Participantes da 21ª Jornada de Extensão mostraram a importância da relação entre as dimensões acadêmicas
O ano de 2022 marcou a volta presencial da Jornada ao campus Pampulha depois de duas edições on-line em função da pandemia de covid-19.
Estávamos todes de máscaras, mas o entusiasmo saltava aos olhos dos participantes. A 21ª edição aconteceu oficialmente no dia 25 de maio, no Auditório Nobre do CAD1.
O evento aconteceu no formato semipresencial e teve como tema #tudojuntoemisturado: como integrar extensão ao ensino e à pesquisa.
Concurso de vídeos entre os estudantes e seminário foram as principais atrações. O seminário, no dia 25, foi conduzido pelos MC’s Delaney Junior e Dê Jota, estudantes do Teatro Universitário (TU) da UFMG.
Os escolhidos pelo público
Um dos pontos altos do seminário foi a exposição dos três estudantes que ganharam o concurso: Arthur Felipe Barroso, do curso de Fisioterapia; Igor Santana, do curso de Ciências Biológicas; e Samuel Soares, do curso de Agronomia. Eles conquistaram a preferência do público em votação on-line, que contou com a participação de 165 vídeos.
Arthur Felipe representou o projeto Sports Stars Brasil, vinculado à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO). O estudante disse que a iniciativa ajuda crianças e adolescentes com paralisia cerebral e Transtorno do Espectro Autista (TEA): “As práticas esportivas oferecidas pelo projeto permitem melhorias na reabilitação dessas crianças e adolescentes e nas suas habilidades motoras e de interação social”.
O estudante Igor Santana, também ganhador do concurso, inovou na área de divulgação científica ao criar, juntamente com a professora Lucília Souza Miranda, um canal no YouTube. O canal, intitulado No Fundo do Mar, publica vídeos sobre zoologia marinha. “Disponibilizamos informações acessíveis e confiáveis para as pessoas que interagem conosco e sugerem conteúdo. O canal já foi utilizado em sala por professores do ensino básico e do ensino superior. As atividades desenvolvidas têm um impacto enorme na minha formação”, destacou Igor.
De Montes Claros, o estudantes Samuel Soares veio a Belo Horizonte para apresentar, no seminário, o projeto Viveiro de mudas frutíferas, ornamentais e silviculturais do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG. “Além de aprender e ensinar técnicas de produção de mudas, eu e os demais alunos envolvidos aprendemos a nos relacionar e a comunicar melhor com as comunidades. Nessa interação, há uma relação intrínseca entre ensino, pesquisa e extensão”, afirmou Samuel.
Debate
Os três estudantes vencedores do concurso também participaram de debate mediado pela professora Márcia Martins, do ICA. Ela elogiou os discentes e ressaltou que os “projetos conseguiram integrar muito bem ensino, pesquisa e extensão. Quero também aproveitar para destacar a qualidade dos demais trabalhos. Todos são vitoriosos. Vocês podem assistir a eles no site do evento”, disse a professora.
O seminário teve também a apresentação artística do projeto Literatura afro-brasileira em foco, da Faculdade de Letras (Fale), que foi representado pela estudante Débora Araújo. Ela declamou o conto Iemanjá e o poder da criação do mundo. Já o projeto Teatro no ar, do TU/UFMG, exibiu a peça O louco lúcido, interpretada por Dê Jota.
Valorização da extensão
No dia do seminário, nós conversamos com Vinícius Alcântara, estudante do 7º período do curso de Matemática da UFMG, que é extensionista voluntário do Projeto Visitas, do Instituto de Ciências Exatas (ICEx). “É a primeira vez que participo da Jornada. Fiquei sabendo do evento no meu projeto. Depois de um longo período de encontros e atividades on-line, é muito bom voltar à Universidade e participar de um evento que divulga e valoriza a extensão da UFMG”, disse o estudante.
Compromisso com a indissociabilidade
O vice-reitor da UFMG, Alessandro Fernandes Moreira, abriu a 21ª Jornada de Extensão reiterando a importância da extensão para a relação com outros setores da sociedade. Ele destacou o compromisso histórico da instituição com a inserção e a integralização das atividades extensionistas nos cursos de graduação.
“A flexibilização dos currículos para acolher a extensão é uma conquista da Universidade”, afirmou o vice-reitor, mencionando a exigência de integralização mínima de 10% da carga horária dos currículos da graduação com as atividades de extensão. “Esse percentual”, segundo o vice-reitor, “não pode ser encarado como um ‘peso’, pois precisamos mostrar, transformar e fortalecer tudo de bom que existe em nossa Universidade”.
Ao lembrar o retorno presencial da Jornada, a pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, salientou os desafios impostos pela pandemia à Universidade, que foi demandada, na crise provocada pelo novo coronavírus, a dar respostas rápidas à sociedade. “Essas respostas vieram, em grande medida, da extensão universitária, que permaneceu atuante nas comunidades, nos territórios e contribuiu para a função da UFMG como instituição pública, sendo os estudantes protagonistas e multiplicadores nesse cenário”.
A 21ª Jornada de Extensão foi transmitida, de forma simultânea, pelo canal da Proex, no YouTube. Assista.
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Assessoria de Comunicação Proex/UFMG