Ela é, afinal, uma dimensão formativa essencial da educação superior que, articulada com o ensino e a pesquisa de forma inseparável, desempenha um papel fundamental na integração das atividades-fim ou dimensões da universidade.
Por meio da extensão, a universidade materializa sua função pública, colabora e participa da comunidade ao seu redor e da sociedade geral, como também, troca e compartilha conhecimentos e saberes entre estudantes, professores e técnico-administrativos em educação com outros setores sociais. A partir dessa interação transformadora, novos saberes e conhecimentos são produzidos.
As cinco principais modalidades de atividades de extensão são:
Diretrizes que orientam a formulação e implementação da extensão:
Áreas temáticas principais:
Reconhecimento
O reconhecimento legal e a criação do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex), ambos na década de 80, estão entre os principais marcos do processo da institucionalização da extensão no Brasil.
A Constituição Brasileira de 1988 estabeleceu que as universidades “obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (Artigo 207).
Em maio de 2012, a partir de debates amplos e abertos, o Forproex apresentou à sociedade e às universidades a Política Nacional da Extensão Universitária – um dos principais documentos norteadores.
O PNEU concebe o conceito de extensão que conhecemos atualmente:
“A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade”.
Outro momento marcante para a extensão universitária aconteceu em 2018 com publicação da Resolução 07/2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC). Ela estabeleceu as diretrizes para a extensão na educação superior brasileira e fixou a presença mínima de 10% da carga horária dos cursos de graduação com atividades extensionistas (confira a Formação em Extensão Universitária na UFMG).
No isolamento social imposto pela covid-19, a extensão universitária mostra sua força e se mantém ativa nas comunidades, ainda que de forma remota. Esse movimento liderado pelas universidades públicas brasileiras foi fundamental para combater os impactos provocados pela covid-19, em especial entre os grupos sociais mais vulneráveis.