Programa de extensão ‘Escola do Rio Doce’ divulga resultados e projetos de professores da educação básica

Professores das escolas de municípios atingidos pelo desastre de Mariana expuseram experiências para aplicação em sala de aula

 

No evento, representantes de instituições parceiras e professores participantes do programa | Foto: Eduardo Maia/Proex

No evento, representantes de instituições parceiras e professores participantes do programa | Foto: Eduardo Maia/Proex

Professores das redes públicas dos municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, participaram do 1º Seminário Regional de Socialização dos Resultados do Programa Escola do Rio Doce. O evento ocorreu na quarta-feira, dia 24 de julho de 2024, na Faculdade de Educação (FaE) – campus Pampulha da UFMG.

O encontro avaliou e divulgou resultados, bem como expôs os Planos Pedagógicos Experimentais (PPEs) desenvolvidos por professores atendidos pelo programa de extensão. A iniciativa promove ações de formação continuada para docentes e gestores de educação básica da região do desastre, ocorrido em 2015.

As atividades formativas são conduzidas pela FaE/UFMG em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Entre os resultados alcançados, até o momento, está a participação de 4200 cursistas (duas turmas) em curso de aperfeiçoamento e a elaboração de, aproximadamente, 2500 Planos Pedagógicos Experimentais. A ações também preveem curso de especialização.

O Seminário Regional, na FaE, contou com a participação de representantes das instituições parceiras, como o pró-reitor de Extensão da UFMG, Glaucinei Corrêa, a vice-diretora da FaE/UFMG, Vanessa Neves, a vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS/UFOP), o representante da Secretaria Estadual de Educação (SEE/MG), Gustavo Pedroso, e o diretor de programas da Fundação Renova, Luiz Scavarda.

Sonhos e esperanças

A cursista e professora Luciene Maria de Oliveira, da Escola Municipal Bento Rodrigues, contou que seu PPE foi produzido com base nos depoimentos dos alunos do 3º ano do ensino fundamental e familiares atingidos, que se disponibilizaram a relatar anseios e percepções sobre o momento atual de suas vidas.

Professora Luciene: 'Metodologia fundamentada em esperanças, sonhos e memórias' | Foto: Eduardo Maia/Proex

Professora Luciene: ‘Metodologia fundamentada em esperanças, sonhos e memórias’ | Foto: Eduardo Maia/Proex

“A reflexão sobre esperanças, sonhos e memórias foi fundamentada no tripé rompimento, mineração e revitalização, eixos do programa Escola do Rio Doce. Os alunos conseguiram falar abertamente sobre isso e a reelaborar o desastre, evidenciando um engajamento significativo pautado pela dedicação e comprometimento”, disse Luciene, que espera que a metodologia seja levada a escolas da região.

Visibilidade e qualificação 

O Seminário Regional foi o ponto culminante de uma série de encontros municipais e microrregionais realizados neste ano, que mobilizaram Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e 616 escolas da Bacia do Rio Doce.

Coordenadora do programa de extensão, a professora da FaE/UFMG Maria Isabel Antunes destacou que o encontro regional “foi fundamental para amplificar a visibilidade dos resultados e para avaliar e qualificar dados quantitativos produzidos pelos participantes por meio dos depoimentos, mesas-redondas, conversações, vídeos, relatos de experiências e outras atividades”.

Até 2026, o programa Escola do Rio Doce desenvolverá ações de formação continuada de professores de escolas de 36 municípios da região atingida pelo rompimento da barragem. As ações podem ser acompanhadas no Instagram e em website a ser lançado em breve com produtos e materiais.

Eduardo Maia | Assessoria de Comunicação Proex UFMG