último encontro temático discute abertura dos campi para as cidades

sábado, 26 de julho de 2014, às 15h35

Como a universidade pode abrir suas portas e acolher a comunidade do seu entorno? Essa foi a questão que orientou as discussões do encontro temático Campus e cidade, no último dia do 46º Festival de Inverno da UFMG. Realizado na manhã de hoje, no auditório da Reitoria, o debate reuniu acadêmicos e ativistas.

O professor Wellington Cançado, da Escola de Arquitetura, conhecido como Low, analisou a configuração dos campi universitários no Brasil, projetados e construídos em décadas passadas como uma célula isolada da cidade, refletindo um ensino autoritário e elitista. "Hoje nosso ensino é diversificado e acessível. Necessitamos agora repensar esse espaço", analisou.

A pró-reitora de assuntos comunitários da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Sylvia Franceschini, abordou a experiência do convívio entre a comunidade universitária da UFV e a população local. Segundo ela, Viçosa tem um campus universitário localizado no centro da cidade, com portões abertos e sem restrição de entrada.

A arquiteta Adriana Sales Cardoso, que é doutora em saneamento, meio ambiente e recursos hídricos, apresentou projeto de sua autoria sobre a revitalização do córrego Engenho Nogueira, que passa pelo campus Pampulha. Seu estudo analisa a viabilidade de se descanalizar o curso d´água, permitindo que corra a céu aberto. Em sua visão, a inserção de córregos e rios no tecido urbano, além de valorizar o aspecto paisagístico, protegeria o terreno contra inundações.

O debate também contou com a presença do ativista Ricard Grau, integrante do coletivo Re-cooperar, de Barcelona (Espanha). Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que trabalha em projetos socioculturais que se valem de materiais reutilizáveis e envolvem comunidades locais.

Fonte: Agência de Notícias UFMG