2014

13ª Jornada de Extensão da UFMG

Centenas de estudantes de graduação da UFMG, bolsistas de ações de extensão se reuniram durante a XIII Jornada de Extensão da UFMG

“A extensão tem um papel fundamental dentro da Universidade por ser o elo com a sociedade. Então, é importante que essa relação seja uma via de mão dupla, pois o conhecimento produzido lá fora é fundamental para o sabe acadêmico“. Com essa fala, a vice-reitora da UFMG, professora Sandra Goulart de Almeida, abriu a XIII Jornada de Extensão da UFMG. No evento – que ocorreu em 7 de maio de 2014 – estudantes, professores e representantes da comunidade externa, reuniram-se, no auditório do Centro de Atividades Didáticas I, para compartilhar experiências vivenciadas nas mais diversas ações de extensão da UFMG.

Da esquerda para a direita: a pró-reitora de Extensão Benigna de Oliveira, vice-reitora da UFMG, Sandra Goulart e a pró-reitora adjunta de Extensão Claudia Mayorga

A abertura oficial contou, além da vice-reitora, com as presenças da pró-reitora de Extensão em 2014 Benigna Maria de Oliveira e a pró-reitora Adjunta de Extensão da época Cláudia Mayorga. Naquele ano, o evento teve como tema “Direitos Humanos: diálogos e desafios da extensão”. Ao iniciar sua explanação, a vice-reitora da UFMG destacou a importância de se implementar uma política institucional sobre Direitos Humanos. “Não é um trabalho simples, por isso precisamos abrir esse diálogo com a comunidade, para não criarmos a ilusão de que podemos falar pelos outros”. Em sua fala, a pró-reitora de Extensão, ressaltou que a proposta da temática da Jornada continua reforçando o caráter acadêmico da extensão universitária. “Espero que o debate seja de respeito e valorização à diversidade”, completou.

Relatos e Debate

A pró-reitora adjunta de Extensão, Cláudia Mayorga conduziu o segundo momento da Jornada de Extensão, norteado pelos relatos de experiências. Mayorga é professora do Departamento de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas (Fafich) e integra o Núcleo Conexões de Saberes, que desenvolve ações que têm o objetivo, entre outros, de debater e promover o acesso e a permanência qualificada de estudantes negros e de trajetória popular na UFMG. Ela destacou que “Direitos Humanos não é um tema nada simples, existem posições e divergências, mas que permitem o diálogo. Melhor apostar em boas perguntas do que em respostas rápidas, esse é o convite que fazemos a vocês nessa tarde”, pondera.

Flávia Nolasco (D), ao lado da senhora Rita de Cássia, e das universitárias Priscilla Duarte e Maíra Leão

Nesta parte do evento, foram convidadas à mesa para relatarem suas experiências a ativista Flávia Nolasco e a senhora Rita de Cássia, representantes da comunidade externa à Universidade. Além delas, as alunas Priscilla Duarte, bolsista do projeto “Núcleo de População em Situações de Rua” e Maíra Leão, que na época era voluntária do projeto ‘A Cidadania da Infância em Hipermídia: Educação para os Direitos da Criança’, da Escola de Ciência da Informação.

Para Nolasco, representante do projeto Fórum das Juventudes, a produção de conhecimento dentro das universidades tem um papel central e permite um importante diálogo, para quebrar a sensação de isolamento dos setores sociais, essas ‘bolhas’ que atrapalham na visualização e solução dos problemas.

A situação que envolve o sistema carcerário descrito por Rita de Cássia, do projeto Filas em Prisões, revela como não apenas os detentos sofrem com descaso da sociedade, mas como suas famílias também são afetadas. O estigma que se segue e a falta de apoio, mesmo após o fim da pena do detento, afeta a vida dessa população que possui dificuldades para conseguir inclusive uma recolocação profissional. “Vim fazer uma coisa, relatar minha experiência, e fiz outra, um desabafo emocional. Nem sempre tenho com quem falar sobre essas coisas. E tenho certeza de que estou indo para casa tranquila e agradeço a vocês”, concluiu.

Integrantes da mesa fomentam debate com o público

Na sequência, juntaram-se à mesa para o debate a professora  da Fafich, Regina Helena, do projeto Cartografias Urbanas – Redes, Espaços e Fluxos Comunicativos, e a aluna Rafaela Vasconcelos do projeto Direitos e Violência na Experiência de Travestis e Transexuais da Cidade de Belo Horizonte. Na ocasião, o público presente pôde expor questões relativas às apresentações, além de pontos pertinentes ao cotidiano do aluno de graduação e  bolsista de extensão da UFMG. Na oportunidade vários estudantes lançaram questões aos participantes da mesa fomentando mais o diálogo.

Ao final alguns alunos foram contemplados com livros doados pela Editora UFMG como brindes-surpresas. 

Bolsistas na Jornada

Alunos de diversas áreas do conhecimento compareceram ao evento, e apesar da diversidade de cursos e ações de extensão das quais participam, suas opiniões convergem em um ponto: a extensão contribui em sua formação acadêmica e social.

Participando pela primeira vez da Jornada em 2014, o aluno Gustavo da Silva, estudante do 3º período na Escola de Música da UFMG  participava do Grupo de Percussão e destacou a importância do evento ao “reunir diversos estudantes de diversas áreas e períodos e também por possibilitar que possamos compartilhar nossas experiências nos projetos de extensão”.

Bolsistas Franciely, Jéssica, Fabrícia e Andréia, 9º período de Fonoaudiologia

A aluna Franciely Maria de Oliveira estava no 9º período de Fonoaudiologia e fazia parte do projeto Reabilitação Vestibular em Idosos. “Eu gosto muito de ser bolsista, pois a experiência é muito útil já que é sobre o mesmo tema do meu Trabalho de Conclusão ode Curso”.

Os alunos do curso de Música Popular da UFMG Bruno Mancini e Thales Torres (foto), representaram a ação de extensão Grandes Grupos Instrumentais (GGI) pois são integrantes da Geraes Big Band e brindaram o público com 3 músicas do cancioneiro popular brasileiro.

Veja também o Circuito UFMG, telejornal produzido pela TV UFMG que entrevistou a pró-reitora adjunta da época, professora Claudia Mayorga. Confira no vídeo (trecho de 5’55” ao 8’50”)

Texto: Pedro Dias  /  Fotos: William Campos Viegas