UFMG e Nova Lima firmam cooperação para criar centro de apoio a pessoas com TEA

Universidade vai elaborar projeto de instituição de saúde que será referência nesse atendimento

 

No lançamento da parceria, representes da Universidade, Prefeitura e Rede de Apoio de Mães Atípicas de Nova Lima | Foto: Divulgação Prefeitura de Nova Lima

Para tirar do papel uma lei recentemente aprovada por Nova Lima, a UFMG assinou, na sexta-feira, dia 12 de janeiro de 2024, cooperação com o município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O objetivo é criar e implantar, na cidade, o Centro Integrado de Reabilitação e Estimulação do Neurodesenvolvimento para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e/ou com Deficiências Intelectuais.

O lançamento simbólico da parceria reuniu a pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, o vice-diretor da Fafich, Rogério do Pateo, o prefeito João Marcelo Pereira e os secretários municipais de Educação e Saúde, respectivamente, Pedro Dornas e Alice Neto de Almeida. Estiveram presentes também os professores do departamento de Psicologia da UFMG André Luiz Freitas Dias (chefe do departamento) e Érika Lourenço e membros da Rede de Apoio de Mães Atípicas de Nova Lima (Rama).

Equipe mobilizada

O acordo prevê que, nos próximos meses, a Universidade estará responsável pela elaboração da proposta de criação e funcionamento do novo centro, que pretende ser referência na oferta de serviços especializados e multiprofissionais de saúde para pessoas com TEA e deficiência intelectual.

Os trabalhos já vêm mobilizando, desde novembro de 2023, professores e alunos das áreas de Psicologia, Medicina, Musicoterapia, Enfermagem, Educação Física, Nutrição, Fonoaudiologia, entre outras, no âmbito do programa de extensão Observatório de Teorias e Práticas em Educação Especial e Educação Inclusiva.

Instituição diferenciada

Coordenadora do programa de extensão, a professora Érika Lourenço explica que a proposta vai dimensionar os serviços ofertados, a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), os encaminhamentos necessários, bem como espaço físico, equipamentos, mobiliário e demanda de pessoal multidisciplinar.

“Esse levantamento será essencial para o município estimar custos e viabilizar o Centro Integrado de Reabilitação e Estimulação”, afirma a docente. Segundo ela, “a ideia é fazermos uma instituição diferenciada e de ponta no que se refere ao atendimento a essas pessoas”.

Com a instituição em funcionamento, expectativa é também integrar estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade às atividades do centro, que servirá como espaço de formação profissional e atuação de projetos de extensão.

Outras ações

Executado, desde 2022, em parceria com a Prefeitura de Nova Lima, o programa Observatório de Teorias e Práticas em Educação Especial e Educação Inclusiva desenvolve outras ações em conjunto com o município, como minicursos para professores, análise do projeto pedagógico de escolas, avaliação de políticas públicas, oferta de disciplina sobre TEA na Formação Transversal em Acessibilidade e Inclusão e plataforma digital de formação docente.

Segundo a pró-reitora Claudia Mayorga, esse trabalho com tem sido exitoso e vai encontro do processo de interiorização da extensão da Universidade. “Estarmos mais próximos dos municípios é fundamental para que a UFMG cumpra sua função de estreitar a relação com outros setores da sociedade, fortaleça políticas públicas e gere impacto na formação dos nossos estudantes”, destaca.