A Universidade Federal de Minas Gerais lançará o seu projeto institucional de internacionalização por meio de um seminário em Belo Horizonte entre 19 e 23 de novembro de 2018. Este evento será um fórum aberto para discutir propostas inseridas no desenho inovador mostrado na matriz abaixo, com quatro temas verticais constituídos de desafios contemporâneos e suas interseções com eixos temáticos horizontais, selecionados a partir da excelência e competência dos grupos de pesquisa da UFMG. Este desenho inovador pretende dar suporte a iniciativas de pesquisa em andamento, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, assim como identificar e incentivar novas tendências promissoras para o futuro da instituição.
Para este seminário, a UFMG convidou universidades parceiras internacionais para debater os temas que constituem o escopo do projeto de internacionalização da UFMG. Este projeto tem o objetivo de desenvolver cooperações internacionais e criar núcleos de excelência entre as universidades parceiras e a UFMG, visando gerar impacto na produção do conhecimento e na capacitação de recursos humanos na Pós-Graduação. Toda a comunidade da UFMG está convidada a conhecer, debater e participar do seminário para discutir os projetos de pesquisa apresentados na matriz do PrInt/UFMG (Projeto de Internacionalização / UFMG).
O PrInt/UFMG propõe ações que visam os seguintes objetivos:
O seminário será organizado em sessões de discussão relacionadas aos quatro desafios contemporâneos (temas) e os eixos temáticos mostrados na matriz do Print/UFMG, conforme descritos abaixo.
SUSTENTABILIDADE, MANEJO DE RISCO E GOVERNANÇA
A sustentabilidade tornou-se palavra-chave para representantes governamentais e líderes sociais no curso de décadas recentes, dada a sua centralidade para as agendas políticas e discursos institucionais. Se, por um lado, a semântica da sustentabilidade relaciona-se com frequência às estratégias para evitar rupturas e acomodar forças, por outro lado, a sustentabilidade pode estar conectada com as alternativas contemporâneas para lidar com a disrupção e por fim aos efeitos colaterais que são infligidos aos viventes, derivadas, em larga medida, dos estágios prévios de acelerada urbanização e industrialização. A ênfase crescente em práticas sustentáveis vem acompanhada por um chamado de atenção para que venhamos a avaliar e gerar de melhor maneira os riscos, sob pena de que o planeta e os sete bilhões de seres humanos que nele habitam possam sofrer as consequências dramáticas da negligência. A necessidade de mecanismos efetivos de governança pode ser percebida como o outro lado da moeda, já que a procura humana por maior controle sobre o risco quase invariavelmente se manifesta na construção de instituições. A governança de certas áreas temáticas – segurança coletiva, serviços públicos, saúde, educação, cultura, direitos humanos, alimentos, migrações, suprimento energético, meio ambiente, água, finanças, relações laborais, entre outras, aparentam ser instrumentais para as tentativas de gerar uma ordem sustentável, tanto dentro dos países quanto em escala internacional. Desafios a serem enfrentados neste tema relacionam-se principalmente, mas não exclusivamente a
NOVAS TECNOLOGIAS E FRONTEIRAS DA CIÊNCIA
Novas tecnologias são caracterizadas por tendências radicalmente inovadoras e de crescimento rápido com o potencial de exercer impactos socioeconômicos consideráveis. Interdisciplinares por natureza e constituindo-se uma ponte natural entre a pesquisa acadêmica e a sociedade, novas tecnologias são capazes de mudar de maneira significativa o status quo em níveis local, regional e global. A pesquisa em ciência básica na fronteira do conhecimento tem papel desbravador no desenvolvimento de novas tecnologias, propiciando um campo fértil para o surgimento de metodologias, materiais e soluções criativas. Tendências de globalização, como um sistema econômico transnacional mais integrado, o crescimento das redes de comunicação e o surgimento de mercados consumidores internacionais, entre outros, tornaram-se um desafio para líderes industriais assim como para gestores de políticas públicas e a academia. Necessidades sociais passadas e presentes ainda sem solução também demandam urgentemente por soluções criativas que possam mudar radicalmente práticas existentes e ajudem a promover novas maneiras de viver e formas inovadoras de práticas industriais e tecnológicas com o objetivo de gerar mudanças significativas e oferecer alternativas viáveis para soluções de desafios contemporâneos em curto, médio e longo prazos. Desafios a serem enfrentados neste tema relacionam-se principalmente, mas não exclusivamente a
SAÚDE E BEM-ESTAR
Como um direito humano fundamental, a saúde é uma ponte para o bem-estar. Alinhado com o Objetivo Sustentável das Nações Unidas para garantir vidas saudáveis e promover o bem-estar para pessoas de todas as idades, esse desafio está preocupado com a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos a indivíduos e populações, com ações voltadas para fortalecer os sistemas e políticas de saúde. Na UFMG, a educação, pesquisa e serviços apoiam ações para promover o acesso equitativo à prevenção, tratamento e autocuidado, fortalecendo a autonomia dos cidadãos. O Brasil é um país com profundas desigualdades regionais e sociais. Uma população cada vez mais envelhecida vive através de uma transição demográfica e epidemiológica intensificada, combinando uma carga tripla de doenças: diversas condições crônicas, doenças infecciosas emergentes e negligenciadas, acidentes e violência. O desafio de melhorar a saúde e o bem-estar no Brasil exige soluções substanciais, escaláveis e inovadoras. Cerca de 12 milhões de hospitalizações são realizadas anualmente no Sistema Único de Saúde (SUS), refletindo centenas de milhares de procedimentos de alto custo e complexidade. Com grandes populações em risco, as inovações devem incluir políticas efetivas e estabelecer programas e projetos com relacionamento de registros, pareamento, ou para integrar dados dos sistemas de informação em saúde, permitindo o seguimento longitudinal em tempo real e a avaliação do desempenho e qualidade do Sistema de Saúde. Desafios a serem enfrentados neste tema relacionam-se principalmente, mas não exclusivamente a
DIREITOS HUMANOS
A aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, sem qualquer oposição entre os presentes e votantes, pavimentou o reconhecimento internacional de que todos os seres humanos fazem jus à dignidade e a direitos iguais e inalienáveis. Direitos humanos, frequentemente expressos e garantidos por meio de leis nacionais e internacionais, vêm sendo desafiados desde sempre. Ao longo da história, tais desafios incluíram, mas não se limitaram, aspectos definicionais; lutas para torná-los efetivos; tensões quando da sua implementação; conflitos com outros valores na esfera pública; e o impacto sofrido com o desenvolvimento de novas tecnologias. O aumento da intolerância e do autoritarismo, os deslocamentos humanos, a desigualdade, a discriminação, a diluição da privacidade etc. são exemplos de ameaças aos direitos humanos. Direitos humanos têm distintas dimensões (legais, políticas e morais) e devem ser concebidos por ângulos interdisciplinares e transdisciplinares para sua melhor apreensão. Desafios a serem enfrentados neste tema relacionam-se principalmente, mas não exclusivamente a
O seminário será organizado em sessões paralelas de 1h30, nas quais serão apresentadas as pesquisas desenvolvidas na UFMG em cada projeto e discutidas as perspectivas futuras de interação entre diferentes grupos da própria UFMG e entre a UFMG e instituições estrangeiras. As sessões de discussão ocorrerão em inglês, seguindo a programação abaixo.