Diretrizes e propostas para discussão

Diretrizes básicas

Propõe-se que qualquer solução para os problemas de trânsito, transporte e estacionamentos no Campus obedeça às seguintes diretrizes básicas: I – A UFMG não suprimirá áreas verdes ou equipamentos de lazer, para a implantação de novos estacionamentos de veículos particulares, além daqueles projetados por exigência da BHTrans nos licenciamentos ambientais dos novos prédios. Essa diretriz tem as seguintes implicações: II – A UFMG deve adotar uma política de priorizar e incentivar o uso do transporte coletivo, evitando atrair veículos particulares para o Campus com a criação de mais estacionamentos, além dos já projetados. Assim contribuirá para melhorar as condições ambientais da cidade e do próprio Campus. Em função disso, fará gestões junto à BHTrans e demais órgãos pertinentes, para melhorar o sistema de transporte coletivo público que serve o Campus. Essa diretriz tem as seguintes implicações: III – A UFMG deve implantar um sistema de controle integrado para a vigilância e operação de estacionamentos de veículos particulares no Campus Pampulha. Essa diretriz tem as seguintes implicações: Algumas ponderações e questões conceituais podem ser colocadas quanto à adoção desta terceira diretriz. A principal seria quanto ao custeio do sistema de controle: seriam utilizados recursos do OCC, como hoje realizado, ou seria realizada a cobrança com todas as dificuldades inerentes à sua aceitação? Outras questões, de caráter mais operacional, podem ser colocadas quanto à efetividade da fiscalização necessária e quanto à gestão centralizada ou distribuída dos estacionamentos.

Comentários

1. Cedecom disse:
em 05/07/2010, às 11:40

Envio de mensagem

2. Júlia Nunes disse:
em 06/07/2010, às 11:08

Melhorando o transporte coletivo com ampliação de linhas e horários certamente muitos deixarão o carro em casa.
A cobrança de estacionamento ajudaria a diminuir o fluxo de carros dentro do campo.

3. Douglas disse:
em 06/07/2010, às 15:24

Muito bom.

4. Felipe disse:
em 07/07/2010, às 08:10

Medidas interessantes. Mas há muito o que se discutir ainda. Por exemplo, I) concordo totalmente; II) (a) e (b) de acordo. (c) como isso seria operacionalizado? com cancelas automáticas tipo shopping center? Poderia aproveitar para colocar algumas lojinhas pelo campus. (III) essa categorização para a priorização tem que ser amplamente discutida para que não se permaneça com a lógica de "salvar" os professores e funcionários (de mais altos cargos) com vagas cativas e deixar que o resto se vire. Isso hoje é muito comum em estacionamento de algumas unidades. O Efeito disso é ainda mais pernicioso do que parece, pois, além de ajudar uns em detrimento de outros (os professores com vagas sobrando em estacionamentos fechados e as demais pessoas disputando poucas vagas- cada vez menos quanto mais estacionamentos fechados tiverem) as pessoas que tem mais peso e poder político dentro da universidade (professores e funcionários de altos cargos) estarão alheias a esses problemas já que não as atinge.

5. Sabrina disse:
em 07/07/2010, às 19:43

Quanto a cobrar pelo estacionamente , não é uma solução plausivel.Como sabemos temos uma boa parcela de alunos carentes na universidade.Muitos desses veem com carro e dividem a gasolina com amigos que pegam carona.Isso acontece não por luxo , mas por necessidade devido a ineficiencia do transporte coletivo.

Uma ótima soluçao seria a construção do metro , ligando a Ufmg aos principais pontos da cidades e das cidades vizinhas,da regiao metropolitana.

6. Angela disse:
em 08/07/2010, às 15:16

Concordo com o Felipe! E além disso, do que adianta melhorar apenas o transporte coletivo interno se as pessoas veem de fora da universidade???
Como nosso amigo Felipe ressaltou bem essas diretrizes que estão para serem adotadas irao apenas beneficiar professores, funcionários e quem tem dinheiro para estacionamento particular. O que já é um absurdo dentro de uma universidade federal! A solução então será "arrancar o dinheiro do povo". Devem ser planejadas sim ampliações dos números de vagas sem distinção entre rico/pobre, professor/aluno, sem discriminação!

7. Lucas disse:
em 08/07/2010, às 22:50

Vamos pensar no assunto...
O reitor começará a vir para a universidade de ônibus? Ficará a mercê do transporte público depois das 22:35? Terá que ir a pé até a avenida Presidente Antônio Carlos ou Carlos Luz? Em caso negativo seria ridículo limitar o tráfego de veículos particulares.
Gasto aproximadamente 15 minutos de carro da minha residência à UFMG, gasto menos com combustível do que gastaria com o ônibus e menos da metade do tempo, além da segurança que o carro me fornece, já que sou aluno do período noturno. Já tive que sair depois das 23:30 hs da ufmg porque um professor atrasou muito o início de uma prova.
Se houvesse uma estação de metrô na ufmg muitas pessoas iriam utilizá-la.

8. Metrô, Ônibus e Sustentabilidade disse:
em 10/07/2010, às 11:53

Sustentabilidade só no discurso é maravilhoso mas não resolve nada!

Tenho carro que fica na garagem praticamente todos os dias, porque vou ao Campus de ônibus ou de carona quando dá!

Os ônibus são uma merda... são! Precisam melhorar em quantidade e qualidade, principalmente nos horários de pico (todo mundo sabe disso mas ninguém se responsabiliza). Aliás, todo mundo sabe que estudante deveria não pagar passagem de ônibus ou pagar meia... e ninguém se responsabiliza, ao contrário, descem o cacete nos pobres estudantes manifestantes que levantam a voz e as bandeiras!

ACABARAM COM A TAXA DA FUMP E AGORA QUEREM IMPLEMENTAR OUTRA TAXA PORS ALUNOS PAGAREM... claro! Porque professor tem EXCLUSIVIDADE!

Por outro lado, a nata burguesa que continua a invadir as universidades públicas (e às vezes almoçar de graça no Bandejão com carteira da Fump atestando carência).

Edifícios-garagem são paleativos... mas, como adoramos remédios que nos permitam continuar na mesma até a morte, podem ser uma saída emergencial (tipo para uns 30 ou 40 anos)... daí, 30 mil por vaga fica barato... podes crer!

UNIVERSIDADE!!! de mundos paralelos!!!

9. Metrô, Ônibus e Sustentabilidade disse:
em 10/07/2010, às 11:58

CERTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS DE ALUNOS QUE DÃO CARONA!!!!!

Como prêmio, ao aluno que comprovar ser fornecedor de transporte (carona) para pelo menos 2 outros colegas, DEVE SER CONCEDIDA CERTIFICAÇÃO DE CARONISTA.

Este selo garante vaga (da mesma forma que ao professor) e, ao invés de uma cancela eletrônica, utilizar-se-ia um vigia que fiscalizaria o selo e o número de alunos dentro do carro (famoso cara-crachá!)....

10. Leonardo Mantovani disse:
em 11/07/2010, às 00:19

Concordo com os problemas apontados, mas as soluções não podem ficar circunscritas à cobrança de estacionamento no campus. É um absurdo completo a proposta como foi colocada. Eu não aceito esta proposta, sob qualquer condição. Ademais, a oferta de transporte público para o campus é o grande problema. É insuficiente, e, ainda sim, as empresas - ou a BHTRANS - trataram de reduzir horários de atendimento das linhas ao campus. Recentemente foram cancelados alguns dos horários noturnos da linha 9502 e justamente ao final do turno da noite. A consequência disto foi, e é, um grande aumento do número de usuários para o horário próximo ao término das aulas. O ônibus do horário das 22hs15 virou o alvo dos usuários. Sai do campus completamente lotado. Além disso, é este horário que atende aos alunos do UNI-BH, faculdade que fica no intinerário da linha e cujo horário de saída acerta em cheio o horário das 22hs15 da linha 9502. Não preciso nem descrever o acontece no ponto em frente à faculdade, não é! Aí eu pergunto: o que fazer? Esperar que o aumento do número de alunos torne ainda mais insuportável a viagem nesta linha? Sair mais cedo, ou mais tarde, da aula na esperança de que possamos pegar um horário mais vazio? Pois isto significa perder conteúdo das aulas ou "mofar no ponto à espera de um ônibus". E quanto aos transtornos causados pela insufuciência de horários? Pelo visto pretende-se que continuem como estão, posto que a proposta mais importante do projeto, a meu ver, é a cobrança de estacionamento no campus. Absurdo total! E eu reitero: NÃO VOU ACEITAR ISTO! Será que o sujeito proponente dessa idiotice tem ideia dos transtornos que um usuário de transporte público em BH sofre nos horários de pico dentro de um ônibus? Será que alguém com a importante tarefa de propor algo de alcance público, um dia, pelo menos por uma vez, terá a coragem de pensar naqueles que não tem condição de bancar certos custos? Pelo jeito acho difícil. Mas eu não vou desistir. Sem luta e muita discussão essa proposta não irá a termo. Falta alguém na sociedade que lute por todos nós, sem se preocupar apenas com certas minorias. Faltam autoridades respeitáveis. Autoridades que se preocupem com o sidadão, sem distinção. Será que nossas autoridades, um dia, um que seja, terão a ousadia de implemetar uma boa reforma no nosso transporte público? Algo que encerre de vez o domínio do cartel das famílias que controlam o transporte público em Belo Horizonte. Aqui em BH é uma vergonha. Um dos maiores problemas estruturais da cidade é a insuficiência do atendimento ao usuário de transporte público e, ainda sim, as propostas se quer cogitam a possibilidade de mudar isto. Temos o maior preço de tarifa em relação ao percuso médio dos ônibus do país e ninguém se preocupa com isto. Mas para propor ideias que não atacam os problemas verdadeiros temos um enorme contingente à disposição. Boa parte dos usuários utilizam o carro porque o transporte público é mais caro, insuficiente, não atende à demanda da sociedade e, ainda, não oferece conforto. E o sujeito tem a ousadia de propor cobrança de estacionamento, "com uma tarifa bem cara, para que as pessoas se sintam dissuadidas a vir de carro". É brincadeira!! É um cretino, ou cretina! A solução para tais problemas não pode passar pelo cerceamento do direito de ir vir das pessoas, pois é isto que acontecerá se a tarifação for implementada. Mas pela tentativa de resolver os problemas que tanto nos afligem. As propostas devem icar circunsdrita aos problemas como transporte público da nossa cidade. Temos que pensar em todos. Pensar naqueles que, sobretudo, não terão condição de vir de ônibus (porque certamente poderá aumentar o custo e o tempo de viagem) e pagar pelo estacionamento no campus. Pois o fato do sujeito utilizar um carro não implica que seja o dono, tenha condição de arcar com os custos do estacionamento e, tampouco, que seu trajeto possa ser feito somente em um ônibus. Temos que reformar o transporte público de BH. Assim veremos nossos problemas de transporte resolvidos.

11. Helber disse:
em 12/07/2010, às 00:02

Com o aumento da frota e do número de alunos, é certo que a situação ficará insustentável. Entretanto, são absurdas as idéias de criação de uma taxa que tenha "um valor alto, dissuasivo, que efetivamente contribua para inibir o uso dos veículos" e a implantação de "um sistema de categorização e priorização de usuários para acesso aos estacionamentos controlados". Isso só vai evidenciar a diferenciação que há dentro da universidade. Funcionários da UFMG serão privilegiados e os alunos ficarão com o que sobrar, o que é totalmente injusto, impositivo e excludente. Se na diretriz II está explícito que a UFMG "fará gestões junto à BHTrans e demais órgãos pertinentes, para melhorar o sistema de transporte coletivo público que serve o Campus", que este seja o primeiro passo. E essa gestão precisa, inclusive, ser feita para melhorar o transporte coletivo como um todo na cidade e não ao que atende a Universidade. Depois que isso for feito e o transporte coletivo estiver atendendo as expectativas, poderemos pensar em outras intervenções. Mas acho um tanto difícil confiar na melhoria do transporte público para atendimento à UFMG se nem temos uma lei que permita ao estudante ter desconto de 50% no valor da passagem de ônibus. Dependendo da situação, o uso do transporte coletivo é mais dispendioso (no que diz respeito a custo e tempo) do que se usar veículo próprio.

12. otavio disse:
em 12/07/2010, às 15:09

é muito conveniente resolver que não vai aumentar o número de vagas no campus. assim, é só não fazer nada. pelo amor de deus!

13. Estevam disse:
em 12/07/2010, às 20:05

As novas unidades foram mal projetadas pois não incluíram estacionamentos suficientes em seus projetos. Somente quando a situação já está crítica é que a universidade quer tomar alguma providência.

Qual o grande problema em projetar mais vagas?

14. Frederico Brasil disse:
em 21/07/2010, às 10:59

Sou contra a cobrança do estacionamento. A solução mais interessante, no meu ponto de vista, seria a melhoria do transporte público. Uma alternativa que considero interessante é o aumento de itinerários e de veículos no transporte interno do campus (branquinho). A Antonio Carlos por exemplo está recebendo um volume grande de investimentos para a melhoria do transporte público. Então, nada mais natural que integrar a política de transporte da universidade com o que esta sendo feito pelo governo do estado e a prefeitura na Av. Antonio Carlos.

15. Douglas Fonseca disse:
em 30/07/2010, às 01:04

Cobrar para se estacionar no campus é uma ideia RIDÍCULA E ABSURDA!!!!

16. Douglas Fonseca disse:
em 30/07/2010, às 01:26

Metrô??? O prefeito Márcio Lacerda já disse que não vai ter expansão do metrô até a Copa de 2014. Esqueçam isso, por enquanto....

17. Mariana disse:
em 04/08/2010, às 21:19

Vi comentários sobre estacionamento em locais proibidos mas não vi ninguém citando o caso dos motoristas que estacionam na vaga de deficiente, o que, pra mim, é o maior dos absurdos.

Não acho um problema estacionar em locais estranhos, desde que não desrepeite pedestres nem obstrua a passagem de veículos.

Também não acho um problema ter que pagar pelo estacionamento, isso iria forçar o revezamento de caronas de pessoas vizinhas e que tem o mesmo horário e que insistem em ir com seu próprio carro. Quem sabe assim essa posição muda.

Em relação aos estacionamentos de cada unidade, também acho que deveriam ser controlados apenas para quem é da Universidade e não só para os professores e funcionários. Foi um absurdo quando deixavam entrar apenas 200 carros no estacionamento da Escola de Engenharia, ainda mais que os alunos dos prédios adjacentes, que não tem vagas disponíveis em seus respectivos prédios, também estacionavam lá.

Por fim, quero falar o que também não vi ninguém falando aqui: o tranporte público. Acho que o transporte público de Belo Horizonte está melhorando cada vez mais, apesar de ainda ter algumas falhas. Gostaria de propor uma mudança que não sei se será possível mas acho muito viável e válida: a linha 2004 atualmente percorre a Av. Abraão Caran e vira a direita na Av. Antônio Carlos, tem um ponto em frente à portaria da UFMG da Av. Antônio Carlos e outro em frente à portaria da Av. Abraão Caran. A sugestão seria o ônibus entrar pela portaria da UFMG da Abraão Caran e Percorer um pequena parte do campus e sair pela Av. Antônio Carlos, assim quem estuda nos prédios mais distantes dessas duas avenidas poderia pegar o ônibus mais perto, sem prejuízo para quem pega o ônibus fora da universidade, pois há somente um ponto entre as portarias da universidade.

Acho essa sugestão ainda mais válida, visto que são apenas 4 linhas externas circulando dentro da Universidade.

Espero que esteja sendo útil na melhora da comunidade universitária no geral.

18. Rodrigo Mundim disse:
em 11/08/2010, às 13:45

A construção de prédios para estacionamento é uma boa alternativa para a região. Acrescido a esta alternativa, a cobrança a titulo de segurança (vigias), manutenção, instalação de equipamentos de segurança é outra alternativa prática e real. Alegar que existem alunos carentes que vão de carro é um absurdo. Aluno carente anda à pé ou de onibus, como muitos da minha turma. Todos devem pagar pelo estacionamento, inclusive professores e funcionários.