Universidade Federal de Minas Gerais

Com a palavra... Vania Baeta

Cláudio Zazá/UFMG Educativavania-baeta-comapalavra-claudio-zaza.jpg Às quintas-feiras, a professora e psicanalista Vania Baeta relaciona literatura e psicanálise. Doutora em literatura comparada, Vania também coordena o programa Migalhas Literárias, também na UFMG Educativa (de segunda a sexta, às 14h30 e às 22h).

A vida dói
"Separar-se da mãe, pensava, enquanto tatuava, aquém, da palma da mão. E escrevia, ao mesmo tempo, um pensamento para o além. ... >>

Resistência
".......Posso pensar que resisto, que insisto, que re-existo; posso pensar que, apesar do sol, da chuva e das tormentas, o tecido tênue de meu sonho surgirá; ... >>

Desistência
"Nós, que desistimos um dia, fomos condenados a vencer. Entre todos os que aqui se encontram, há sobretudo, artistas. Nós, os artistas, os personagens improváveis e suspeitos que não merecemos confiança. ... >>

Como se a nós todos fosse endereçada
"Às vezes me pergunto por que o contar é, para mim, tão distante da palavra. Talvez, já a algum tempo, seja a mesma questão que se abre, quando abro o caderno para começar uma carta. ... >>

O Real do Amor
"Nesta noite solar sonhei ensinar-te assim meu amor: o real não é a moeda com que pago pão ou a rosa, ou as flores cálidas com que cubro teu leito. ... >>

"Indig...Nação"
"Que país é esse? Gritava o poeta como quem cantava. A primeira palavra, então que eu pesco, é 'indignação'. Essa palavra soa branda e até sonora. ... >>

Tem que manter isso aí, viu?
"Acordo de uma noite insone em que ainda ressoa uma frase ilícita, espúria, diriam alguns. "Tem que manter isso aí, viu?" ... >>

O valor do riso
"O valor do riso, de Virgínia Woolf e O chiste e sua relação com o inconsciente, de Sigmund Freud......ambos coincidem no tema nada risível e na data de publicação: 1905..... ... >>

Virgínia Woolf com Freud
"......Ela diz: “Virgínia Woolf e Sigmund Freud encontraram-se. Uma vez. Pode-se imaginar, é claro, a inquietação que um teria suscitado no outro, o que um teria podido aprender ou trocar com o outro, com a sua obra. ... >>

Imparceria II
"...gosto desta expressão: “cair na real”......porque, quando caímos na real, é impossível não constatar que esse par perfeito não existe e nunca existiu; ... >>

Imparceria
“...resolvo, então, hoje, sonhar com algo próximo ao que Maurice Blanchot nomeou como uma “comunidade inconfessável”; ou como o que Maria Gabriela Llansol chamou de “amor ímpar”... ... >>

Porta a palavra
“...a frase voltava a me acordar, sem café, sem ainda nem ter conseguido abrir os olhos.....como algo que veio do mundo dos sonhos, ... >>

O ovo e a galinha
”....ela não é sobre o conto homônimo de Clarice Lispector.... ... >>

“Violeta-flor do desejo"
O desejo é a própria essência do homem... ... >>

"O Outono e a Nuvem"
"...hoje, o dia amanheceu solar.....depois da chuva, da queda de energia, de nossos olhos cansados de ontem.....mais um dia de sol, esse deus.....apesar do outono, com o outono, o sol.....apesar da loucura humana, de sua dehumanidade....mais um dia de sol... ... >>

"Lama e Alma"
"...então.....eu leio esse livro como uma resposta..... que inaugura, na sequência da obra dessa escritora, uma nova geografia, uma geografia de rebeldes... ... >>

Mal estar na civilização
" 'Ama teu próximo como a ti mesmo.' Em seguida Freud propõe ao leitor adotar uma atitude ingênua diante dela como se a ouvíssemos pela primeira vez. Então ele diz: 'Não poderemos suprimir um sentimento de estranheza e surpresa. ... >>

Vestido
"Porque a fantasia serve para isto. Para esconder o horror do real. E ouvir dizer: que horror! que lindo! sublimemos. Usemos a capacidade de levar a indignação. ... >>

Fantasia de Carnaval II
"Pensei que hoje que seria uma quinta-feira sem cinzas... Porque é preciso. Mais que nunca é preciso. Penso em resistir. Invento a canção. Não cedo à tentação imensa de entregar aquilo que me resta. ... >>

Fantasia de Carnaval
"Neste Carnaval não usarei nem plumas, nem paetês, nem confete, nem serpentina. Apenas o sopro leve de um perfume antigo que me lembra o tempo em que o termo pós-verdade não existia em nenhum dicionário. Não que eu seja saudosista ou queira voltar no tempo. ... >>

Verão
"Chegou o verão! O carnaval paira no horizonte e o samba clareia a nebulosa das montanhas de Minas. Eu ouvi os tambores e o clamor de uma cuíca convocando o corpo, o raio, a sedução das entranhas, o sendeiro, o caminho de minha luz. Mas também poderia utilizar a mesma palavra verão e dizer: agora vocês verão." ... >>

Freud e as cartas I
“No final as cartas deixaram de ter serventia e serão substituídas por telegramas. Vai ser possível a gente se corresponder ao longo de uma década com um amigo sem nunca conhecer a sua caligrafia...” ... >>

Crise o outro lado
"A crise econômica, a crise política, a crise das instituições, das relações, da autoridade paterna a poluição insensata que desmorona a criação" ... >>

Distâncias
"Um dia de frio de inverno, um grupo de porcos espinhos se aconchegou bastante para se esquentarem mutuamente e não morrerem de frio. Contudo, logo sentiram os espinhos uns dos outros o que os fez novamente se afastarem. E quando a necessidade de aquecimento os aproximava de novo, repetia-se o segundo mal. De modo que eram impelidos de um sofrimento prá outro até acharem uma distância média que lhes permite suportar o fato da melhor maneira." ... >>

O artifício da voz
"Eu nasci em 1931 no decurso da leitura silenciosa de um poema. Só havia tecidos espalhados pelo chão da casa, as crenças ingênuas de minha mãe. Estavam igualmente presentes as páginas que os leitores haveriam de tocar como a uma pauta de música, apenas com o instrumento da sua voz." ... >>

Ler Cegamente
"É como se meu corpo soubesse me conduzir pelos meandros do livro com uma familiaridade estranha. Assim como quando em nossa própria casa andamos no escuro sem contudo precisar tatear. Há uma certeza absurda. O encontro com o livro, com um autor, quando é dessa natureza, faz-me pensar na sobre determinação do inconsciente. Do que em mim sabe e eu não sei que sei. Faz-me pensar, obviamente, em amor à primeira vista. Nunca te vi, sempre te amei." ... >>

Alejandra Pizarnik
"nadie me conoce yo hablo la noche nadie me conoce yo hablo mi cuerpo nadie me conoce yo hablo la lluvia nadie me conoce yo hablo los muertos" ... >>

Efêmero III
"por un minuto de vida breve única de ojos abiertos por un minuto de ver en el cerebro flores pequeñas danzando como palabras en la boca de un mudo (Alejandra Pizarnik)" ... >>

Efêmero II
"Efêmero, ou seja, o que passa, perece, se desvanece, desaparece. O que em um momento existe e logo depois passa a não mais existir. Como uma flor que só desabrocha em uma única noite. O comum arco-íris que aparece e se desvanece no horizonte entre luz, azul, sol e chuva e luar." ... >>

Efêmero
"Perturbava-o o pensamento de que toda essa beleza estava fadada a passar. Que no inverno ela já teria desaparecido, assim como toda beleza humana e todo o belo e o nobre que os homens criaram ou pudessem criar. Tudo aquilo que ele teria amado e admirado lhe parecia desvalorizado pelo destino do efêmero a que estava condenado." ... >>

Ideal
"Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... ... >>

Melancolia
"Há muito tempo que essa senhora sem sonhos os acorda. Há muito que essa senhora insone não os deixa dormir e lhes retira a capacidade de encontrar um sentido mínimo para vida. E o preço que pagam apaga o esplendor de uma ilusão qualquer." ... >>

Luto
“São letras escritas na maçã do amor, eu sabia acima de tudo que eram letras de luto. Mas já sabia também que luto é uma conjugação do verbo lutar...” ... >>

"Por um ramo lilás"
"Falta-me uma flor branca para compor, com rigor, um ramo lilás. Disse um dia, Maria Gabriela Llansol. Dessa frase poemática destacaria agora a flor que falta. Não como a flor de minha insatisfação. Mas como a flor de meu desejo. Ergo as mãos e recebo no côncavo de meus dedos a alegria da vida que brota desse ramo." ... >>

A arte da desistência
"Alguns fracassos é certo, mas nunca uma desistência. São uma linhagem de vencedores. Sim. São um povo duro e vitorioso. É esse o seu legado. Mesmo nós que vivemos aqui do lado de fora não nos livramos do destino de vencer. Nem sempre sabemos o que é que nos encerra, o que é que nos cerca, o que parece nos enterrar. E no entanto, sentimos não sei que barras, que grades, que muros. E é esta a nossa pena: nós que desistimos um dia, fomos condenados a vencer." ... >>

Pulsão da escrita
"Era um animal chamado escrita.Ora com vegetal, ora como pedra dura ao luar. Ou como uma luz preferida. Passa, como o vento, a escrita, às vezes, lento, sopro leve sem ventania, mas muitas vezes como um furacão ardente, um redemoinho poema que sai arrastando as moradas e suas namoradas, só podem consentir numa entrega plácida, mas exigente" ... >>

Parâmetros da desleitura
"Queria hoje, apenas, um livro sobre nada. Uma voz com vícios de fontes. Alguém que avançasse para o começo, que lançasse as palavras, assim como criança garatuja o verbo para falar o que não tem." ... >>

O pasmo essencial
"Quem, poderia me dar uma companhia, que por nada trocaria. Quem, se não fosse ela, tocaria meu corpo de forma a desenhar uma geografia de rebeldes livrando-me, e não só por um instante, das mesquinhas disputas humanas. Quem, a não ser ela, atravessaria ou desobedeceria o princípio da não contradição, apurando o tempo fora do tempo, quebrando espelhos, lançando chamas ao vento..." ... >>

O estranho 3
"...além do e nú, já tão famoso complexo de Édipo, repetição além ou aquém do compreensível, do premeditado, como se um ditado que nos precede, lançasse a sorte, o azar, o acaso fatal. Moiras, caprichosas que tecem nosso destino, insistem em repetir ...uma pedra, no meio do caminho!" ... >>

O Estranho
"Se adotarmos a sugestão tradutória que indiquei na semana passada diríamos como se a palavra infamiliar coincidisse, afinal, com a palavra familiar. Ou seja, é com se de alguma maneira, o estranho e o familiar estivessem em continuação um com outro a ponto de coincidir." ... >>

Freud
"...a cena de um menininho, um benjamenino diante de sua sombra, sua assombrosa reação, sua resposta assombrada. Ele dizia e repetia: Não vovó! isso não é sombra! é só algo que me atrapalha! é só algo que me atrapalha!." ... >>

O menino e sua sombra
"Era noite. Noite clara de lua alta e o céu foi sua testemunha. Havia uma mulher na varanda de sua casa de campo contemplando a paisagem escura. Era noite. O céu acima, o jardim em volta, as florestas e as serras longínquas. Dentro da casa a família reunida aproveitava o encontro. E, sorrateiramente, deslizando pelas paredes de dentro prá fora o menino Benjamin, com seus quatro aninhos pousados neste mundo, foi ver a sua avó que era a mulher contemplativa na varanda." ... >>

Vasta Solidão
"É nela, então, na solidão, que residiria a incomparabilidade da literatura. Porque só os passam por lá sabem o que isso é. Segundo Maria Gabriela Lençol, há três coisas que metem medo: a terceira delas é um corpo a escrever. E na sequência, ela diz: Só os que passam por lá sabem o que isso é. E que isso justamente a ninguém interessa." ... >>

Rebento
"Oh meio-dia confuso! Oh 21 de abril sinistro! Que intrigas de ouro e de sonho houve em tua formação! Quem ordena, julga e pune, quem é culpado e inocente, na mesma cova do tempo cai o castigo e o perdão." ... >>

Dogma
"Então, nesse sentido, escapando a qualquer dogmatismo, poderíamos aproximar uma tema e o poema e dizer: quanto mais poemáticos formos menos dogmáticos seremos". ... >>

Feminina
"A mulher não existe! pois bem: a mulher com "A" maiúscula não existe. Porque o que há é uma mulher, uma a uma, cada uma, sendo essa uma um lado só que, a seu modo, tenta se arranjar com o modos de existência, sendo estes o que a cultura lhe oferece para que se vista e desvista segundo um padrão feminino." ... >>

A relação sexual não existe
"A relação sexual não existe porque não há proporção entre os sexos. Porque um mais um não faz dois. A conta é sempre outra com um terceiro no meio que desponta da flor do meu desejo." ... >>

Da insatisfação feminina
"hoje cedinho vi um passarinho. Era um beija-flor preso entre duas paredes. Muros caiados, pintura sobre pintura, intacta e descascada. Nenhuma flor para beijar. Apenas um fio elétrico solto no ar." ... >>

Citação
"Seria essa uma figura platônica? Pergunto-me. Não sei. Mas sei que esse não sabido se apresenta diante de mim como se eu pudesse identificar um desconhecido que me acompanha como uma sombra que nunca vi." ... >>

Uma poeta que nunca existiu
"Às vezes, muitas vezes, não se sentia amada. Mas isso era pouco ou quase nada prá ela que buscava a morada de Eros. Ela conhecia a psiquê a alma que tudo vê no campo negro, neutro da cegueira. Também conhecia a justiça, sua venda nos olhos mas não se vendia. Nunca venderia a alma de sua verdade. A escrita. Incompreensível. Ela de quis a palavra." ... >>

Lou Andreas-Salomé
"Enfim, temos aí um banquete do qual, talvez, Marina, em presença, não participou. Já que ela mesmo diz em carta a André Gide, "não pertenço a nenhum grupo literário. Vivo, ajo e trabalho sozinha e para os seres sozinhos. Sou a última amiga de Rinner Maria Hilk. Sou a última alegria, sou a última Rússia, sua pátria de eleição e seu último derradeiro poema." ... >>

Marina Tsvetáieva
Ela passa fome e escreve; perde uma filha por inanição e escreve; escolhe salvar a outra da fome e da malária e escreve; migra para a Alemanha, para a Tchecoslováquia, para a França, volta para a União Soviética e escreve;... ... >>

Silêncio, escuta
Sinto, como um oásis no deserto, que esse silêncio de silêncio faz falta imensa à humanidade falante, todos carentes de falar; todos carentes de uma escuta também. Ouça a coluna da professora Vania Baeta Veiculada em 18/02/2016 no programa Universo... ... >>

Freud com Cervantes
O mais impressionante é que Freud resolveu ser um autodidata: ele quis aprender o espanhol sozinho. E, para tal, para exercitar essa língua estranha, começou a se corresponder em espanhol com um amigo. ... >>

Escuta
"É tão raro a alguém escutar alguém. A escuta, eu poderia dizer, é quase um dom. Quantas pessoas sabem escutar? Escutar, simplesmente escutar. Mas escutar mesmo. Silenciar e escutar. Não aquilo que eu quero ouvir, nem aquilo que quero falar.... ... >>

Para uma passarinha
Ela não escolheu tatuar um símbolo, nem um nome, nem uma letra, nem uma inicial. Ela quis tatuar escondidinho, no verso do punho, um verso desse poema que é de Manoel de Barros e que diz: 'queria crescer para passarinho'.... ... >>

Vestígios do poema
Também por isso a psicanálise, assim como a literatura, não é uma disciplina que possa se conformar apenas com uma apreensão comum do conhecimento, mas exige um lugar que passa pela experiência. Ouça a coluna da professora Vania Baeta Veiculada... ... >>

O começo de um ano é precioso
Bom dia, bom ano bom, porque novo e, porque é novo, novinho, ele deverá estar para além do bem e do mal. Ouça a coluna da professora Vania Baeta. Veiculada em 14/01/2015 no programa Universo Literário... ... >>

Dom Quixote 4
"A nossa época, assim, mesmo com tanta informação, há de se tornar obscura para os historiadores, uma Nova Era das Trevas? Não, isso só pode ser ficção.....então, eu, Vania Baeta, prefiro acreditar na verdade de um Dom Quixote.... cavaleiro andante no Universo Literário." ... >>

Dom Quixote 3
E se alguém, com mais de 50 anos, hoje, acreditasse na existência dos Super-heróis, mas super-heróis de revistas em quadrinhos já ultrapassadas, que esse alguém lia sem cansar? ... >>

Dom Quixote 2
O jovem Sigmund Freud, quando contava com apenas 15 ou 16 anos e conheceu a obra de Miguel Cervantes, foi tomado por uma loucura: ele ficou ensandecido a tal ponto de querer aprender sozinho a língua espanhola — visto que... ... >>

Dom Quixote
Falo de um fidalgo que, de pouco dormir e de muito ler, secou-se-lhe o cérebro, de tal maneira que chegou a perder o juízo — enlouqueceu... Tomou conta dele a fantasia de que tudo aquilo que lia nos livros (encantamentos,... ... >>

A escrita, o exílio, a casa
A vinda desses escritores banidos de seus países, amordaçadas suas línguas, censurada sua arte, seu meio de expressão, nos leva a pensar seriamente na onda crescente de intolerância que assola nossas redes sociais, nossa tacanha mente, nossos tacanhos pensamentos. Ouça... ... >>

Testemunho de Juliano Pessanha
Eu agradeceria imensamente a existência da literatura, o que de mais humano e sobre-humano herdamos nos confins desta terra. Ouça a íntegra da coluna da professora Vania Baeta Your browser does not support the audio element. Veiculada em 12/11/2015 no... ... >>

Brincadeira de criança (Fort-da 2)
Uma simples brincadeira de criança encena o desaparecimento e o retorno de um objeto que, no caso do netinho de Freud, é um carretel, mas que costuma ser qualquer objeto que uma criança nessa idade pasma em ver sumir e... ... >>

Brincadeira de criança (Fort-da 1)
Não é à toa que a criança e o poeta em tanto se tornam parecidos. Porque essa brincadeira tem a potência de encenar a dor, o gozo e o prazer de ver o desaparecimento e o retorno do objeto amado.... ... >>

O segredo da voz
"Que a voz vem de um corpo; que a voz, a própria voz, por sua vez também tem um corpo, e que esse corpo transporta o seu segredo". Ouça a íntegra da coluna da professora Vania Baeta Your browser does... ... >>

O instrumento da voz
Permito-me pensar a voz na leitura como um instrumento que toca uma melodia, que me inicia no decurso silencioso de um poema... Ouça a íntegra da coluna da professora Vania Baeta Your browser does not support the audio element. Veiculada... ... >>

O mito de Poros/Pênia e a leitura
Desse encontro inesperado do diverso – entre a penúria e a luxúria – nasce então Eros, o amor: tão mendicante quanto a mãe; tão festivo, farto e rico quanto o pai. Ouça a íntegra da coluna da professora Vania Baeta... ... >>

O mito do andrógino e a leitura
De voz em voz, como na brincadeira de passar o anel, o livro espalhou-se no ar – do início ao fim – suspendendo a programação normal e instituindo, durante horas, a partilha de um banquete literário. Ouça a íntegra da... ... >>

O desejo
Desejar, numa certa gramática enviesada, é um verbo intransitivo, porque, de alguma maneira, esse verbo não tem objeto algum ou definido. Claro, eu desejo alguma coisa, mas essa coisa nunca há de ser a coisa mesma. Ouça a íntegra da... ... >>

Uma Palavra com Desejo Dentro
Talvez uma palavra com desejo dentro seja uma palavra errante; uma palavra que me levasse além; que me fizesse viajar; escalar escarpas; navegar na imprecisão do preciso; sondar o inaudito; tentar o infinito; adquirir o impossível. Seria uma palavra no... ... >>

Produtividade
Nem literatura, nem psicanálise servem para dormir. São mesmo duas letras do acordar, mesmo que as duas, paradoxalmente, cuidem dos sonhos, digo, dos devaneios - conscientes e inconscientes -, dos desejos recônditos de um além do além. Ouça a íntegra... ... >>

Umbigo dos sonhos
Hoje, nesta manhã, absurdada, dei um salto mortal fazendo rimar poesia e burocracia. Talvez esta seja mesmo uma resposta à altura ou à baixeza do mal estar em nossa civilização. ... >>

Burocracia
Eu me pergunto, em estado de umbigo, como é que, hoje, Freud explicaria o excesso de burocratização com que nos deparamos em todas as esferas, que impede que a universidade consiga avançar no saber? Ouça a íntegra da coluna da... ... >>

O silêncio das sereias
"As sereias têm uma arma ainda mais terrível que o canto: o seu silêncio. Pode-se imaginar que talvez algum dia algum navegante tenha conseguido escapar do canto das sereias, mas do seu silêncio, certamente não". Ouça a íntegra da coluna... ... >>

Canto das Sereias
"Ele se faz amarrar firmemente ao mastro da embarcação dando ordens à tripulação para que daí não o retire. E que eles, por sua vez, tragam os ouvidos tapados de tal forma que apenas ele, Ulisses, possa escutar o canto... ... >>

Palavras de amor
"Se uma palavra brinca comigo e me faz cócegas, se uma palavra me assusta e me assunta, se uma palavra me devora ou me encanta ela há de ser uma palavra de amor, pelo simples fato de que ela me... ... >>

Literatura e Psicanálise
"A palavra vem do outro e me atravessa. Ela é anterior ao meu nascimento. É meu berço primeiro fora do corpo materno. É meu corpo sutil. Um outro corpo que já esperava por mim". Ouça a íntegra da coluna da... ... >>

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