Estacionamentos em vias e em locais abertos ao público

É permitido estacionar em quase todas as vias do Campus, com algumas restrições. Por exemplo, é proibido estacionar na Rua Moacir Gomes de Freitas (via que liga o Campus à Avenida Carlos Luz), em alguns trechos próximos às guaritas de acessos, e num dos lados das vias de mão dupla, onde o estacionamento nos dois sentidos comprometeria o fluxo de veículos.

Atualmente não existe uma fiscalização regular e sistemática, com pessoal qualificado, para controlar o estacionamento nas vias; a sinalização viária é frequentemente desrespeitada. Para impor certa disciplina em locais críticos (esquinas, rotatórias e acessos a obras), a Divisão de Segurança Universitária (DSU) utiliza cavaletes e fitas zebradas para impedir a parada de veículos, alocando vigilantes para tentar controlar o tráfego e coibir o estacionamento irregular. O valor gasto com os trinta e nove vigilantes que atuam especificamente nas questões de trânsito e estacionamento eleva-se a cerca de R$ 1,05 milhões/ano.

A área de maior concentração de fluxo é a região da Av. Reitor Mendes Pimentel, onde se assentam FALE, FAFICH, FACE, com grande número de alunos, além de dois importantes equipamentos administrativos e de apoio ao Campus, que são a Reitoria e a Praça de Serviços. Os estacionamentos contíguos à Praça são frequentados por dois tipos de usuários: os usuários rotativos, que acessam os equipamentos da Praça ou a Reitoria, e os usuários permanentes, que são estudantes e funcionários das unidades acadêmicas vizinhas. A área de influência do ICEx e da Escola de Engenharia apresenta, também, grande fluxo de veículos e muitas contravenções. A maior concentração de veículos pode ser observada na Avenida Reitor Pires de Albuquerque, entre o ICEx e a Escola de Engenharia. A maior parte dos estacionamentos dessa área é controlada pelas unidades, com permissão de acesso apenas aos usuários credenciados, restando aos demais usuários os estacionamentos das ruas.

Um fato importante observado na região central do Campus foi que, enquanto os estacionamentos não controlados e as vias estavam superlotados, alguns estacionamentos controlados apresentavam um número significativo de vagas ociosas. O motivo disso pode estar, não só na má distribuição das vagas, mas também no fato dos usuários sempre preferirem estacionar o mais próximo possível do destino, superlotando alguns locais, enquanto outros permanecem vazios.

A alta concentração de veículos também pode ser observada na Avenida Reitor Pires de Albuquerque, entre o ICEx e a Escola de Engenharia. A maior parte dos estacionamentos existentes nessa região é controlada, restando aos demais usuários a ocupação das ruas. O impacto se estende pela Rua Prof. Giorgio Schreiber, próximo ao restaurante Setorial II, e à Rua Samuel Caetano Jr., próximo ao Departamento de Química.

Um outro ponto de concentração de veículos é a Rua Professor Baeta Viana. Essa via sofre uma grande influência do fluxo do ICB, além de ser passagem de veículos em direção às unidades da área de Ciências Exatas e Setorial II, devido à mão única, que cria um rotor em torno da Praça de Serviços.

Comentários

1. Leonardo Mantovani disse:
em 10/07/2010, às 20:29

É preciso reformar o sistema público de transporte da cidade ao mesmo tempo que precisa ser revisto a atuação da fiscalização do trânsito no campus.

2. Leonardo Mantovani disse:
em 10/07/2010, às 20:30

Concordo com os problemas apontados, mas as soluções não podem ficar circunscritas à cobrança de estacionamento no campus. Ademais, a oferta de transporte público para o campus é insuficiente e, ainda sim, as empresas - ou a BHTRANS - trataram de reduzir horários de atendimento das linhas ao campus. Recentemente foram cancelado alguns dos horários noturnos da linha 9502 e justamente ao final do turno da noite. A consequência disto foi, e é, um grande aumento do número de usuários para o horário próximo ao término das aulas. O ônibus do horário das 22hs15 já sai do campus completamente lotado e é este horário que atende aos alunos do UNI-BH, faculdade que fica no intinerário da linha e cujo horário de saída acerta em cheio o horário das 22hs15 da linha 9502. Aí eu pergunto: o que fazer? Esperar que o aumento do número de alunos torne ainda mais insuportável a viagem nesta linha? Sair mais cedo, ou mais tarde, da aula na esperança de que possamos pegar um horário mais vazio? E quanto aos transtornos causados pela insufuciência de horários? Pelo visto pretende-se que continuem, posto que a proposta mais importante do projeto, a meu ver, é a cobrança de estacionamento no campus. Será que alguém tem ideia dos transtornos que um usuário de transporte público em BH sofre em horários de pico dentro de um ônibus? Será que alguém importante, um dia, pelo menos por uma vez, terá a coragem de pensar naqueles que não tem condição de bancar certos custos? Será que nossas autoridades, um dia, um que seja, terão a ousadia de implemetar uma boa reforma no nosso transporte público? Algo que encerre de vez o domínio do cartel das famílias que controlam o transporte público em Belo Horizonte. Aqui em BH é uma vergonha. Um dos maiores problemas estruturais da cidade é a insuficiência do atendimento ao usuário de transporte público e, ainda sim, as propostas se quer cogitam a possibilidade de mudar isto. Temos o maior preço de tarifa em relação ao percuso médio dos ônibus do país e ninguém se preocupa com isto. Mas para propor ideias que não atacam os problemas verdadeiros temos um enorme contingente à disposição. Boa parte dos usuários utilizam o carro porque o transporte público é mais caro, insuficiente, não atende à demanda da sociedade e, ainda, não oferece conforto. A solução para tais problemas não pode passar pelo cerceamento do direito de ir vir das pessoas, mas pela tentativa de resolver os problemas que tanto nos afligem. Temos que pensar em todos. Pensar naqueles que, sobretudo, não terão condição de vir de ônibus (porque certamente poderá aumentar o custo e o tempo de viagem) e pagar pelo estacionamento no campus. Temos que reformar o transporte público de BH. Assim veremos nossos problemas de transporte resolvidos.

3. Abner Silva disse:
em 27/07/2010, às 22:45

Decidir por melhorar o sistema de transporte coletivo INTERNO deve ser medida anterior a qualquer outra.

Trinta e nove vigilantes que atuam especificamente nas questões de trânsito e estacionamento? Atualmente estes agentes não contribuem em nada para as questões abordadas nesse estudo. Acredito que a UFMG vem desperdiçando o montante de R$ 1,05 milhões/ano (valor mencionado anteriormente).

Parte desse recurso poderia ser alocada para a implantação de soluções (cancelas eletrônicas, por exemplo) que coíbam a passagem pelo campus de veículos não pertencentes aos integrantes da universidade – considerando a existência de veículos que transitam pelas vias do campus apenas para conectar as avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz, dos que se dirigem exclusivamente para a praça de serviços atendendo as necessidades de seus proprietários que não devem ser beneficiários das propostas em estudo ou mesmo daqueles que ocupam vagas em demanda das agencias bancárias e empresas estabelecidas na UFMG.

Manter o domínio dos estacionamentos controlados às unidades é permitir que as pessoas que hoje em dia têm acesso a eles continuem privilegiadas em detrimento aos demais membros da comunidade universitária – o cargo não deve ser critério para estabelecer que determinada pessoa use o transporte coletivo e outra não, além de não solucionar a questão de vagas ociosas.

Qualquer participação em iniciativa como o programa Caronas UFMG (http://www.caronasufmg.emasjr.com.br/), deve ser reconhecida como qualidade para privilegiar o acesso às vagas disponíveis.

4. Lucas Abreu Duarte Sapore disse:
em 01/08/2010, às 15:37

ABSURDOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1) É um absurdo pensar em cobrar estacionamento na federal...


2) Outro absurdo que ocorre a algum tempo é a PROIBIÇÃO por parte de professores e funcionários o acesso a vários estacionamentos... O estacionamento interno da federal é um bem público e nenhuma classe pode impedir o acesso de outros... isto é ILEGAL....

A comunidade UFMG é composta por professores, funcionarios e ALUNOS. E toda medida deve ser igualmente aplicada a todos estes sem distinção...


Imagine todas classes começarem a isolar vagas públicas proximas ao seu trabalho para uso próprio? Seria o fim do estacionamento público em BH..

COMO PODE UMA CLASSE QUE TEM A FUNÇÃO DE EDUCAR NÃO RESPEITAR OS DIREITOS PÚBLICOS... ACHO EXTREMAMENTE VERGONHOSO O QUE OCORRE...

5. Marcelo disse:
em 02/08/2010, às 08:18

Onde está escrito que todo estacionamento na universidade é "bem público"? Por esse princípio, qualquer pessoa, inclusive quem trabalha ao redor da universidade poderia estacionar lá dentro, piorando ainda mais a situação.

O estacionamento na universidade pertence a ela e cabe à comunidade acadêmica usar o bom senso para tratá-lo da forma mais eficiente para todos.

Esse é o mínimo que se espera: que se respeite o princípio básico do bom senso. Por exemplo, se um estudante que prefere ir de carro para a universidade não encontra estacionamento ou pega um engarrafamento e perde a aula ele é o único prejudicado. Se um professor perde uma aula por problema de estacionamento, a turma inteira sai prejudicada.

Além disso, é bom não confundirmos. A lei estabelece que a educação nas universidades públicas deve ser gratuita. Dirigir o próprio carro para a universidade não tem nada a ver com educação gratuita. É, na verdade, privilégio de alguns estudantes que se têm o suficiente para o luxo de um carro podem também pagar um pouquinho mais de manutenção por mês sob a forma de estacionamento.