Busca no site da UFMG

Nº 1609 - Ano 34
12.05.2008

Minas, terra de escritores, agora tem sua Bienal

livros

Editora UFMG marca presença no evento, que deve se transformar no maior encontro literário do Estado

Glauciene Lara

 

Após incansáveis visitas às bienais de livros do Rio de Janeiro e de São Paulo, os mineiros já podem curtir a sua própria festa literária. Depois de oito edições do Salão do Livro, o evento cresceu e se transformou na primeira Bienal do Livro de Minas, que acontece entre os dias 15 e 25 de maio, no Expominas. Entre os 130 expositores de editoras, livrarias e distribuidoras de todo o país, está a Editora UFMG, ocupando estande de 32 metros quadrados, entre os 3.600 metros quadrados do evento. Também não faltarão professores da Escola de Belas-Artes e das faculdades de Letras e Ciências Econômicas entre os cerca de 50 autores convidados.

A Editora UFMG vai levar cerca de 380 títulos para a exposição, dos quais 14 estão sendo colocados à venda pela primeira vez, como a segunda edição de Planetas e Estrelas, de Arjuna Panzera, e Homem ao termo – poesia reunida (1949-2005), de Affonso Ávila, que será lançado no primeiro dia da Bienal. Outro evento promovido pela Editora é a oficina Para fazer música, gratuita e destinada a crianças, organizada pela professora da Escola de Música, Cecília Cavalieri França.
“A Instituição tem participado dos grandes eventos do segmento editorial e livreiro por todo o país. Nada mais adequado do que garantir sua presença naquele que pretende se firmar como o maior evento do setor em Minas Gerais”, diz a vice-diretora da Editora, Silvana Coser.

Homenagens

A Bienal espera receber 200 mil pessoas, apesar do ingresso cobrado. Além desse público, estão confirmados 25 mil alunos de escolas públicas e privadas, que terão entrada gratuita. “O evento já é um sucesso pelo número de expositores que possui e pelas parcerias firmadas”, comenta José de Alencar Mayrink, presidente da Câmara Mineira do Livro. A intenção dos organizadores é realizar a Bienal sempre nos anos pares. Nos anos ímpares, o Salão do Livro continuará a ser organizado, porém direcionado ao público infantil.

Como já é tradição nas bienais, a de Minas também escolheu um país homenageado: o Japão, em comemoração ao centenário da imigração japonesa no Brasil. Apesar da relação direta que se faz entre a imigração japonesa e o estado de São Paulo, Mayrink destaca que a homenagem no evento mineiro é válida “pela contribuição da cultura japonesa em nosso dia-a-dia”. A Bienal mineira também vai homenagear o centenário de morte do escritor Machado de Assis e os 100 anos de nascimento de Guimarães Rosa.

Para atender aos objetivos propostos de incentivar a leitura e formar novos leitores, a Bienal conta com uma programação semelhante à do Rio. Principal atração do evento, o Café Literário reunirá autores que discutirão temas voltados ao público adulto. São cerca de 30 convidados, entre os quais Affonso Romano de Sant’Anna, Pasquale Cipro Neto e Zuenir Ventura.

Da UFMG participarão do Café Literário os professores Eneida Maria de Souza e Maria Esther Maciel, da Fale; Fábio Lucas, aposentado da Faculdade de Ciências Econômicas (Face); Fernando Mencarelli, da Escola de Belas-Artes (EBA) e Wander Melo de Miranda, da Fale, e também diretor da Editora UFMG. Este será um dos debatedores da mesa Machado de Assis é o Brasil Urbano e Guimarães Rosa o Brasil Rural?, que homenageia o centenário de morte de Machado e o de nascimento de Rosa, com a mediação de outra professora da Fale, Marli Fantini.
O público adolescente será contemplado com a Arena Jovem enquanto as crianças poderão acompanhar apresentações teatrais e leitura de contos.