Ações Afirmativas são políticas (públicas ou privadas) criadas com o objetivo de promover a reparação e a superação das desigualdades sociais que estruturam a nossa sociedade. Essas desigualdades historicamente interditaram o acesso de alguns grupos à universidade, grupos que vivenciam constantemente discriminação por seu pertencimento de raça, classe, regionalidade, por conviver com alguma deficiência, por sua orientação sexual e identidade de gênero.
No Brasil, as lutas por políticas de ação afirmativa foram trazidas para debate público pelo Movimento Negro Brasileiro, que denunciou a ausência de pessoas negras no ensino público superior e suscitou a discussão sobre a necessidade de implementação de políticas de reservas de vagas para ingresso nas universidades e demais instituições federais de ensino. Portanto, as conhecidas cotas destinadas para pessoas negras, indígenas e com deficiência, são exemplos de políticas públicas de ação afirmativa, mas não são as únicas. Ações Afirmativas são um rol bem mais amplo de ações que visam o acesso à universidade, a permanência salutar nesta e o fortalecimento de identidades historicamente inferiorizadas.
A UFMG tem avançado na democratização do acesso ao ensino superior. Uma comunidade acadêmica que seja diversa e respeite a diversidade implica em produção científica, iniciativas de extensão e ensino, igualmente diversas e respeitosas, nesse sentido, defender as ações afirmativas é um compromisso de todas e todos, em consonância com os princípios éticos que regem nossa Universidade.