Bolo, parabéns e público recorde: comunidade celebra 95 anos da UFMG no ‘Domingo no campus’

Cerca de três mil pessoas compareceram à edição comemorativa

 

Em primeiro plano, da esquerda para a direita: a reitora, o vice-reitor da UFMG e o maestro Lincoln Andrade, com o coral Ars Nova | Foto: Foca Lisboa/UFMG

Uma grande festa, com direito a bolo, música e diversão para todas as idades. Foi assim a 18ª edição do Domingo no campus no dia 4 de setembro, comemorativa dos 95 anos da UFMG. Três mil pessoas compareceram ao campus Pampulha, o maior público de todas as edições, segundo a Pró-reitoria de Administração.

Os parabéns à Universidade foram entoados pelo Ars Nova – Coral da UFMG em uma apresentação despojada, no gramado da Reitoria, com a participação da plateia, parte sentada nas cadeiras de sol do projeto Viver UFMG. A interação foi o mote do espetáculo, com músicas populares, como Por enquanto, de Renato Russo, e uma homenagem a Milton Nascimento. “A intenção do repertório de hoje é fazer as pessoas participarem, cantando com a gente”, disse o maestro Lincoln Andrade, pouco antes de subir ao palco.

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida saudou os convidados. “Hoje é dia de festa, de agradecer a sociedade por esse patrimônio que é da sociedade brasileira, da sociedade mineira, com muito orgulho”, declarou, depois de lembrar que a Universidade passou por tempos difíceis e precisa do apoio social para enfrentar as lutas que estão por vir, rumo ao seu centenário.

A anfitriã, então, partiu o bolo ‒ pão de ló com doce de leite, chantilly e gelato ‒ ao lado do  vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira. “Marcar esses 95 anos, no ano também do bicentenário da independência, é uma alegria muito grande. E que dia lindo hoje, especial e marcante na nossa história”, comemorou o vice-reitor.

Enquanto isso, sob o céu azul e o sol escaldante, crianças se refrescavam jogando futebol de sabão, aproveitavam a brisa para soltar pipa e todo o espaço ao ar livre para andar de skate, patinete ou bicicleta, entre toalhas de piquenique. Houve quem aproveitou para aprender a fazer crochê, dobraduras de papel, jogar xadrez e até mesmo para aferir a pressão e a glicemia, entre as 30 atividades da programação.

“É um momento de celebrarmos, de abraçarmos a UFMG, abraçar o público que não é daqui, mas que já se apropriou desse espaço, para de mãos dadas, conectados, cantarmos parabéns para a Universidade”, disse pró-reitora de Extensão Cláudia Mayorga, responsável pela organização do Domingo no campus.

Arte e cultura

Raquel Bolinho: pintura com interação | Foto: Foca Lisboa/UFMG

 

Além do bolo compartilhado com os presentes, um “bolinho” fez sucesso entre os visitantes. A artista Raquel Bolinho, conhecida por grafites de cupcakes espalhados pela cidade, preparou uma intervenção cultural em homenagem à UFMG. “Foi bem legal a pintura, porque normalmente eu faço na rua, rapidinho, não dá tempo de as pessoas passarem, verem. Hoje, aqui, tinha uma ‘galerinha’, uma criançada acompanhando ansiosa para ver o resultado, então, é bem legal pintar com essa interação das pessoas, vendo a surpresa delas com cada movimento que você faz”, contou, depois de concluir o desenho em uma tela.

A edição especial do Domingo no campus também marcou a abertura de duas exposições comemorativas dos 95 anos da UFMG. No hall do prédio da Reitoria, até novembro, estarão expostas obras do acervo da Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade, recentemente credenciada como fundação cultural de apoio à Universidade, com exemplares assinados por artistas como Cândido Portinari, Alberto da Veiga Guignard e Lúcio Costa.

O segundo andar da Biblioteca Central, no campus Pampulha, abriga, até 4 de outubro, documentos e materiais que resgatam a trajetória da Universidade, reunidos na exposição 95 anos da UFMG Memória Intelectual.

Alessandra Ribeiro/Cedecom

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