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“Em cima desse vestido você tinha um avental de cretone engomado, que tinha uma aba, aqui ele tinha um peitinho, como mais ou menos aqueles escapulário de freiras, e essas alças cruzavam atrás com dois botões aqui, e esse avental amarrado. Quer dizer, era um avental que tinha a saia e um corpete, por cima desse vestido de fustão. Uma rede no cabelo que devia cobrir todo o cabelo e uma touquinha. Era perfeito.”

Ana Lúcia Magela Resende,

Entrou em 1961 e se formou em 1964,
Natural de Belo Horizonte / MG.

Galeria - Uniformes

Entrevistas

“[…] nada que você usasse, calçasse ou fizesse que pudesse induzir a sedução era permitido. Você tinha que ser um canhão mesmo. Então aquilo não podia excitar ninguém. Parece que nós devíamos estar deixando todo mundo muito excitado. Então nada, alça, vestido decotado, roupa transparente, isso tudo era igual a missa, igual cidade, igreja do interior, short ninguém usava isso, bermuda, nada destas coisas. Tanto que eu já professora, eu não vou me lembrar, deve ser a transição. É eu já era professora. Nós chegamos até a conclusão que nós devíamos ter um uniforme para vir para casa com ele, porque era tão complicado as roupas. E era tanta censura que aí Norma propôs que a gente fizesse um tailler azul marinho, não é. Então, e para instituir esse uniforme, que durou algum tempo para os professores, foi preciso levar o modelo, discutir com a irmã Emília as condições, porque, as razões, para ela permitir que a gente usasse esse uniforme de leiga. Quer dizer, na transição da casa a, até chegar à escola, era muito fiscalizado.”

ANA LÚCIA MAGELA RESENDE, ENTROU EM 1961 E SE FORMOU EM 1964, NATURAL DE BELO HORIZONTE – MG.

“Quando eu vim fazer, estava aqui me preparando foi que um amigo disse assim: “Olha o uniforme era uma coisa estranhíssima: sapato abotinado e branco de amarrar, meia branca grossa. […] Aí você tinha um vestido de fustão de manga até aqui, um vestido tipo princesa, não é, golinha, essa golinha esporte, e de mangas até no cotovelo, esse era o vestido de fustão, que ficava até aqui [indicando com a mão] era vinte centímetros do sapato [riso]. Em cima desse vestido você tinha um avental de cretone engomado, que tinha uma aba, aqui ele tinha um peitinho, como mais ou menos aqueles escapulário de freiras, e essas alças cruzavam atrás com dois botões aqui, e esse avental amarrado. Quer dizer, era um avental que tinha a saia e um corpete, por cima desse vestido de fustão. Uma rede no cabelo que devia cobrir todo o cabelo e uma touquinha. Era perfeito.”

→ ANA LÚCIA MAGELA RESENDE, ENTROU EM 1961 E SE FORMOU EM 1964, NATURAL DE BELO HORIZONTE – MG.

“Tinha, agora, as procissões da Igreja da Boa Viagem nós éramos obrigadas a ir e de uniforme e de capa. Tinha que pôr uma capa azul marinho em cima do uniforme. Esse uniforme era: um vestido branco, abotoado na frente, de manga, né, comprida, manga comprida, uniforme de gala. Tinha uma capa de tecido azul marinho, você punha sobre esse vestido; a touquinha branca na cabeça e tinha uma meia branca, cobrindo toda a perna, né, e um sapato branco. Os outros uniformes eram um vestido branco, mesmo, um avental pregueado é, assim, bem, rodado, pregueado, então ele trespassava aqui atrás, ó [mostrando com a mão], com quatro botões, e com, parecia uma veste, você punha sobre o vestido. Meias compridas e, e, sapato branco e a touquinha na cabeça, e no cabelo, a rede. Mas, isso até que era bom, porque o cabelo não, não voava, em cima dos pacientes, né, era higiênico.”

EFIGÊNIA MARIA DAS DORES, ENTROU EM 1955 E SE FORMOU EM 1958, NATURAL DE OLIVEIRA – MG. FALA SOBRE OS UNIFORMES.

“Eu morava na avenida e quem sempre passava por lá era a Edelvira. É. E elas usavam aquele uniforme [de beca], e eu pensava, essa freira aqui é diferente! Eu ficava esperando a hora que ela passasse.”

MARIA BARBOSA FERNANDES, ENTROU EM 1934 E SE FORMOU EM 1937, NATURAL DE SANTA BÁRBARA – MG. FALA QUE FICOU CURIOSA PARA DESCOBRIR SOBRE A ESCOLA DE ENFERMAGEM POR VER UMA ALUNA PASSANDO COM O UNIFORME EM SUA RUA.

“Era um vestido azul, tinha uma capa azul marinho, pequena, tinha um véu, é, tinha um véu azul da cor do vestido e outro azul marinho da cor da saia. Por cima uma do outro. Agora, depois de formada era uniforme branco, a capa já era comprida, do comprimento do vestido e um véu branco e azul marinho. No hospital a gente só tirava a capa e o véu azul marinho.”

MARIA BARBOSA FERNANDES, ENTROU EM 1934 E SE FORMOU EM 1937, NATURAL DE SANTA BÁRBARA – MG.

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