No Brasil, as lutas por políticas de ação afirmativa foram trazidas para debate público pelo Movimento Negro Brasileiro, que denunciou a ausência de negros(as) nos cursos superiores brasileiros.
A temática ganhou visibilidade após a realização da Terceira Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, promovida pela ONU, em 2001, na cidade de Durban, na África do Sul.
A partir de então, o Estado brasileiro comprometeu-se, oficialmente, em combater o racismo e estabelecer políticas concretas para a sua superação. Além das cotas, fizeram parte do conjunto de políticas de ação afirmativas do governo: a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR); a promulgação da Lei 10.639/03 que instaura a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio; a Lei 11.096/2005, que institui o Programa Universidade para Todos (PROUNI); e a Lei 12.288/10, que institui o Estatuto da Igualdade Racial.