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Mobilidade urbana será discutida em encontro temático nesta terça-feira

terça-feira, 22 de julho de 2014, às 5h59

Pesquisadores e ativistas dos coletivos Basurama, BH em Ciclo e Tarifa Zero BH, além da jornalista Natália Garcia, criadora do projeto Cidades para Pessoas, participam do encontro temático Mobilidade Urbana, a partir das 10h desta terça-feira, na tenda geodésica construída no Bosque da Escola de Música da UFMG.

Os representantes do Basurama, coletivo atuante em 20 países, vão falar sobre seus projetos de arte e design para transformação social, centrados nos processos relacionados à produção de resíduos na sociedade de consumo.

Os ativistas do BH em Ciclo apresentarão possíveis soluções para o uso da bicicleta em Belo Horizonte e analisarão a experiência da utilização compartilhada de bicicletas durante o Festival.

Por sua vez, líderes do movimento Tarifa Zero BH abordarão o projeto de lei de iniciativa popular que propõe o subsídio integral do transporte público em Belo Horizonte.

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Questão indígena
A Grande Assembleia Aty Guasu, iniciada nesta segunda-feira, prossegue a partir das 14h de hoje, no auditório da Reitoria.

Entre os objetivos da discussão estão os processos de retomada e demarcação de terras no país. Como explica o líder indígena Alberto Terena (à direita, na foto de Fabíola de Paula), que vive na aldeia Buriti, a 95 quilômetros de Campo Grande (MS), o impasse teve início após a Guerra do Paraguai, por volta de 1870: “No processo de delimitação da faixa de fronteira, o governo considerou a área onde vivia meu povo como ‘terra de ninguém’. Então vendeu aqueles territórios junto com os ocupantes. Nossa luta tem como objetivo corrigir esse grande erro do passado”.

O antropólogo guarani-kaiowá Tonico Benitez (à esquerda) acrescenta que a injustiça histórica foi além da posse das terras: “Os indígenas eram considerados povos primitivos e incapazes, juridicamente desconhecidos. Profetizavam que nossos costumes e tradições iriam acabar. Por trás disso, havia uma discussão acadêmica, que hoje queremos desconstruir”.

A Assembleia também discute o modo como a universidade pode se tornar aliada nas lutas que envolvem os direitos indígenas. “As universidades precisam oferecer uma formação que mostre o Brasil como ele é, e não como as elites querem mostrar. Os milhares de universitários de hoje comporão os setores que futuramente poderão resolver essa pendência", afirma Alberto Terena.

Bosque da Música
Às 18h, o Bosque da Música vai abrigar roda de conversa com representantes de ocupações urbanas e mais uma sessão de exibição de filmes do Cine Maloca. Em seguida, o coletivo Batucanto se apresenta no local. Com repertório que se distingue pela poesia peculiar e pela irreverência harmônica, o Batucanto é formado pelos cantores Chicó do Céu, Téo Nicácio e Raphael Sales. Influenciados por diversos gêneros musicais, eles se revezam nos vocais e instrumentos de cordas.

No fechamento da noite, o violeiro Paulo Freire, iniciado musicalmente com mestres do sertão de Urucuia, no Norte de Minas Gerais, apresenta o show Viola brasileira, entremeado por narrativas de causos sobre costumes e lendas do sertão.

O Festival de Inverno da UFMG segue até o dia 26. Confira a programação.

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Fonte: Agência de Notícias UFMG