O aguapé, planta exótica que provoca grandes danos a ecossistemas aquáticos, tem-se revelado uma alternativa promissora para geração de energia renovável. Pesquisas sobre o bio-óleo produzido com base na planta serão tema de conferência virtual que o pesquisador Paulo Renato dos Santos, que atua na área de energia e sustentabilidade, vai ministrar na próxima quarta-feira, 18 de maio, a partir das 19h.

A atividade integra a programação do Ciclo Avaliação de ecoeficiência e sustentabilidade aplicada a projetos (Aesap), projeto de extensão universitária mantido pelo Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Escola de Engenharia da UFMG. A conferência será transmitida pela plataforma Microsoft Teams. As inscrições podem ser feitas por meio de preenchimento de formulário.

As reservas de combustíveis fósseis sofreram um esgotamento significativo devido ao aumento da demanda de energia”, comenta Paulo Renato dos Santos, que é vinculado ao Instituto Senai de Inovação em Biomassa em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.  Com isso, a busca de fontes de geração de alternativas para energia renovável tornou-se foco de vários estudos científicos.

Nesse cenário, o aguapé (Eichhornia crassipes) emerge como potencial fonte de geração de biocombustíveis. “Essa planta é uma macrófita aquática flutuante livre que não compete com outras culturas alimentares, além de estar amplamente disponível no ambiente”, afirma Paulo Renato.

O estudo conduzido pelo Instituto Senai de Inovação em Biomassa submete a Eichhornia crassipes a uma série de etapas químicas de decomposição para convertê-la em bio-óleo. Segundo o pesquisador, o bio-óleo obtido “pode ser usado diretamente como combustível em motores a diesel ou ser processado e dar origem a produtos de maior valor agregado”.

O ciclo Aesap

O Ciclo Aberto Aesap é uma iniciativa que surgiu na disciplina Avaliação de ecoeficiência e sustentabilidade aplicada a projetos, do curso de pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Escola de Engenharia da UFMG. Seu objetivo é oferecer espaço de comunicação entre a academia e a sociedade para tratar de ferramentas de avaliação da sustentabilidade em processos, produtos e serviços. 

Segundo o professor Eduardo Coutinho de Paula, do Departamento de engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia da UFMG e coordenador do projeto, “a sustentabilidade não pode ser vista de forma banal como marketing verde”. O professor defende ainda que a difusão de iniciativas em favor da sustentabilidade precisam ser apresentadas para viabilizar projetos e analisar criticamente estudos prévios: “no amplo contexto da sustentabilidade, a aplicação de indicadores e índices devem auxiliar na tomada de decisões nos mais diversos projetos em cenários e condições de crescentes incertezas e complexidades”.

Os encontros do Ciclo Aberto são oferecidos pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) da UFMG e instituições parceiras por meio de um projeto de extensão universitária. Os vídeos das edições anteriores do evento estão disponíveis no canal Ciclo Aesap no YouTube

Outras informações sobre o Ciclo Aesap podem ser solicitadas pelo e-mail: ciclo.aesap@gmail.com.

Cartaz do evento