49ª edição do Festival de Inverno começa nesta sexta
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"De Tempo Somos", espetáculo do Grupo Galpão. Foto: Guto Muniz

“De Tempo Somos”, espetáculo do Grupo Galpão. Foto: Guto Muniz

 

O 49º Festival de Inverno da UFMG terá início nesta sexta-feira, 28, com o tema Poéticas de transformação: criação e resistência. A exemplo do que já ocorreu em 2014, 2015 e 2016, a edição deste ano será realizada em diferentes espaços da Universidade em Belo Horizonte, consolidando sua identificação com a capital mineira. Toda a programação do evento é gratuita, inclusive as oficinas e minicursos, e pode ser consultada no site do evento.

As atividades desta edição – que é comemorativa dos 50 anos de sua fundação – vão se dividir entre a Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, a Praça da Liberdade, na Savassi, o Conservatório, no centro, e a Faculdade de Letras, a Escola de Belas Artes, o Teatro Universitário, a Escola de Música, a Praça de Serviços e o auditório da Reitoria, no campus Pampulha.

Um grande palco será montado nas proximidades da Reitoria para alguns espetáculos artísticos – como a cantata cênica Carmina Burana, que será encenada pelo Núcleo de Música Coral da UFMG na segunda-feira, dia 31, às 19h30, e o show de Mônica Salmaso, que cantará a obra de Vinicius de Moraes na quarta, dia 2, no mesmo horário. Paralelamente, alguns espetáculos serão apresentados no auditório da Reitoria.

Uma dessas atrações é o sarau De tempos somos, em que o Grupo Galpão, em proposta experimental, foge justamente do rótulo “espetáculo” para explorar um formato artístico festivo, misturando canto e poesia, música e teatro. A apresentação será realizada nesta sexta-feira, dia 28, às 20h, na abertura do Festival. Uma semana depois, na noite do encerramento do evento, dia 5, o mesmo espaço recebe a Companhia Brasileira de Teatro com o espetáculo Isso te interessa?, sob a direção por Marcio Abreu.

Em razão do cinquentenário, a curadoria desta edição fez questão de incluir na programação representações dos grupos que nasceram no âmbito do Festival. Além do sarau do Grupo Galpão, haverá uma oficina de Paulo Santos, cofundador do Grupo Uakti, e outra de Ione de Medeiros, do Grupo Oficcina Multimédia.

Ao todo, o 49º Festival de Inverno abrigará três minicursos, 19 oficinas e seis aulas abertas, que resultarão em 24 classes – além de duas residências artísticas, novidade que retoma nesta temporada uma tradição das primeiras edições do evento.

Casa para a arte

Uma residência artística será sobre música e a outra será sobre teatro de bonecos de balcão. Elas vão possibilitar que artistas residentes convivam por oito dias, durante oito horas por dia, com um artista convidado de grande experiência e renome. A aposta dos curadores é que dessa convivência resulte a produção de um trabalho ou exercício artístico orientado e experimental.

A residência Oficina da música universal será ministrada pelo multi-instrumentista, compositor e arranjador paulista Itiberê Zwarg, que há 40 anos se apresenta com Hermeto Pascoal e mantém, há 20, uma profícua carreira solo. A residência Oficina de construção de bonecos de balcão será ministrada por integrantes do Grupo Giramundo, cujo nascimento se relaciona diretamente com a história do Festival. Serão aceitos até 20 artistas em cada residência.

Cenário do Museu Giramundo: grupo vai ministrar oficina de bonecos durante o Festival

Em sua atividade, Itiberê vai desenvolver a escuta de seus residentes como ferramenta de produção musical, além de trabalhar o talento de cada participante no contexto coletivo de criação – sempre no trânsito entre o erudito e o popular. Já na residência do Giramundo serão trabalhados os métodos de desenho de projetos desenvolvidos por Álvaro Apocalypse, um dos criadores do grupo. Na atividade, os participantes poderão desenvolver seus próprios bonecos.

“Dentro das atuais possibilidades financeiras, nós nos perguntamos como poderíamos retomar a característica imersiva que o Festival tinha no passado – seja pelo tempo que as pessoas passavam no evento, que durava um mês inteiro, seja por ele ocorrer em cidades menores, que condensavam a experiência”, diz a professora Mônica Medeiros Ribeiro, coordenadora geral do evento. “A residência foi a forma que encontramos de nos reaproximar dessa característica.”

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