Projeto celebra 10 anos de atividade com programação especial no Parque Mangabeiras | Foto: Clara Karmaluk/PBH
A exposição Sentidos do nascer promove, durante o mês de agosto, um espaço de encontros e trocas sobre o parto e o nascimento, que visa difundir os direitos das mulheres e das crianças a uma assistência em saúde baseada em evidências científicas. O projeto de extensão da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, é uma iniciativa de educação em saúde inovadora do SUS-BH, gratuita e aberta ao público. As visitas são às sextas e sábados, mediante agendamento.
O Brasil é apontado como líder de cesarianas sem indicação no mundo, com um número significativamente maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 60% dos partos no país são cesarianas – índice que chega a 84% na rede privada –, quatro vezes superior aos 15% indicados. Para a equipe do projeto, tal realidade expõe mais as mães e filhos a riscos e consequências negativas de cirurgias desnecessárias, além de “suprimir a experiência humana do trabalho de parto”.
Nesse sentido, a exposição difunde, de modo artístico, lúdico, informativo, interativo e sensorial, uma reflexão crítica acerca da valorização do protagonismo da mulher da gestação ao nascimento. As discussões abordam o parto normal, o aleitamento materno, a promoção da saúde materna e infantil e a saúde sexual e reprodutiva.
Agendamento
Em agosto de 2025, os encontros ocorrerão às sextas (dias 8, 22 e 29), das 9h às 17h, e aos sábados (2,9,23 e 30), das 10h às 17h, no Parque Mangabeiras, em Belo Horizonte – com última entrada às 16h30. O circuito da exposição tem duração de 20 minutos, seguido de roda de conversa com o grupo (de até 10 pessoas por vez) para troca de ideias. O encontro dura em torno de 1h30.
A reserva pode ser feita pelo site do projeto ou pelo e-mail agenda.sentidosdonascer@gmail.com. O interessado deve registrar as seguintes informações: nome, instituição, telefone para contato, número estimado de visitantes, data e horário. Para agendamentos, é necessário que o grupo reúna mais de cinco integrantes.
As atividades marcam os 10 anos de atividade do projeto, que foi idealizado pela pediatra e epidemiologista Sônia Lansky, do Movimento BH Pelo Parto Normal e do SUS-BH, e pelo professor da Faculdade de Educação e historiador da ciência Bernardo Jefferson de Oliveira, por meio de parceria entre a UFMG e a Prefeitura de Belo Horizonte. O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Bill & Melinda Gates.