O projeto “Reciclagem Urbana” promove a conscientização socioambiental, incentivando a reciclagem de resíduos sólidos e o descarte correto de resíduos orgânicos. Além de sensibilizar a população, a iniciativa ensina técnicas práticas de reciclagem, incentivando mudanças de hábitos voltadas à sustentabilidade e preservação do meio ambiente urbano. Outro objetivo é conscientizar sobre a Leishmaniose Visceral Canina (LVC), uma zoonose grave que afeta animais e seres humanos, transmitida pelo mosquito flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, infectado pelo protozoário Leishmania. Com alta letalidade e aproximadamente 3.500 casos humanos anuais no Brasil, especialmente em regiões tropicais, a LVC é um problema de saúde pública mundial. Dessa forma, o projeto integra a preservação ambiental e a promoção de saúde pública, destacando aspectos de prevenção e controle da doença.

Conscientizar a população sobre a reciclagem urbana e sua importância para a preservação do meio ambiente, além de destacar como os hábitos de descarte adequado de resíduos sólidos e orgânicos impactam essa preservação. O foco é o controle vetorial da leishmaniose visceral e de outras doenças.

O projeto tem como público-alvo estudantes do ensino fundamental II e médio das escolas públicas e privadas. Realizamos visitas escolares para apresentar vídeos e workshops que abordam a leishmaniose e as estratégias de combate à doença. Por meio da educação, buscamos inspirar práticas sociais transformadoras, promovendo nos cidadãos a compreensão da responsabilidade compartilhada sobre o meio ambiente. Seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, as ações de educação em saúde devem ser integradas para garantir que uma população informada e consciente contribua de forma eficaz para reduzir os fatores que favorecem o desenvolvimento de doenças como a leishmaniose. Além de conscientizar sobre a reciclagem urbana e o manejo adequado de resíduos orgânicos, este projeto visa educar a comunidade de Montes Claros, MG, sobre a importância de ações preventivas para um ambiente mais saudável e sustentável.

Um questionário é aplicado antes e depois das apresentações para avaliar o conhecimento dos alunos. Além disso, promovemos rodas de discussão e distribuímos cartilhas digitais sobre a leishmaniose visceral canina, desenvolvidas em formato PDF para facilitar o acesso em celulares simples, além de uma versão impressa. As cartilhas contêm informações sobre a doença, seu vetor, formas de transmissão, tratamento, dicas de prevenção e orientações sobre limpeza urbana e descarte adequado de resíduos. 

Em 2022, o projeto estabeleceu uma parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Montes Claros, que tem distribuído as cartilhas em suas atividades, ampliando o alcance do projeto para a comunidade em geral. No ano anterior, a coordenadora do projeto começou a participar do Comitê de Políticas Públicas de Controle das Leishmanioses do município, com foco na educação da população sobre o tema.

O projeto, iniciado em 2017, capacitou 3.723 alunos de 10 escolas públicas e privadas do ensino fundamental II e médio na cidade de Montes Claros, MG. A conscientização desses estudantes é crucial, pois eles se tornam agentes multiplicadores de informações e práticas de prevenção, promovendo assim a melhoria da saúde pública em suas comunidades.

A parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Montes Claros, estabelecida em 2022, ampliou o alcance do projeto para a comunidade em geral. Essa colaboração com a Secretaria de Saúde tem mostrado resultados positivos na redução da leishmaniose, evidenciando que as ações de educação em saúde e ambiente são fundamentais para instruir a população e auxiliar no controle dos fatores que favorecem o desenvolvimento das doenças. As atividades do Comitê resultaram em uma redução significativa nos casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA) e leishmaniose visceral (LV) entre 2021 e 2024, conforme os dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância Epidemiológica de Montes Claros.

Responsáveis:

Profa. Cristina Maria Lima Sá-Fortes, Profa. Fabiana Ferreira

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