Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia irá até sexta (18) | Foto: Estação Ecológica UFMG
A Estação Ecológica da UFMG integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que está em sua 21ª edição. A programação, em conjunto com o 2º Seminário de Pesquisa e Extensão, tem oficinas, trilhas guiadas, mesas, feira agroecológica e outras atividades abertas à participação de escolas e população de Belo Horizonte. As inscrições são gratuitas.
A programação foi aberta na manhã desta terça-feira, dia 15, e contou com a presença da diretora da Estação Ecológica e docente do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFMG), Dodora Drumond, e do pró-reitor e da pró-reitora adjunta de Extensão, respectivamente, Glaucinei Corrêa e Carmen Vergara.
A mesa de abertura abordou a construção do campus Pampulha nos anos 1940 e a história do Lar dos Meninos Dom Orione, instituição que funcionou na Estação Ecológica para acolher crianças de Belo Horizonte.
Participaram da mesa o servidor técnico-administrativo da UFMG e arquivista do Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO) José Domício Sobrinho e Natal Ribeiro, ex-residente do Lar dos Meninos. A atividade foi mediada pela vice-diretora da Estação Ecológica, Lili Panachuk, docente do Departamento de Antropologia e Arqueologia (Fafich).
Empatia e desafios
Da esquerda para a direita: José Domício Sobrinho, Lili Panachuk e Natal Ribeiro | Foto: Eduardo Maia/Proex UFMG
O Lar dos meninos foi sediado na Estação Ecológica de 1944 a 1974 e abrigava ampla estrutura, com dormitório, restaurante, ambulatório, capela e olaria, onde eram fabricados tijolos que foram destinados a construções da região da Pampulha.
Na abertura, Natal Ribeiro afirmou que a história da instituição está geralmente associada a uma “percepção equivocada”. “Cheguei aqui [Lar dos Meninos] aos 9 anos e fui muito feliz, como a maioria das crianças acolhidas. Relata-se que éramos ‘menores abandonados’, mas tínhamos normalmente nossas famílias, brincávamos, estudávamos, havia empatia e convivência entre os meninos”, disse Ribeiro.
A abertura teve também a mesa Realidade e desafios da educação básica frente aos impactos ambientais, que contou com a participação de professores da educação básica de Mariana e da professora do Instituto de Geociências (IGC/UFMG) Andrea Siqueira Carvalho. No período da tarde, houve oficinas de cerâmica, pigmentos e apresentação de pôsteres.
Mosaico e manejo do fogo
A programação segue na quinta-feira (17), às 14h, com a mesa Mosaico de áreas protegidas da Pampulha, que terá como convidados Clair José Benfica, Nadja Simbera, Maria Guadalupe Carvalho, Rafael Rangel, todos da Prefeitura de Belo Horizonte, e Gabriela Lelles e Dodora Drumond da UFMG. Às 15h, ocorrerá a mesa Manejo Integrado do Fogo (MIF) com a presença de José Eugênio Figueira (UFMG), Gustavo Gouvêa (ICMBio) e Claudia Mayorga (Brigada Cipó). No mesmo dia, às 17h, haverá a apresentação do projeto de extensão Coral Cantáridas, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
O encerramento do evento, na sexta (18), terá, às 9h, a Trilha do Bambuzal e, às 14h, a Trilha Histórico-Cultural, que contempla um percurso interativo pela Estação e observação da arqueologia do espaço.
Em 2024, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como tema Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais. O evento é realizado há 20 anos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo considerado uma das principais atividades de divulgação e popularização da ciência do país.
Outras informações do evento estão no perfil da Estação Ecológica no Instagram.