Crianças desvendaram o mundo invisível dos organismos do parque | Foto: Projeto Tem Bicho no Parque?
Nos dias 27 e 28 de agosto, estudantes de quatro escolas públicas do entorno do Parque Estadual do Rio Doce (Perd) – a maior área contínua de Mata Atlântica protegida em Minas Gerais – tiveram a oportunidade de explorar um universo pouco conhecido: o dos organismos zooplanctônicos.
A atividade foi promovida pelo projeto de extensão Tem Bicho no Parque?, fruto de parceria entre o Colégio Técnico da UFMG (Coltec) e o parque.
As oficinas foram conduzidas pelos coordenadores do projeto, Daniel Maroneze e Vanessa Cappelle; pelas bolsistas de extensão do Edital Licex (Licenciatura na Extensão), Vivian Dias e Ana Laura dos Santos; e pelas coordenadoras do projeto no Perd, Jailma Soares e Carla Souza.
Participaram alunos e alunas da Escola Municipal José Pedro da Silva, Escola Municipal Marciano Felisberto Pinto e Escola Municipal Padre João Borges Quintão (em Marliéria), além da Escola Municipal Clarindo Carlos Miranda – Macuco (em Timóteo).
Exploradores do zooplâncton
Com autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG), a equipe coletou amostras de água em duas lagoas do parque. O material revelou pequenos organismos – como a pulga-d’água, a larva do mosquito-fantasma e o ostracoda – que puderam ser observados pelas crianças a olho nu e com auxílio de lupa e microscópio.
Dinâmica sobre teia alimentar ajudou na compreensão do papel do zooplâncton | Foto: Projeto Tem Bicho no Parque?
Além da observação, houve momentos de interação. As bolsistas conduziram uma dinâmica que simulava uma teia alimentar aquática, facilitando a compreensão sobre a importância ecológica do zooplâncton e seu papel no equilíbrio dos ecossistemas.
Ao final, cada estudante foi certificado(a) como integrante do “Clube dos(as) Exploradores(as) do Zooplâncton” e recebeu uma carta cifrada para desvendar após o encontro – recurso lúdico que reforçou o aprendizado.
Mais do que ensinar ciência, a iniciativa buscou aproximar crianças e comunidade escolar da biodiversidade do Perd, despertando a curiosidade para o mundo natural.
A ação faz parte de um ciclo de oficinas mensais do projeto, em que pesquisadores(as) que atuam ou já atuaram no parque visitam a região para dialogar sobre a fauna local e engajar a comunidade na conservação da Mata Atlântica.
Outras informações estão no perfil do projeto no Instagram.