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Nº 1878 - Ano 40
29.09.2014
Encarte
Assinada pelo reitor Eduardo Osório Cisalpino, a ordem de serviço 270/74, de 18 de setembro de 1974, determinava a criação de uma publicação com a missão de divulgar atos da Reitoria e “notícias das unidades e outras informações de interesse da comunidade universitária”. Nove dias depois, em 27 de setembro, saía a primeira edição do Boletim Informativo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As 1.877 edições que circularam desde então fazem do BOLETIM um dos mais regulares e longevos veículos jornalísticos universitários. Confira a seguir uma linha do tempo que sintetiza alguns momentos de sua trajetória.
27/9/1974
Primeira edição do BOLETIM.
5/4/1983
O principal destaque desse número foi a publicação de nota oficial do Conselho Universitário sobre a crise financeira que afligia a UFMG: “É absolutamente necessária e urgente a mobilização de todos os setores da sociedade contra o processo de destruição a que vem sendo submetida a universidade pública brasileira”, advertia o texto.
27/03/1987
A edição 701, que circulou por ocasião das comemorações dos 60 anos da UFMG, marcou a primeira modificação visual do BOLETIM. Circulou com novo formato, em tamanho maior e com composição tipográfica, fotos e ilustrações. Naquele mesmo ano, o veículo passou a publicar charges de Luiz Oswaldo Rodrigues, o LOR, cartunista e professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e a abrir espaço para artigos de opinião na seção Palavra da Comunidade.
7/10/1988
Na edição 774, a publicação trouxe, sob a ótica de professores da UFMG, balanço da Constituição brasileira que acabara de ser promulgada. Entre outros, foram publicados textos do historiador Francisco Iglésias, das educadoras Glaura Vasques de Miranda e Vera Lúcia Alves de Brito, do cientista político Fábio Wanderley Reis, do ambientalista Angelo Machado e do deputado constituinte Octávio Elísio Alves de Brito.
2/09/1998
A partir da edição 1.200, o BOLETIM ganha versão na internet.
17/03/1999
Veículo passa a circular com a cor azul e com o nome BOLETIM – que havia sido retirado em 1992 – no alto da primeira página.
Meados de 2011
Publicação ganha perfis no Twitter e no Facebook.
12/12/2011
Edição 1761 circula com a nova marca estampada ao lado do cabeçalho e com o uso do vermelho, sua cor principal, em substituição ao azul. Desde então, pequenas modificações gráficas foram sendo incorporadas ao layout da publicação.
10/06/2013
A partir da edição 1824, começa a circular com todas as páginas em policromia, graças à aquisição, pela Imprensa Universitária, de uma máquina Komori, de fabricação japonesa.
Manoel Marcos Guimarães*
Há exatos 40 anos começava a circular este Boletim Informativo, redigido e datilografado por um único profissional e impresso em formato meio ofício, com notas telegráficas, mas já ostentando algumas características que perduraram nessas quatro décadas, como o respeito absoluto ao conteúdo informativo e a periodicidade semanal quase infalível.
A universidade – e não só a UFMG – mudou muito ao longo dessas décadas e muito mais mudou a comunicação, hoje inteiramente devotada à tirania das mídias eletrônicas, aí incluídas as ditas redes sociais. E o Boletim persiste (recuso-me a escrever “resiste”), fazendo circular a informação dentro da Universidade e alimentando a pauta da mídia externa, agora se utilizando também, é claro, das novas ferramentas de circulação.
O que garante tal persistência? A seriedade no trato da informação, o respeito à diversidade e à divergência e a fidelidade ao espírito universitário, que só admite “verdades absolutas” como tese para reflexão e debate.
Fico feliz por ter estado presente na gênese do Boletim e mais feliz ainda por vê-lo firme e forte nos seus quarent’anos. Isso prova que comunicação é um processo e que as pessoas que a fazem devem sempre compreender isso.
**Jornalista, criador e primeiro redator do Boletim Informativo da UFMG. Foi servidor da Universidade de 1972 a 1996.