A comunidade de Belo Horizonte e região metropolitana aproveitou cerca de 35 atrações oferecidas na 23ª edição do Domingo no campus.
Na domingo, dia 9 de junho, pessoas de todas as idades se encantaram com a diversidade da programação, com yoga, meditação, piquenique musical, bicicleta, feiras de adoção animais e agroecológica, forró, dança, teatro, contação de histórias, esgrima, k-pop, xadrez, oficinas, jogos, brincadeiras e outras atividades.
A Praça de Serviços foi palco da feira agroecológica, que mereceu atenção especial da agricultora familiar Helena Gonçalves da Silva, que é moradora do bairro Ribeiro de Abreu, região Nordeste da capital. Apaixonada pela agroecologia e economia popular solidária, ela veio à UFMG conhecer o evento, a feira, os alimentos, produtos e quitutes.
O percurso pelas atrações foi feito pelos participantes, como os estudantes de pós-graduação e amigos João Saboia e Marcos Paes. Entusiasmados, eles realizaram sessões de yoga, receberam orientações de saúde em frente à Reitoria e se dirigiram, em seguida, à Praça de Serviços, onde havia, também, forró e Observação Solar.
Marcos Paes, que participou do Domingo no campus pela primeira vez, considerou o evento “muito rico em atividades, em que há uma integração recíproca e interessante entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa. “Já estive em outros eventos da UFMG, mas este é especial”, concluiu Marcos.
Saúde e acessibilidade
O Espaço Saúde – que ficou em frente à Reitoria, perto do obelisco – reuniu atividades simultâneas relacionadas à promoção da saúde.
No estande do projeto de extensão Cuidarte, estudantes do curso de Enfermagem da UFMG ofereceram informações úteis sobre doenças crônicas adquiridas pelos maus hábitos. “Muitas doenças são ‘silenciosas’ e podem ser adquiridas pelo estilo de vida. É muito importante falar com propriedade sobre diabetes, hipertensão, aterosclerose e sobre equilíbrio para uma vida saudável. Essa vivência e experiência com a população, por outro lado, são muito importantes para nossa formação”, destacou a estudante Raíssa Mourão durante os atendimentos ao público.
O evento fortaleceu parceria com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI/UFMG) e contou com atividades com acessibilidade. Ao lado dos filhos, o casal com deficiência visual Eduardo Homem de Sá e Amanda Silva de Sá não deixaram de aproveitar. “É muito importante esse tipo de opção de lazer em Belo Horizonte”, afirmaram eles, a caminho do xadrez, que foi uma das atividades acessíveis.
Lazer para crianças e diálogo sobre maternidade
A manhã foi especial também para as crianças. Os amigos de escola Davi Maia e Enzo José, ambos com 7 anos, acompanhados dos pais, vivenciaram o campus Pampulha divertindo-se com atrações para o público infantil, como Caça ao tesouro em família: (Re)descobrindo o espaço com a caminhada, que estimulou a garotada a exercer a mobilidade ativa e a valorizar as áreas verdes e o meio ambiente.
Já o pequeno João Pedro, que veio com a família pela primeira vez ao evento, deslumbrou-se com o Museu da Matemática. Ele não quis sair de lá. “Meu filho gosta muito de atividades que o desafiam, como lógica e raciocínio; ele se encontrou aqui”, disse, contente, Fabiana Pereira, que é mãe do João.
A alegria das crianças foi ainda garantida pelo Tô de boa… Tô no campus!, que contou, por exemplo, com vôlei, slackline e bambolê, e pelo piquenique musical junino do Grupo Bambulha no gramado do bosque da Escola de Música.
Atividade inédita na programação, a roda Mães na Universidade: Apoio à Vida Materna e Desenvolvimento Infantil reuniu alunas da UFMG que se deparam com o desafio da maternidade. “Me senti à vontade e acolhida nesse espaço ao perceber que não sou a única mãe na Universidade. Pelo contrário, há diversas mães que precisam de apoio e querem compartilhar suas experiências e sentimentos sobre o assunto”, contou a estudante do curso de Engenharia Civil Evellyn de Souza, que é mãe da Maria Flor, de apenas oito meses.
Tradição, mobilização e Stock Car
Para a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, o Domingo no campus é uma atividade de suma importância para a Universidade e para a cidade de Belo Horizonte. “O projeto começou pequeno e hoje virou tradição em Belo Horizonte. É uma enorme felicidade ver o campus lotado”, afirmou.
A reitora acrescentou que o evento contribui para cumprimento de “missões prioritárias da UFMG como universidade pública e polo de educação, sustentabilidade, preservação ambiental, inclusão, convivência e harmonia com a população”.
A realização da prova da Stock Car – cujas obras ocorrem à revelia da Universidade no entono do campus – foi citada por Sandra Goulart como uma relação desrespeitosa com a cidade e o meio ambiente. “No Domingo no campus, a UFMG faz exatamente o oposto”, declarou.
Segundo a pró-reitora Extensão, Claudia Mayorga, uma das razões que explica o sucesso do evento é o engajamento da comunidade interna – estudantes, professores e técnicos administrativos – na proposição e organização das atividades. “Tivemos um número recorde de atividades nessa edição. Isso graças à participação da comunidade da UFMG que ‘abraça’ o Domingo campus. É uma alegria ver esse engajamento no mês dedicado ao meio ambiente”, comemorou Claudia.
A próxima edição edição, no campus Pampulha, será realizada no dia 13 de outubro de 2024.
Outras informações estão no site e redes sociais da Proex.
Eduardo Maia | Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão